Acordei meio que atordoado olhando tudo à minha volta. Levei a mão à minha cabeça com a dor que sentira no momento quando senti uma ligadura na mesma. Fiquei um pouco confuso com aquela situação. Só me lembro de arrancar o pescoço àquele maldito e cair de joelhos no chão quando senti uma enorme dor de cabeça e ficar quase inconsciente até aparecer a imagem da minha ruivinha e, então, eu desmaiei.
-Enzo...?!-sorri ao ouvir a voz da minha ruivinha.
-Ca....Carol...-olhei para o lado e encarei-a com uma melhor cara.
-Como te sentes meu amor?-senti os seus lábios nos meus muito suavemente.
-Confuso-admiti.
Ela sorriu pegando na minha mão e então sentou-se na cama ao meu lado com os seus olhos marejados.
-Depois de desmaiares nos meus braços chamei uma ambulância e vim contigo para o hospital onde tiveste que ser operado com urgência ao teu tumor cerebral-ela sorriu com lágrimas rolando pelo seu lindo rosto-a operação correu bem e tu já estás fora de perigo, eu e as miúdas passamos a noite ao teu lado como podes ver-ela olhou para o cadeirão ao lado da cama e eu segui os seus olhos até encontrar as nossas filhas a dormir no mesmo.
Eu sorri ao ver as minhas ruivinhas tão crescidas e lindas como a mãe.
-Os médicos irão dar-te alta daqui a pouco, eles disseram que poderias descansar em casa visto que já estás fora de perigo e porque não te consegues aguentar dentro de um quarto de hospital-rimos nesta última parte.
-Já podemos fazer amor também-eu olhei nos seus olhos.
Carol gargalhou e eu sorri ao ouvir a sua gargalhada. Como eu adorava vê-la assim, feliz. Mas de repente lembrei-me.
-E a Rute?!-olhei para ela preocupado-onde ela está?
-No mesmo sítio de Dionísio-ela mordeu o seu lábio.
-Tu...-olhei para ela.
-Desculpa, teve de ser-ela olhou-me nos olhos-ela era uma ameaça para as nossas filhas, eu não poderia deixar que nada lhes acontecesse e...
Eu não a deixei acabar de falar, puxei-a para um beijo apaixonado. Agarrei nos seus cabelos e puxei a sua boca até à minha onde a devorei de uma ponta à outra.
-Fazer amor ainda é uma ideia-ri ao pronunciar as minhas palavras.
-Tu és louco...-ela abanou a cabeça rindo.
-Por ti-beijei-a outra vez.
-Papá...-eu e Carol afastamo-nos quando ouvimos as nossas filhas.
-Hey ruivinhas-sorri quando elas me abraçaram ao mesmo tempo não me importando com as dores-vocês estão bem?
-Sim-ambas assentiram-graças à mamã-ambas falaram com orgulho.
Eu olhei Caroline nos olhos e ambos sorrimos orgulhosos das nossas ruivinhas.
(...)
Já se tinham passado duas semanas desde que fui operado e fui para casa e hoje tínhamos a casa cheia. Eu e Carol resolvemos convidar toda a família para um jantar em família. Convidei o meu melhor amigo Duarte e a sua mulher e filhos para convivermos como já não fazíamos em tempos.
Vi a minha linda e maravilhosa Luna descer as escadas no seu lindo vestido azul marinho justo ao corpo delineando as suas belas curvas, os seus saltos pretos e o seu cabelo apanhado, mas prometo desfazer-me das suas roupas mais tarde. Sorri com aquele meu pensamento lambendo os meus lábios olhando-a de alto abaixo. Eu tinha preparado uma surpresa para ela e confesso que estava um pouco nervoso porque não sei se ela vai gostar do que eu lhe preparei.
-Não te babes tanto meu querido-a minha mãe aproximou-se de mim sorrindo-já tinha saudades de te ver assim.
-Eu também mãe, eu também-eu levantei-me e puxei a minha mãe para um abraço apertado e forte-sabes que eu te amo muito.
-Eu também meu querido-ela beijou a minha testa sorrindo-é hoje que vais surpreender a Caroline?
É, a minha mãe sabe da surpresa que eu preparei para a minha ruivinha, afinal, foi ela que me ajudou a preparar tudo, não quero que nada falhe.
-É hoje o grande dia-eu assenti olhando outra vez para a minha ruivinha que acabara de pegar no seu sobrinho Dinis ao colo.
Imediatamente olhei para as gêmeas para ver as suas caras de ciumentas pela mãe delas pegar no primo bebé. Eu sorri com aquelas duas ruivinhas ciumentas e teimosas como a mãe delas.
-Já tinha saudades tuas-Duarte bateu nas minhas costas-o que mudou?-ele sorriu olhando para Carol também.
-Muito coisa mudou-eu olhei de Carol para ele-tu estavas certo quando dizias que eu nunca a esquecera, sempre a amei-voltei a olhar para Carol rindo quando ela gargalhou com algo que Dinis fez.
-Eu estou sempre certo meu amigo-ele riu indo para a beira do meu pai batendo-me nas costas.
Estávamos a acabar de jantar quando um foguete foi ouvido deixando todos espantados e eu sorri ao perceber que restavam poucos minutos para a minha grande surpresa.
Todos nos levantamos e fomos para o jardim onde uma chuva de fogo de artifício começou. Eu peguei na mão da minha ruivinha e puxei-a para a frente da nossa família deixando-a confusa com o meu ato.
-O que se passa Enzo?-ela falou.
-Eu tenho muita coisa para te dizer neste momento-eu olhei-a nos olhos vendo-a ainda um pouco confusa.
Ela simplesmente assentiu.
-Em primeiro lugar queria pedir-te desculpa pelo nosso passado, por ter de te abandonar, por ter de te afastar das nossas bebés-os seus olhos estavam marejados-mas eu não podia deixar que nada neste mundo te magoasse a ti ou às miúdas, vocês são demasiado importantes para mim-coloquei a sua mão por cima do lugar do meu coração-sentes isto?
-Si...sim...-ela assentiu.
-É todo o amor que eu sinto por ti pulsar dentro de mim, nas minhas veias, no meu sangue-beijei os seus lábios-tu és uma mulher fantástica, maravilhosa, linda, perfeita, tudo o que eu nunca imaginei conseguir ter numa mulher, mas depois apareces tu e deixas-me louco e possesso caído aos teus pés, eu não poderia pedir melhor, tu és tudo o que eu quero e necessito para viver, tu és o ar que eu respiro Caroline.
-Enzo...-ela soluçou-estás a fazer-me chorar.
Ambos sorrimos.
Eu limpei as suas lágrimas com o meu polegar e sorri afastando-me dela ao mesmo tempo que o fogo de artifício arrebentava nos céus. Ajoelhei-me tirando uma pequena caixinha de veludo vermelho e olhei-a nos olhos sorrindo.
-Caroline...-eu respirei fundo-queres ser minha mulher e a minha ruivinha até não me conseguires aturar mais?-ambos rimos entre lágrimas-Caroline Gonzalez, aceitas casar comigo?!
Ela deu um passo na minha direção e puxou-me para cima roubando-me um beijo apaixonado e fogoso. As nossas bocas comeram-se num místico de amor e paixão.
-Eu aceito...-ela aceitou sorrindo entre o beijo ao mesmo tempo que o último fogo de artifício arrebenta no céu e todos batem palmas.
Eu coloquei o anel no seu dedo e logo a beijei.
-Amo-te tanto ruivinha-rodei-a nos meus braços.
-Faço das tuas minhas palavras-ela abraçou-me e eu beijei os seus lindos cabelos.
♥♥♥
Olá olá pessoas lindas do meu coração. Tudo bem com vocês? Ainda bem.
Gostaram deste capítulo? Eu adorei escrevê-lo e só parei no final, acho que estava com tanta inspiração que nem consegui parar até escrever tudo de uma vez só.
Digam o que acharam.
Votem e comentem.
Até ao próximo capítulo, que provavelmente será o último. Vou ficar com saudades de Caroline e Enzo.
Kiss♥
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Coração De Lobo
WerewolfCaroline Gonzalez, uma jovem mulher de apenas 20 anos ruiva e de olhos castanhos. Uma mulher cheia de luz, determinada, divertida e sorridente. Ela seria uma ótima Design de Interiores se o destino não desse uma reviravolta de 360 graus e não a fize...