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Lúcifer Narrando:

Minha loira estava lá, linda e emburrada como sempre, dei um beijo nela que mal deu ibope pra mim, mas não me importei muito com isso, fiquei suavão com os manos zoando, Arthur me contou da piada que tinha contado sobre as meninas quando crescerem e eu fiquei zoando o menor, meu medo não era a Carla crescer e arrumar um namorado, e sim ela crescer e descobri que eu matei o pai dela e ainda fiquei com ela, isso me deixava fodido.

— Luciano? Tá voando aí. — Laysa fala e eu sorrio para ela — Vamos comprar uns negócio pra Carla no supermercado e aproveitar e comprar umas coisas que a Kessi pediu. — Ela diz séria e eu faço que sim com a cabeça.

Lay subiu na moto e eu dei partida, fomos calados até o local, ela poderia está de tpm, então eu nem dei motivo pra ela se aborrecer mais ou talvez ela estava carente de atenção, mulher é um enigma quando quer ver nós, homens, resolvermos.

— O que a gente veio comprar, amor? — Perguntei com a intenção de ajudar e também de quebrar o gelo.

— A regina comprou umas coisas pra Carla, mas ficou faltando, tipo lanches e alguns produtos de higiene, eu também estou querendo comprar umas coisinhas pra mim. — Ela diz e eu suponho que seja absorventes.

— Vou buscar umas cestas pra colocar as coisas — Ela concorda entretida lendo as informações nutricionais de um biscoito.

Ri mentalmente com aquela cena, ela se preocupava demais com o que dava para Carla comer, sei que era o certo, mas sei lá, ninguém nunca faz isso, ninguém ler as letras miúdas e a Laysa não era esse tipo de pessoa, ela sempre lia tudo sobre algo que vai comprar, fui até a parte da frente do supermercado onde ficavam os caixas, lá perto tinha os carrinhos de colocar as compras, peguei um e na hora de voltar, trombei com uma amiga de infância, a Karen.

— Mano, quanto tempo hein, puta que pariu... tu cresceu. — Falei abraçando a morena que sorria

— Véi, eu moro no asfalto agora, to aqui só pra visitar a família, mas e tu? Casou, saiu das fitas com o Logan? — Ela pergunta e eu apenas dou um sorriso.

Antes que eu pudesse falar algo, uma moça chega dizendo que elas precisam ir, apenas faço um tchau com a mão e me viro para ir atrás da Lay, mas ela estava atrás de mim, com os braços cruzados ainda.

— Fez questão de não dizer que tem namorada, né... eu não falo mais nada — Ela diz e fecha a cara mais ainda.

— Amor, para com isso... eu ia responder, só fiquei meio grilado com a última pergunta, meio constrangido só. — sou sincero e beijo ela na testa.

Ela não tava nada contente com minha resposta, mas na hora serviu para pelo menos por enquanto ela ficar suave, pegamos biscoitos, iogurtes, frutas, produtos de higiene pra Carla, a Lay comprou produtos de higiene pra ela também e cinco pacotes de fraldas pro neném da Kessi. Eu peguei umas cervejas, petiscos, comprei camisinhas também, comprei dez barras de chocolate e carne pra assar, na hora de pagar, Lay ficou brava porque eu me adiantei e paguei tudo sozinho, mas depois disse que gostou pois ia comprar maquiagem pra ela com o dinheiro que o pai havia dado pra ela fazer essa comprinha, como não dava pra levarmos tudo de moto, paguei um táxi de um morador lá da quebrada pra levar as compras pra gente, ele veio nos seguindo no carro.

— Tá afim de ir comigo deixar essas coisas lá em casa? A minha prima tá lá, pensei que seria legal deixar umas coisas pra ela. — Lay disse que ia, ajudei ela a guardar as coisas antes de irmos, deixei duas barras de chocolate pra Carla na geladeira e três pra ela, deixamos as fraldas na casa do Kekel e depois fomos pra minha casa.

Quando chegamos em casa, não tinha ninguém, mandei mensagem pra minha prima e ela disse que tinha ido fazer as unhas, dei graças à Deus, queria ficar um pouco com minha loira, abri duas Heineken e dei uma pra ela, que pegou e deu um gole.

— Não entendi o porquê de tu estás tão estranha comigo. — Falei

— Nem eu, sério, morri de ciúmes quando vi a foto que tu postou no status... depois aquela menina bonitona abraçando você no mercado, surtei — Ela abaixa a cabeça

Vou até ela e levanto o seu rosto, beijo a boca lentamente e passo a mão pelos seus cabelos.

— Eu te amo, loira... tu é linda pra caralho, gostosa demais, eu não quero te trocar por ninguém, quero que tu seja a mãe dos meus moleques.

Na hora que vamos nos beijar novamente, a porta da minha casa é arrombada e dois caras encapuzados entram armados perguntando quem era o Lúcifer.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora