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Laysa Narrando:

Era difícil resistir aos toques do Luciano, ele era o verdadeiro diabo no quesito pegação, ele sabia como me tocar, sabia como me fazer sentir tesão. Demos uma rapidinha no banheiro, uma daquelas bem gostosa onde os dois chegam ao orgasmo juntos.

Nos arrumamos, Luciano me ajudou a subir o zíper do vestido e me deu um beijo no ombro, fiz uma maquiagem leve e peguei minha bolsa, fui no quarto da Carla e coloquei um par de roupas pra ela, peguei a mochila do Pietro e desci, as crianças estavam na sala com o Luciano brincando de alguma coisa.

— Já amor? — Ele pergunta.

— Já, vida... vamos vocês dois, peguem um brinquedo lá em cima pra levarem. — Falo e elez vão correndo subindo a escada.

— Você fica tão linda toda mandona — Lu me abraça e me da um selinho.

— E você tá todo cheiroso e perfumado pra encontrar quem? — Brinco com ele.

— Tô indo levar as mulheres da minha vida pra passear — me beija e me cheira no pescoço.

Os dois voltaram cada um com seu brinquedo na mão, a Carla com a Jessie e o Pietro com o Buzz, eles amavam esse desenho (Toy Story), me incomodei um pouco com o jeito que o Luciano estava vestido, ele vestia um conjunto da Nike e um boné da nike junto com uma havaiana, pra mim ele ficava muito gostoso, óbvio, mas eu sabia que no shopping chamaria atenção.

Quando estávamos na rua de baixo do morro, vi o tio Kekel e a Samara comendo pastel no lanche da tia Rita, convenci o Luciano a parar lá e logo o tio Kekel lhe convenceu também a comer com eles lá, Carla e Pietro amaram a ideia, eles gostavam muito do pastel e do hot dog da tia Rita.

— Meus amores, que bom que vocês estão todos juntos, Kekel... obrigada pela ajuda com a minha menina, vamos retribuir tudo isso que você e o menino Logan estão fazendo por nós. — Tia Rita pegou as mãos do tio Kel e beijou, ele estava todo desconcertado.

— Que isso hein tia, a gente quer ver esses menor tudo formado na faculdade, a gente quer ver eles tudo no topo. — Tio kekel sorri e tia Rita se emociona.

Fizemos nossos pedidos logo após o momento de emoção, eu pedi dois pastéis de frango com catupiry, Carla quis um de queijo, Luciano pediu três de sabores distintos. Quando chegou a primeira rodada, tirei uma foto e postei no meu storie. Carla e Pietro discutiam sobre os seus brinquedos e a gente ria muito deles, eles se amavam tanto e viviam brigando. Kessilly respondeu meu story perguntando se eu tinha visto o menor e comentou sobre o acontecido de ontem, fiquei de ir lá de noite para fofocarmos.

— Muito obrigada, Lay... no próximo baile, eu tomo conta da Carla e ela vai lá pra casa. — Samara diz pegando a mochila do Pietro das minhas mãos.

— Claro que sim, eu tô precisando mesmo beber um pouco e dançar. — Falo e recebo um olhar do Lucifer, que apesar de conversar com o tio Kekel, estava ligado na minha conversa.

Nos despedimos e entramos no carro, a Carla foi no banco da frente comigo e decidimos ir pra casa tomar banho de piscina juntos e eu aproveitararia pra chamar meu pai e a Samantha, pois sabia como ele havia ficado depois que falei sobre mudar de casa.

— Amor do papai, quer vim no volante? — Luciano perguntou e automaticamente a Carla pulou em cima dele e colocou as mãozinhas no volante.

— Papai Lu, você sabia que eu tinha outro papai? Faz tempo que não vejo ele, ele deixava eu dirigir também — Ela diz na maior inocência e eu vi bem ali o Lucifer ficar de todas as cores.

A Carla nunca havia citado sobre sua família antiga antes, parecia que eles nem tinham existido, ela era tão nossa que quando falou tudo isso, me fez cair na real e lembrar que o Luciano, o meu Luciano já havia matado pessoas e uma delas era o pai biológico dessa criança doce e meiga chamada Carla. Um frio correu sobre minhas espinhas e um nó se formou em minha garganta. Fomos calados o restante do percurso até em casa.

— Vovô Logan, vovô Logan... o meu papai Lu deixou eu dirigir. — Minha menina correu na rua até o meu pai que abriu os braços para um caloroso abraço da criaturinha e lhe rodopiou no ar.

— Eu vou lá pra cima, preciso dormir. — Luciano passou de cabeça baixa e entrou em casa. Louis percebeu e me deu um olhar do tipo "que bicho mordeu ele?"

— Que bicho mordeu ele?

— Carla, amor... vai indo lá na tia Kessilly que logo a mamãe vai lá, ajuda ela com a neném. — Peguei ela do colo do meu pai e a mesma saiu correndo, no caminho falou com os cria que vigiam a casa na maior naturalidade e em seguida entrou.

— Foi impressão minha ou o Luciano tá muito mal? Vocês brigaram? — Ele diz com as sobrancelhas arqueadas.

— Foi bem pior que isso, na verdade, Carla citou o pai dela dentro do carro hoje, pelo o que parece, ela teve uma lembrança dele colocando ela no volante igual como o Lucifer fez hoje... ele tá arrasado, né? Afinal você mandou ele matar o cara!!! — dei ênfase no você.

— Eu vou lá conversar com ele, vai pra casa da Kessilly, eu te ligo quando terminar a conversa. — Logan falou sério, talvez com alguma culpa na consciência.

Na casa da Kessilly, Estella dormia no bebê conforto e a Kessilly chorava enquanto tirava leite do peito com aquelas bombinhas, Carla via tudo isso com muita atenção, eu sabia que talvez ela estivesse criando mil e uma perguntas para mim depois sobre amamentação, garotinha esperta. Kessilly contava tudo sobre a madrugada.

— Caralho hein, tio... o Arthur é um filha da puta. — Falei aborrecida.

— Que tem eu aí? — Ele apareceu na escada.

— Tu não tinha nada que chamar o Menor pro baile, bacana essa tua atitude. — Kessilly fala com dificuldades por conta do choro e gemidos de dor.

— Fia, eu pedi pra ele ir colar lá e não mandei ele ir fazer merda não... me desculpe, mas quem foi o escroto aqui foi ele, não eu. — Arthur se defende.

— Realmente mana, vendo por esse lado, quem deve satisfação e respeito pra ti, é o Menor e não o Arthur.

— Independente, eu só quero cuidar da minha filha e viver em paz, se o Silas quer essa vida de baile pra ele, o problema não é meu, não dependo dele pra porra nenhuma. — Ela diz terminando de encher uma mamadeira e eu percebo o bico do peito da minha amiga machucado, ajudei ela a limpar bem com soro e depois a esterilizar tudo, enquanto contava por códigos o que a Carla havia falado.

— Amiga, que pesado... espero que ele fique bem, o L deve tá bem psicótico com isso, mas ela é criança e não fez por mal. Além disso, um dia ela vai ter que saber por vocês ou isso pode chegar nela, nesse morro todo mundo adora fofoca. — Ela diz e eu me desespero mentalmente.

— Vem ver quem acordou, mamãe. — Carla vai nos chamar na cozinha e eu vou buscar o bebê conforto, e ela abriu os olhinhos.

— Oi titia, modeus... que coisinha mais linda da tia — Comecei a fazer vozinha fofa e ela sorriu, Carla também ria do jeito lindo dela de sorrir mostrando as covinhas, iguais as do pai dela.

Conversamos mais um pouco sobre as crianças, sobre a amiga do Arthur que veio dormir com ele e tava lá em cima ainda e marcamos de amanhã ir fazermos os cabelos e unhas no salão novo que o meu pai abriu, ele era dono de muitas lojinhas de roupas, padarias, salões de beleza, etc.

— Lay, o papai Lu tá ligando. — Carla trouxe meu celular que tinha emprestado pra ela ver vídeo e eu atendi.

— E aí amiga? — Kessi pergunta assim que eu desligo.

— Ele quer conversar... tava chorando demais. — Falei cabisbaixa lembrando do que a Kessilly me disse sobre um dia termos que falar toda a verdade pra Carla.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora