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Menor narrando

Assim que soube que o Arthur tinha levado bala eu fiquei boquiaberto, o Omar passou o rádio e parece que tinha acertado no braço dele e na Perna do Piá, os três estavam em um beco na rua do lado.

— Quem foi que atiraram Menor pelo amor de Deus diz... — Laysa diz chorando.

— O Arthur, atiraram nele e no Piá. —Finalmente consigo falar e a Kessi fica apavorada.

Samantha abraça ela e começam a atirar pra laje de novo, as meninas se jogaram no chão, Lúcifer e eu nos escondemos atrás de uns negócios de ferro lá e começamos a mandar bala pra cima dos caras também e eu meti a cara e vi um caindo e o outro indo ajudar, Lúcifer aproveitou e mandou bala fazendo ele cair por cima do outro.

— Esses caras são recruta do Galinha, Menor. Se o Logan sonhar que o Galinha quer tomar a boca dele ele invade a casa dele e mete bala em todo mundo. — Lúcifer diz saindo de trás do bagulho de ferro e vai a frente do camarote ver o que tava pegando.

Logan narrando

O tiroteio parou quando eu meti uma bala na cabeça do Galinha fazendo os miolos dele sair, safado tem que morrer.

— Manda os caras limparem tudo aqui e queimar o corpo desses caras, não quero nenhum morador vendo essas cenas fortes. — Digo e ajeito a pt na cintura.

Vou caminhando com o Boca, o Bola e o Mamute pra ir pra casa, parece que o Piá e o Arthur tinham levado bala.

— Cadê o Kekel, Boca? — Falo enquanto olho o tanto de corpo no chão.

— Já foi buscar aquela menina do morro que é médica, parece que vai cuidar dos caras lá, patrão. — Boca responde e eu concordo com a cabeça.

Eram 05 dá manhã vou andando entre os becos com os caras e vejo um monte de corpo jogado lá, vejo uma mulher aparentemente mais velha que eu vir correndo na minha direção, os caras logo apontaram a arma e ela parou assustada.

— Abaixem a arma. — digo e eles não abaixaram. — Abaixem a arma porra. —Grito e dessa vez eles me obedecem.

A mulher veio caminhando devagar chorando e quando chegou na minha frente caiu de joelhos no chão.

— Por favor senhor, deixa eu enterrar o corpo do meu filho, eu lhe peço por tudo que é mais sagrado... — Ela diz chorando no meu pé. — O senhor tem uma filha o senhor sabe como é amor de pai, eu sei que meu filho era errado, mas ele tinha uma família que amava ele e não queria isso pra ele, eu só quero enterrar meu filho, senhor.

Aquilo parte meu coração, agaixo e levanto aquela mulher e ela chorava chega soluçava.

— Como era o nome do seu filho senhora? — Digo comovido.

— Meu filho era o Gael, o Galinha como vocês chamavam. — Ela diz e eu olho pros caras.

— Levem ela até o corpo do filho e depois me encontrem na minha casa. — Falo e saio.

A mulher grita um obrigado mais eu nem me obrigo a responder, o Galinha era safado, traíra e tudo, mas eu sei como bate um coração de um pai pelo seu filho.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora