Kessilly narrando
Eu não sabia ao certo o que era, mas tudo indicava que era gravidez, fazia um mês que minha menstruação não chegava e eu estava magra e tudo o que eu comia voltava para fora.— Me diz que isso é mentira, Kessi? — Laysa me olha boquiaberta.
— Amiga, não sei... Faz um mês que não vem minha menstruação, estou enjoada, magra e acabada. — Digo chorando e Lay me abraça.
— A gente vai fazer teste agora mesmo. — Lay me puxa e pega a bolsa dela.
A gente vai andando mesmo na farmácia, compramos três tipos de teste e voltamos para o quarto dela, fiz os dois primeiros e eles deram positivo.
— Amiga, faz o último... — Ela me entrega e eu faço.
— E aí, o que deu? — Lay diz roendo as unhas.
— Positivo amiga. — Digo chorando e ela me abraça e eu choro em seu ombro.
Definitivamente eu estava fodida, nunca tinha conversado sobre essas coisas com o Menor e meu pai iria surtar, ele sempre quis que eu estudasse e me formasse, e agora tudo ia mudar.
— Amiga, para de chorar. Olha só, filho não é doença, filho não é invalidez, olha eu com a Carla, tá certo que ela não é de sangue, mas eu considero ela minha filha. — Lay diz e eu vou me acalmando.
— Como vou falar isso pro Menor? — Digo cabisbaixa.
— Eu te ajudo se quiser, não precisa ser hoje. — Lay diz e me dá um lenço para limpar meu rosto.
— Obrigada Lay, de verdade. — Digo agradecida.
— Laysa, a moça chegou para fazer o teu cabelo. — Regina grita e a gente sorri uma para a outra.
Limpo minhas lágrimas e Lay me dá um beijo na testa e sai para ir se preparar, afinal ela tinha que está bela, ia dá muita gente bonita nesse aniversário do tio Logan e eu não ia ficar por baixo né, fui pra minha casa e logo separei minha roupa de mais tarde, tomei um banho e fui pro salão.
Amor, vou passar 22:45 pra te buscar.
~Amor ❤️ 15:47Tá Menor, manda mensagem antes de sair da tua casa. ~eu. 15:49
Ele mandou mais uma mensagem mas eu nem visualizei, fiquei fofocando com as meninas do salão que estavam doidas para ir pra festa, era uma festa de aniversário que todos queriam estar, convidei elas e elas ficaram mega empolgadas, fui para casa lá pras 18:30, Arthur estava com uma mina lá no sofá na maior pegação, eu não suportava que ele fizesse isso.
— Ei, aqui em casa não é motel, se quiser ir pegar vadia vai pagar motel. — Digo irritada.
— Ei, fala direito com a Erika. — Ele diz levantando.
— Eu falo dá forma que eu quiser, sai fora daqui os dois. — Grito e ele pega na mão dela e sai de casa me olhando furioso.
Odiava isso, Arthur iria acabar pegando uma DST, ele saia com todas as mina do morro, não me importava dele pegar elas, não tava nem aí pra vida sexual dele, mas na minha casa eu não queria nenhuma vagabunda! Corri no meu quarto, peguei meu carregador e fui pra casa dá Lay.
Arthur narrando
Eu levei a Erika na casa dela e depois um amigo meu do asfalto me chamou para colar na resenha dele e eu fui, óbvio.
Assim que cheguei lá geral tava doido e a música estava alta pra caralho, Felipe Ret no último volume.— Fala tu, Cardoso. — Fiz toque de mão com ele.
— E aí manin. — Erick me deu um copo vazio.
Ficamos falando de som automotivo, eu estava querendo montar o meu e ele já tinha uma Saveiro e entendia dos bagulhos, eu entendia mais ou menos e ele tava me explicando lá, tinha várias cocotas na pista me olhando e eu estava só esperando ver qual era que eu ia agarrar.
— Tá afim? — Uma mina chegou me oferecendo uma garrafa de Budweiser.
Pego dá mão dela e dou um gole.
— Então, eu odeio mimimi vou direto ao assunto, tá vendo aquela baixinha ali... Então ela é minha amiga e tá afim de tu. Qual o papo?
Nunca tinha visto alguma menina assim, ela tinha cabelos morenos, pele branca e um corpo não tão magro mais também não era gorda, usava piercing no nariz e era estilo maloqueira.
— Não reparei tanto assim na tua amiga, tô afim de tu... — Falo e dou um gole na Budweiser.
— Que bom, aquela ali não é minha amiga e quem está afim de ti sou eu. — Ela diz e me beija.
O gosto de cigarro mentolado e cerveja da boca dela se misturou com o gosto de Whisky com cerveja dá minha boca e resultou em um beijo quente e gostoso pra caralho, quando me dei por si estávamos em algum quarto da casa se pegando, ela tinha atitude demais, eu diria que até mais do que eu.
Depois que a gente transou eu me vesti e saí dali, me despedi dos moleques e quando eu tava saindo da casa fui parado por uma mulher, mas eu já tinha visto ela antes.
— Você por aqui? — Ela sorri.
— Você não é a mulher que estava no shopping aquele dia? — Digo olhando dentro dos seus olhos.
— Sim Arthur, boa memória. — Ela sorri.
— O que faz aqui? Você mora nesse bairro? — Falo e ela nega com a cabeça.
— Seu pai está bem? — Ela diz olhando a minha tatuagem com o nome dele no pulso.
— Sim, ele está... você conhece ele de onde? — Pergunto curioso.
— Desculpe Arthur, eu tenho que ir. — Ela diz apressada.
Saiu sem falar mais nada e com muita pressa, começo a ri, existe cada doido no mundo. Entro no carro e dou partida em direção ao morro, paro lá na entrada e converso com os moleques e depois subo pra minha casa, me arrumo e vou pro aniversário do tio Logan, assim que chego na frente do lugar, pude jurar ter visto a mulher loira do outro lado dá rua, mas olhei de novo e não vi nada, deveria ser imaginação minha, entrei e fui ajudar os caras com algumas coisas que ainda faltavam.
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Foi K.O
Teen Fiction+18 || Laysa sempre soube que seu pai comandava um morro, mas nunca aceitou essa realidade. Morava com sua mãe, em um bairro nobre e sempre teve tudo oque queria, escolas particulares e roupas caras, mas em uma troca de tiros entre policiais e ladrõ...