#Maratonaparte9
Laysa narrando
Eu tremi na base, mas antes que os policiais entrassem no quarto do tio Kekel, a Kessilly atirou neles, eram 3 e ela acertou os 3 enchendo eles de bala fazendo eles caírem de cima do palanque pra rua, fiquei paralisada com a frieza dela, depois de mais ou menos uma hora e meia, os tiros acabaram, eu ainda tava assustada por saber que minha melhor amiga havia atirado em três policiais, policiais como minha mãe, pessoas que tem família, filhos e esposas, quando a gente viu que tudo tinha terminado, saímos correndo pra minha casa, alguns dos meninos já estavam lá.
— Cadê o meu pai? — Pergunto pro Celso.
— E o meu? Sabe do Arthur? Cadê o Menor? — Kessilly fala agoniada e eu faço ela sentar no sofá.
— Todos estão bem, menos o Menor, Kessi. Ele foi preso... — Celso responde e eu vi o desespero no olhar da minha amiga.
— Meu Deus, eu não acredito que meu filho vai nascer sem o pai do lado. — Ela diz chorando e eu abraço ela.
Já ia amanhecer, deveria ser quase cinco da manhã, pedi para que o Celso levasse Carla e Pietro que dormiam no sofá lá pro meu quarto, fiquei com a Kessi que chorava muito, até que vejo o Tio Kekel, Arthur, Lúcifer e o bola entrando na casa.
— Vocês viram meu pai? — Perguntei pra eles e abracei o Luci.
— Ele tá a caminho, vamos fazer uma reunião, se acalma loira, vai ficar tudo bem. — Luciano beija minha testa.
Em poucos minutos meu pai entra com uma gangue de homens que trabalhavam pra ele, Tio Kekel abaixou a cabeça, pelo visto ainda não tinham se acertado.
— A gente perdeu, temos vários dos nossos homens baleados, três de nós está com risco de vida e vários foram presos, eles querem eu e o Kekel, então basicamente pra eles, a gente ganhou, mas nós somos uma família e família sempre vem em primeiro lugar, a gente vai esperar uns dias, semanas ou se for preciso uns meses para tirar os nossos irmãos de lá de dentro. — Papai fala e os caras concordam.
— Tio, o meu filho vai nascer sem pai. — Kessi chora.
— Kessi, a gente vai dar nosso melhor, o Menor não foi morto, não corre riscos de vida, a gente vai tirar ele dessa, só precisamos manter a calma. — Meu pai responde e ela se acalma mesmo.
— Como a gente vai fazer isso chefe? Ninguém aqui participou de uma coisa dessas antes, como a gente vai tirar os parça da gaiola? -— Celso pergunta.
— Um de nós já participou disso e é com ele que eu tô contando. — Papai olha pro tio Kekel que levanta a cabeça e os meninos todos olham pra ele. — O Kekel já tirou o pai dele da cadeia, ele sabe como que faz isso... Só basta saber se ele vai aceitar.
Ficamos calados esperando uma resposta do tio Kekel que apenas estava calado.
— Somos família não é mesmo? E família não deixa o outro na mão. — Tio Kekel quebra o silêncio e eu vejo um olhar de esperança nos rostos dos meninos.
Papai vai até ele e eles ficam se encarando, logo eles se abraçam e reatam a amizade, cada um foi pra sua casa e eu subi pro meu quarto pra dormir, Luciano veio comigo, tomamos um banho juntos e custamos muito a dormir, a adrenalina de tudo o que havíamos vivido hoje não permitia, meus pensamentos estavam somente na Carla, até que o Luciano teve a ideia de dormirmos em um colchão no chão do quarto dela para sentirmos que ela estava segura, de fato.
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Foi K.O
Teen Fiction+18 || Laysa sempre soube que seu pai comandava um morro, mas nunca aceitou essa realidade. Morava com sua mãe, em um bairro nobre e sempre teve tudo oque queria, escolas particulares e roupas caras, mas em uma troca de tiros entre policiais e ladrõ...