37

3.7K 298 22
                                    

Laysa narrando

1 semana depois...

A semana passou voando, fiquei muito cansada pois estava estudando direto, foram três dias de simulados completamente difíceis, não tive nem tempo de pensar no Luciano. Eu também fiquei sabendo da morte do Piá e dos caras dele, fiquei triste, mas poderia ter sido o meu pai ou o tio Kekel mortos, então me convenci de que não deveria sentir tanto assim.

Fiquei sabendo que Arthur meteu romance com a Paty, o que eu já estava esperando a muito tempo. Além disso, Kessi voltou com o Menor e Samara com o Pietro foram morar junto com Kekel depois do pedido de casamento dele em grande estilo, Carla amanheceu com muita febre e gripada, só quer eu e mais ninguém, Regina tá vindo aqui só mesmo para me ajudar com as coisinhas dela.

— O que a neném do vovô tem?

Carla fez uma cara de aborrecida pro Logan e escondeu o rosto no meu peito.

— Não acha melhor levar ela na emergência, filha?

— Eu já disse isso à ela Logan, ela não me ouve. — Regina diz.

— Ela tá com uma virose só gente, não é o fim do mundo, só cuidar bem dela   e segunda ela já vai tá bem... Né, princesa?

— Eu tô indo trabalhar, qualquer coisa liga, eu mando um dos meninos irem te levar de carro.

Assenti com a cabeça e Logan saiu, trabalhar para ele significava "tô indo para a boca vender drogas", mas a essa altura eu já nem me importava tanto assim. Levantei com a Carla ainda no colo e subi para o quarto dela, deitei com ela na cama e nos cobrir com um edredom já que ela estava morrendo de frio.

— Laysa, eu posso ir pra casa, ou tu ainda vai querer ajuda?

— Não Rê, pode ir sim... Eu vou ficar com ela, folga amanhã, vem só na segunda mesmo.

— Tá bom, Lay! Obrigada... Se precisar de ajuda, me liga, beijos.

Regina saiu e eu fiquei com a Carla que espirrava toda hora e choramingava as vezes, abracei ela e acabei pegando no sono. Assim que acordei, levantei devagar para não acordar a Carla e fui lá em baixo, tomei uma água, olhei o relógio e já eram 23:00 horas da noite, estávamos desde 18:00hrs dormindo, peguei o termômetro e fui lá em cima tirar a temperatura da neném, quase 39 graus de febre, ela não poderia ficar assim, fui no meu quarto, vesti uma calça de moletom, uma blusa mais comportada e juntei meus documentos, arrumei uma bolsa para a Carla, com roupa e tudo o que ela fosse precisar, fiz duas mamadeiras de mingau, uma para agora e uma para levar, liguei pro Luciano, ele era o "pai", apesar de ele não querer falar comigo, nós criamos a Carla juntos.

Que é Laysa? Eu não quero falar contigo mano, não fode.

Luciano, tu tá bebendo?

E daí? Tu não manda em mim.

A ligação caiu e eu insisti mais uma vez, ele recusou, na segunda vez ele recusou de novo e na terceira já estava dando caixa de mensagem, eu não ia ficar esperando a boa vontade dele, além do mais ele estava porre, eu deveria está doida mesmo por pensar que ele fosse agir diferente, hoje era sábado e dia de baile, liguei para um taxista da área e ele disse que iria me levar no hospital.

Com uns 20 minutos eu já estava sendo atendida, Carla iria ficar internada pois sua temperatura não estava baixando, nessa altura do campeonato eu já estava chorando muito, só de ver as enfermeiras furano o bracinho dela e as lágrimas escorrendo dos olhinhos daquele anjinho que veio do céu pra mim.

— Mãezinha, a nossa pequena vai ficar internada por uns dias, mas não é nada grave, a senhora está sozinha? — a pediatra fala.

— Estou sim.

— Seria bom ter mais alguém aqui com a Senhora, por que você vai precisar resolver umas coisas com a recepcionista e a criança não pode ficar sozinha.

Assenti com a cabeça e fiquei um pouco lá com a Carla, assim que ela pegou no sono eu sair para tentar falar com o Luciano de novo.

Alô? Luciano?

Não é ele, é a mulher dele... Quem é a piranha que está falando?

Nem me dei o luxo de responder alguma coisa, eu fiquei boquiaberta com isso, uma dor no peito forte e uma vontade de chorar enorme veio, liguei para o meu pai que disse que já estava chegando aqui. Com dez minutos, eu vejo o Logan entrando de boné, camisa de mangas longas e calça cumprida.

— Pai... — Corri e abracei o mesmo.

— Calma minha filha, calma...

— Pai, ela vai ficar internada... Eu liguei pro Luciano e uma mulher atendeu, ele está com outra pai!

— Que filho da p... — Logan não completou a frase, mas continuou me abraçando.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora