48

2.9K 225 6
                                    

#maratonaparte6

Logan narrando

Acordei por volta das 16:00 horas do dia seguinte, flashs da noite passada atormentavam minha mente, briguei com o Kekel por ele ter cheirado pó e em seguida eu sair pra beber, eu chorei e o Luciano me colocou pra dormir. Uma dor de cabeça forte tomou conta da minha cabeça, abri os olhos e encarei o teto tentando por alguns segundos pensar no que eu iria fazer, a porta abre e eu vejo Samantha vindo até mim...

— Só não fala nada, eu lembro do que aconteceu e não tô afim de falar disso. — Digo ao me sentar na cama.

— Eu conheço você, sei que fez o que precisou fazer... E eu também conheço a história verdadeira, não acho que você fez errado em brigar com ele. — Samantha fala se aproximando de mim e me abraçando.

— Quem te disse a verdade? As pessoas pensam que é por ele ter mandado carecar uma puta do morro, mas como tu descobriu a verdade? A Kessilly e o Arthur também sabe? — Pergunto preocupado.

— Menor me contou e não, os meninos não sabem, ninguém sabe além de nós e o Lúcifer, mas ele não falou nem pra Laysa. — Ela diz me abraçando e em seguida tirando minha camisa que cheirava a álcool.

Ficamos deitados juntos por um tempo, calados, um ouvindo a respiração do outro, Samantha nunca teve nada tão sério comigo, a gente só ficava e eu acho que ela já era importante demais pra mim ao ponto de eu não querer perder ela.

Ela se arrumou toda e eu passei um rádio pro Celso, um dos soldados levar ela de carro pra festa da Regina, eu estava disposto a não aparecer por lá, eu não queria ver a cara do povo, quando deu umas 22:00h eu não aguentei mais, afinal a Regina merecia que eu fosse lá e poderia se chatear se eu não aparecesse, me arrumei, peguei uma das minhas motos e partir.

Depois do parabéns eu fiz um discurso e em seguida dei uma caixa com os presentes dá Rê, um iPhone novo, maquiagens e um envelope com 1500 reais, logo minha filha mandou o DJ soltar o funk.

Sentei na roda da família da Regina, fiquei conversando com eles, depois sentei numa mesa afastado onde estavam alguns dos moleques que trabalhavam comigo, não quis beber, fiquei só comendo uns salgadinhos.

— Pô tio, bobeira isso com o papai. — Arthur senta do meu lado.

— Tô sabendo porra, tô sabendo... Mas teu pai é um vacilão do caralho, apesar de tudo é meu brother, vou resolver essa fita na segunda. — Falei batendo no ombro dele e passando um prato de salgado pra eles.

— Vovô, eu quero salgadinhos. — Carla chega fazendo bico e eu sento ela na minha perna e dou salgadinhos a ela que tava toda feliz.

Laysa e Lúcifer estavam dançando, rindo pra Carla e nesse momento, por uma milésima fração de segundos, eu pude perceber o quanto que eu perdi a infância da minha filha... Uma lágrima chegou a cair, mas eu não ia chorar na frente deles, peguei a Carla no colo e levantei da cadeira, comecei a dançar com ela.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora