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Samantha Narrando

O Logan estava estranho comigo desde o dia em que ele foi me buscar no baile da 23, eu também não falei nada, resolvi deixar tudo como está, pensei mil vezes antes de resolver vir para esse churrasco, mas como a Samara disse que viria também e eu queria causar um pouco, eu me vesti no melhor Look e cá estou eu: Tomando uísque com água de coco e doses de tequila com limão.

Samara ainda não tinha chegado, mas o Kekel estava lá, então pensei que ela só deveria está fazendo as crias dormirem, algumas meninas que estavam acompanhando os traficantes pediram para tirarem fotos comigo, me senti uma verdadeira digital influencier, mas sério, minha auto estima subiu muito quando elas falaram que amaram meu Look, fiquei batendo papo com elas enquanto não via a Samara chegar, já estava prevendo que faria mais três amizades novas, o que era muito bom, eu amava amigas novas, eram praticamente da idade da Lay e da Kessi e não jogavam ideia fora.

— Tem como tu me acompanhar até ali no canto? Quero trocar uma ideia contigo. — O Logan chegou por trás de mim e as meninas ficaram caladas olhando, talvez assustadas, o Louis era bem intimidador às vezes.

— Eu tô conversando, não tá vendo? — Falei séria e voltei a face para as meninas e ele me segurou pela cintura.

— Por favor — Ele completa, eu realmente fiquei surpresa, Louis estava sendo educado.

— Meninas, eu já volto... bebam aí, fiquem super à vontade, vocês estão em casa. — Falei com elas e em seguida me levantei da cadeira e fui seguindo o moreno taduado.

Ele me levou pra um ponto da laje que estava escuro e sem ninguém, senti que Logan não estava bem, com muita dificuldade eu pude ver que seus olhos brilhavam, mas não era um brilho qualquer...

— Tu tá chorando? — Cheguei perto dele e ele por incrível que pareça, me deixou tocar seu rosto e limpar suas lágrimas com as mãos.

— Não ri, tá legal? Sei que não fui bom o bastante pra ti nesses últimos dias... Mas sério, só consigo confiar em ti. — Ele desaba em meu ombro.

— Eu jamais iria rir. Vem, bora conversar em um local onde ninguém esteja fumando maconha. — seguro em suas mãos e nós descemos pro quarto dele.

Quando chegamos lá, tirei meu salto e quando vi que ele iria ascender a luz, o impedi, ele poderia ficar com vergonha de se abrir pra mim olhando em meus olhos, por isso só deitei na cama e pedi que ele deitasse ao meu lado.

— Tá com medo do que pode acontecer nesse assalto? — Pergunto.

— Eu... eu, sabe Samantha, eu vou levar mais de 20 meninos comigo, meninos que mereciam ter uma vida melhor que essa vida do tráfico, meninos que mereciam ter uma vida normal. O kekel vai também, tu sabe que nossos pais morreram em um assalto como esse. Essa merda toda tá fodendo com minha mente. — Ele põe pra fora.

— Louis, esses meninos estão nessa vida porquê pra nós, que somos da favela, é difícil ter outra opção. A maioria aqui não tem voz, não tem vez na sociedade, a gente sofre preconceito por ser simplesmente da favela, pensa em quantos desses caras que estão na tua laje estavam passando fome e hoje leva comida pra dentro de casa, em quantos deles estão conseguindo comprar leite, fralda, remédio. Vai dar tudo certo, tu é foda. — Falo e abraço ele.

Louis beija minha testa e em seguida beija minha boca com desejo, me fazendo ficar por cima dele... tirei a sua camisa e passei a unha pelo seu abdômen deixando sua pele arrepiada, em seguida tirei minhas roupas ficando apenas de calcinha e sutiã, pedi para Louis chupar meus seios e assim ele fez, senti seu pau duro e sorri, fiquei de quatro na cama e ele não esperou que eu pedisse para se encaixar atrás de mim e me comer daquele jeito, Louis gozou depois de uns minutos, acho que a saudade fez isso, mas eu gostei, levei jatos de goza na boca satisfeita.

— Eu te amo, Samantha, quero que quando essa merda toda acabar tu case comigo. — Ele sussurra em meu ouvido após termos tomado banho juntos e de termos deitado para dormir.

Eu apenas fiquei calada, com um sorriso no rosto, uma fagulha de esperança se ascendeu em meu peito.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora