50-Enzo Smith

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Eu só conseguia bater naquele miserável à minha frente. Quem ele pensa que é para beijar ou tocar na minha Luna? Aquele merdas. Agarrei nos seus colarinhos e acertei um murro em cheio no seu nariz fazendo-o cambalear para trás.

-Enzo....Enzo....-ouvi alguém a chamar pelo meu nome atrás de mim.

Olhei para trás e vi Pascoal a vir na minha direção. De repente acordei do meu transe e olhei para aquele homem a sangrar, olhei para as minhas mãos e, então, olhei para Pascoal. O que é que eu fui fazer, meu Deus.

-O que fizeste Enzo?-Pascoal olhou para mim surpreso pela minha atitude inesperada.

-Eu...Eu não sei....-passei as mãos pelos meus cabelos.

-Tu nem sequer ouviste o pedido de ajuda da Carol-Pascoal estava zangado.

-Carol?-olhei para ele preocupado-onde ela está?-olhei tudo à minha volta numa tentativa de a encontrar.

-Jack levou-a para o hospital-Pascoal abanou a cabeça-tu devias de ter mais cuidado a Carol está grávida e precisa de ti ao seu lado e não com constantes ataques de ciúmes como o de hoje.

Eu olhei para ele e assenti percebendo o que ele quis dizer.

-Eu tenho de ir ter com a Carol-virei costas e saí do estúdio.

Conduzi o mais rápido possível até ao hospital em que se encontrava a Carol e corri até à receção para saber em que quarto ela se encontrava. Segui até ao elevador e subi até ao seu quarto e entrei no mesmo deparando-me com a minha ruivinha deitada naquela cama. A sua cara demonstrava o quanto ela estava cansada e tudo por minha causa, se eu não fosse um estúpido e ignorante ela não estaria aqui agora. Olhei para o seu lado e no cadeirão estava sentado o Jack com a sua mão na dela. Aquilo fez com que o meu sangue fervesse, mas respirei fundo três vezes e, então, aproximei-me da minha ruivinha.

Jack olhou na minha direção com uma cara chateada e olhou para Carol.

-Acho que vou indo Carol-ele sorriu para ela-acho que tens aqui alguém que quer conversar contigo-Jack beijou a testa da minha ruivinha-se precisares de algo é só ligar-me.

Eu aproximei-me dela e sentei-me no cadeirão. Os nossos olhos cruzaram-se e eu sorri vendo que agora ela estava bem, mas ela nada disse ou fez, simplesmente limitou-se a olhar para mim como se estivesse à espera que eu falasse.

-Desculpa...-olhei nos seus olhos passando as mãos pelos meus cabelos-eu agi de cabeça quente.

-Ages sempre de cabeça quente, não tens uma desculpa melhor?-ela falou aborrecida.

-Tu sabes que odeio quando te tocam ou se aproximam de ti ruivinha-eu estava mesmo arrependido-mas ele beijou-te e eu....eu senti que devia de partir para cima dele. Tu és minha Carol, de mais ninguém.

-Eu sei Enzo e compreendo, porque eu também nao gostaria de te encontrar a beijar outra qualquer, mas não é desculpa para partir para uma briga, percebes?-ela olhou-me nos olhos-nada se resolve com violência.... Violência gera violência e isso torna-se num ciclo vicioso-ela suspirou cansada-as pessoas resolvem as coisas a falar, falar como gente civilizada.

Ficamos uns segundos a olhar nos olhos um do outro em pleno silêncio, até eu olhar para a sua barriga e sorrir um pouco.

-Como estão os nossos bebés?-perguntei fazendo-a sorrir também.

-Anda aqui-ela chamou-me.

Eu aproximei-me dela e sentei-me na beira daquela cama ao seu lado e esperei ela falar, mas ela limitou-se a aproximar de mim e pegar no meu queixo.

-As nossas bebés estão bem meu amor-abraçou-me e sorriu.

Eu olhei nos seus olhos e sorri também. Eu amo tanto esta mulher.

-Eu amo-te meu amor, somente a ti e a mais nenhum homem, percebes?-eu assenti e ela sorriu-eu amo-te muito.

E com essas palavras ela colou os nossos lábios e eu senti um milhão de borboletas na minha barriga, como se aquele beijo fosse o meu primeiro beijo. Adorei aquela sensação, aquela sensação de que ela era minha, somente minha e de mais ninguém.

-Amo-te muito minha ruivinha-beijei os seus cabelos e abracei-a.

-Eu também meu amor, eu também-ela agarrou-se a mim e encostou a sua cabeça no meu ombro.

-Vamos ter duas ruivinhas a correr pela casa?

-Sim meu amor-Carol falou com lágrimas nos olhos-vamos ter duas ruivinhas a correr pela casa.

Ambos rimos entre lágrimas e eu beijei os lábios daquela maravilhosa mulher. Eu não a posso perder nunca, não sou capaz nem de imaginar a minha vida sem a minha ruivinha.

(....)

Alguns meses depois....

Estava neste momento a olhar para a minha ruivinha que dormia ao meu lado com os seus lindos cabelos ruivos espalhados pela sua almofada. A sua respiração era calma assim como ela e sorri quando coloquei a minha mão por cima da sua barriguinha de nove meses. Estes últimos meses têm sido maravilhosos. Carol só sabe comer e a maneira desenfreada com que ela o faz dá-me vontade de rir só de pensar. Nestes meses vi um lado de Carol que nunca pensei ver, o seu lado mais sentimental e carente. Mas também o seu lado mais cansativo, pois ela tem andado muito cansada, já para não falar que ela tem vindo a ter algumas contrações e isso deixa-a muito nervosa e a mim muito assustado.

Saí dos meus pensamentos quando ouvi o meu telemóvel tocar.

Bufei.

#chamada on#

-Sim?!-falei.

-Sr.Smith....-era a minha secretária-desculpe estar a incomoda-lo a esta hora, mas....-ela hesitou.

-O que se passa Eduarda?-sentei-me na cama.

-Estão aqui dois senhores que dizem querer falar consigo urgentemente.

-Agora?-olhei para o relógio-tudo bem Eduarda, estarei aí em meia hora.

-Tudo bem Sr.Smith.

#chamada off#

Pousei o telemóvel em cima da mesinha de cabeceira e suspirei irritado.

-Tudo bem meu amor?-olhei para a minha ruivinha que acordara.

-Tenho de ir até à empresa-beijei a sua testa-parece que tem lá duas pessoas que querem falar comigo urgentemente.

-Pensei que iríamos ficar o dia todo na cama-ela fez beicinho.

-Desculpa meu amor-abracei-a-voltarei rápido, sim?

-Está bem-ela sorriu-volta rápido.

Eu beijei os seus lábios e fiquei uns segundos a olhar para ela, enquanto ela se levantava a vestia o seu roupão. Um sentimento de perda me invadiu por momentos.

-Enzo...?-Carol chamou-me.

-Sim?-olhei nos seus olhos.

-Vai ficar tudo bem-ela sorriu e mandou-me um beijo com a mão saindo logo a seguir pela porta.

Eu sorri e, então, fui arranjar-me.

♥♥♥

Olá olá pessoas lindas meu coração. Tudo bem com vocês? Ainda bem.

O que acharam deste capítulo?

Quem será que quererá falar com Enzo urgentemente? E porque será que ele teve um sentimento de perda repentino?

Palpites? Não?

Então até ao próximo capítulo.

Até lá.

Kiss ♥

Coração De LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora