49

2.8K 206 7
                                    

#Maratonaparte7

Kessilly Narrando.

O aniversário da Rê tava bombando, geral colou, Menor tava meio triste e nem quis beber, ainda tava mal pela morte da irmã, dancei um pouco com as meninas e quando minha coluna começou a doer eu parei e fui sentar pra descansar, minha barriga pesava muito e isso cansava.

— Quer refrigerante amor? Eu pego pra ti. — Silas diz fazendo carinho no meu cabelo.

— Eu tô cansada já, quero tomar sorvete e comer churrasco. — Falo lambendo os beiços.

— Meu Deus Kessilly, Sorvete com churrasco? — Menor diz rindo e se levanta com a chave da moto na mão.

— Vai a onde amor?

— Comprar teu sorvete e pedir pra assarem picanha do jeito que você ama. — Ele respondeu, me deu um beijo na boca e saiu.

Fiquei sentada com o Pietro e a Carla veio correndo pra brincar com ele, Samara tava bebendo e dançando e Laysa tava dançando com o Lúcifer também, juntei duas cadeiras perto da minha e deixei os dois sentados lá, eles não se desgrudavam mais, eram melhores amigos.

— Bala caralho, corre... — Ouvi um moleque do morro gritando, o som parando e todo mundo correndo apavorado.

Laysa pegou a Carla no colo e Lúcifer me ajudou pegando o Pietro também e segurando minha mão pra eu não cair. Era oficial: os policiais estavam invadindo. Corremos para fora do salão de festas e a bala ainda tava rolando, Lúcifer abriu a porta do carro e a gente entrou, ele deixou a gente perto do beco onde nós moramos.

— Fiquem aqui que eu tenho que dar apoio, os caras tão invadindo. — Ele disse e saiu voando no carro.

— Bora pra minha casa, vem Laysa. — Falo agoniada e a gente entra com as crianças em casa.

— Que foi, Kessilly? — papai vinha descendo as escadas.

— Tá rolando invasão, pai. Os caras invadiram o aniversário da Regina... Tá rolando muita bala, nessas horas os caras não sabem nem o que fazer. — Falo me abaixando e colocando o Pietro pro chão também.

A polícia poderia ter descoberto onde era nossa casa, pois os tiros estavam rolando a solta na rua.

— Filhos da puta, pegaram a gente de surpresa... Vão correndo lá pro meu quarto e se tranquem lá. Laysa, tem uma Pistola embaixo dá cama no lado esquerdo, ela tá carregada, pega ela e se tentarem invadir pelo palanque, mete bala na cabeça, na cabeça tá me ouvindo?— Papai fala e pega o radinho pra chamar os soldados dele.

— Eu nunca atirei... — Laysa diz apavorada.

— Tua mãe era PM Laysa, tu já deve ter visto ela engatilhando e atirando... Tu consegue. — Papai diz e sai de casa correndo.

Subimos com as crianças como o papai havia mandado, Laysa pegou a arma e eu via ela tremer, mentalmente eu estava rindo dela e por fora eu tremia de medo de terem descoberto nossa casa.

— Mana, ainda tá rolando muito tiro, tá vindo dali, o que a gente vai fazer? — Laysa pergunta assustada.

Ouvir de longe um barulho de cuxixo e eu meti a mão na boca dá Laysa pra que ela se calasse. Coloquei o Pietro e a Carla dentro de um baú que tinha na beira da cama, e eu e Lay nos escondemos atrás de uma cortina.

— Aqui é o quarto do desgraçado, vamos revirar tudo aqui dentro. — Ouvir um policial falando.

Laysa me olha assustada, eles estavam quase para chegar na janela e entrar.

Foi K.OOnde histórias criam vida. Descubra agora