70

1.3K 79 1
                                    

Lúcifer Narrando:

Quando entramos no banco, um frio percorreu da minha garganta até a barriga, eu estava a mil por hora, só hoje, iríamos fazer um assalto e resgatar os menor do veneno.

— Isso é um assalto, porra! — Anunciei.

O segurança tentou reagir, mas o Bola e o Mamute imobilizaram ele, tirando suas armas e cassetetes, as pessoas ficaram em pânico e nós tratamos de acalmá-las, peguei a gerente de refém e disse para ela abrir o cofre, chamei quatro dos moleques para começar a pegar o dinheiro e colocar nas bolsas.

— Vocês vão se dar muito mal — A gerente fala.

— Eu não mandei tu abrir a porra da boca, tia. — Gritei e apontei a arma na sua cara, ela parecia não ter medo e nem se importar.

— Mano, os caras já colocaram 7 milhões nas bolsas, na real, tô sentindo tudo tranquilo, vai dar merda. — Bola falou pra mim e a gerente riu.

— Escuta teu amigo, ladrãozinho — A gerente diz e eu fico pistola.

— Oh tia, cala a boca, caralho. Tá afim de morrer? — Grito alto e ela faz cara de poucos amigos.

Que tia foda do caralho, pulso firme demais.

— Manda vim mais dois pra carregar mais dinheiro, a gente só sai daqui com os 20 milhões. Foda-se essa gerente. — Gritei com o Bola que foi chamar mais dois manos.

A gerente ficou lá falando que tudo ia dar errado, enquanto eu ficava lá com o cu trancado de medo, os caras aceleraram o corre do dinheiro e no radinho ninguém havia falado nada, tudo realmente estava calmo demais, peguei a gerente como refém e fui lá pra frente junto com o resto dos funcionários que estavam amarrados e o segurança estava desacordado com a cabeça sangrando.

— Que porra é essa, caralho? — Gritei com o Márcio e com o Rafinha, eles se olharam. — Vocês não vão falar não, porra? — Gritei neurado.

— Chefe, acontece que ele tava atormentando dizendo que a polícia tava chegando, a gente teve que apagar ele. — Rafinha fala.

— Apagar o cara? Tá maluco? Como assim apagar o cara? Tava no plano? Tava no plano? — Gritei muito puto.

O meu rádio começou a apitar e eu peguei ele rápido da cintura, era o Kekel mandando a letra que a gente só tinha dez minutos, caralho, parecia que tinha voado.

— Só 10 minutos, porra, acelera essa merda aí. — Gritei e os funcionários do banco estavam horrorizados.

— Tá ouvindo isso, ladrão? — A gerente fala rindo.

— Isso o que? — Falei sério segurando ela pelo pescoço.

— A polícia tá chegando. — Ela diz.

Os barulhos de sirenes começaram a chegar lá, de longe, junto com o rádio de todo mundo que tava na atividade.

— Não era meia hora, porra? — Gritei com o Kekel no rádio.

— Deu merda porra, alguém aí denunciou o roubo, a gente vai tentar meter bala na polícia, pega o dinheiro aí e sai mais do que de pressa desse caralho. — Kekel gritou e eu comecei a perceber que tudo estava desmoronando.

— Quanto a gente tem aí, bola? — Gritei.

— Dezessete milhões. A gente para?— Ele diz e eu afirmo com a cabeça.

Tiros começaram a ecoar e barulhos de carros cantando pneus também, provavelmente o pânico estava começando agora, vidros começaram a estilhaçar as paredes do Banco, o pessoal começou a gritar.

— Todos com as mãos na cabeça deitando no chão, caralho. — Gritei.

— O que a gente vai fazer, chefe? — Bola gritou e eu comecei a pensar, um dos blindados encostou na porta do Banco e abaixou o vidro, era o Logan.

— Peguem as mochilas, vamos sair daqui agora. — Agarrei com mais força no pescoço da gerente, ela seria nosso escudo humano.

Os meninos colocaram todas as mochilas nas costas e nas mãos e nós fomos indo devagar, a troca de tiro com a polícia ainda estava rolando, Mamute acabou sendo atingido e caindo, mas por sorte foi só no colete, ele caiu por causa do impacto forte.

— Ajudem ele caralho, bora porra, o resto entra logo. — Gritei e a gerente começava a implorar para soltarem ela.

Chegou mais viaturas e os tiros pra cima de nós começaram a aumentar, um carro que era de sete lugares, se transformou em um carro para onze caras, pois o outro blindado que era pra dividir a galera, ficou na frente dando proteção, fui o último a subir no carro, quando entrei, larguei a gerente, jogando ela no chão.

— Bora porra, bora porra. — Logan gritou no rádio pro Rone que estava dirigindo o outro blindado.

Mais de dez viaturas estavam nos seguindo enquanto a gente ia na velocidade mais alta que podíamos, o segredo para despistar a polícia, era a troca de carros, mas pelo tanto de viatura que vinha nos seguindo, talvez não tivesse como.

— Os carros já estão em movimento, daqui a duas quadras vão ter que pular pro caminhão que tá esperando vcs, cada um com duas mochilas. Temos que aproveitar que a polícia tá longe e ela pensa que esse caminhão já está nessa rota a muito tempo. — Logan fala e eu concordo.

O caminhão estava lá, bem encostado com a gente, teríamos que segurar em um engate e tentar subir nele. Eu fui o primeiro, quase caio na estrada, pois as duas mochilas estavam pesadas demais, mas consegui, depois veio o Bola, o Mamute e todos os moleques, agora o Logan só precisaria engatar o acelerador, a marcha e passar pro banco de trás para poder vir, logo na frente, se um carro não fizesse a curva, ele iria capotar pra uma parte de uma praia cheia de pedras, em menos de um minuto isso iria acontecer, Logan não conseguia segurar o engate e o carro se aproximava cada vez mais da curva e a curva chegou.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora