75-Caroline Gonzalez

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(...)

Estávamos a tomar o pequeno almoço quando o telemóvel de Enzo tocou, eu olhei para o telemóvel e depois para ele. Eu agora encontrava-me de nove meses e eu sentia-me muito nervosa.

-Um minuto...-Enzo falou pegando no telemóvel.

-Enzo...?-eu apressei-me a levantar e ir ao encontro dele-não o faças...-coloquei a minha mão por cima da sua com o telemóvel.

-Não vai acontecer nada e...-ele parou de falar e me encarou.

Ele pegou na minha cara entre as suas mãos e sorriu depositando um beijo nos meus lábios.

-Tudo bem-ele suspirou sorrindo e abraçando-me-se isso te fizer sentir bem eu não me importarei.

-Obrigada meu amor-beijei os seus lábios.

-Faço tudo por ti-ele sorriu beijando a minha testa.

Afastamo-nos quando ouvimos as miúdas ajeitarem a voz e rimos com a atitude delas.

-Eu também faço tudo por vocês suas ciumentas-Enzo riu.

Sorri ao ver Enzo brincar com as miúdas, mas de repente comecei a sentir um desconforto no fundo da minha barriga. Coloquei a minha mão no mesmo local e senti uma dor mais aguda fazendo-me encolher e gemer de dor. Apoiei-me na mesa e outra dor mais intensa surgiu.

-Carol?!-Enzo agarrou nos meus braços antes que eu perdesse as forças nas pernas e caísse-o que se passa meu amor?

Senti outra dor ainda mais intensa e forte e gritei de dor ao sentir algo escorrer entre as minhas pernas.

-Enzo...-olhei para ele já alterada-acho...acho que o nosso filho vai nascer.

-Mamã?!-as miúdas aproximaram-se preocupadas.

-Temos de ir para o hospital agora-Enzo pegou em mim ao colo e colocou-me no carro-vai correr tudo bem ruivinha.

Eu encostei a cabeça para trás no banco e respirei fundo várias vezes com uma das minhas mãos na barriga e outra apertava o sofá do banco com força devido às dores.

O caminho até ao hospital pareceu uma eternidade e quando chegamos lá fui diretamente encaminhada para a sala de partos.

-Eu estarei aqui contigo ruivinha-Enzo sorriu pegando na minha mão-os meus pais estão a caminho.

Eu apenas assenti, eu só me queria livrar daquelas dores insuportáveis. Vi o doutor e alguns enfermeiros dentro daquela mesma sala a andarem de um lado para o outro atarefados para se encarregarem e prepararem para fazer com que o meu filho venha ao mundo dentro de alguns minutos.

-As miúdas?!-olhei para Enzo-como elas estão?-perguntei entre as dores que sentia.

-Elas estão lá fora na sala de espera-Enzo sorriu passando uma de suas mãos nos meus cabelos enquanto a outra agarrava na minha mão-elas estão à espera do irmãozinho mais novo-ele sorriu beijando de leve os meus lábios-e à tua espera também.

Lembro-me que os minutos seguintes passaram comigo a dar à luz o meu mais recente menino pequenino e chorão. Eu estava igual àquele bebé, eu chorava por finalmente ter o meu menino nos braços e por outro lado por me ter livrado daquelas dores horríveis. Deixei cair a cabeça para trás com a respiração acelerada e com o suor a escorrer pelo minha testa e por todo o meu corpo até que encontrei os seus lindos olhos verdes com um enorme sorriso no seu rosto.

-Eu amo-te tanto meu amor-ele beijou os meus cabelos e eu sorri tentando manter uma respiração ritmada.

-Eu...eu estou cansada-encostei a minha cabeça ao seu peito e sorri quando colocaram o meu menino nos meus braços.

Coração De LoboOnde histórias criam vida. Descubra agora