Laysa Narrando
Faz um mês que Lúcifer e eu estamos ficando nas escondidas, nunca falamos em compromisso só estamos levando, já o Menor e a Kessilly estão namorando sério, o Tio Kekel já deixou, todo mundo aprovou, os dois se amam e andam até de aliança no dedo, Arthur não quer nada com a vida, pega todas e ainda insiste em dá e cima de mim.
Carlinha está estudando numa escolinha aqui perto, contratei a Regina para ser a Babá dela e ainda estou na justiça para por o meu sobrenome nela, faz tempo que não saio e nem nada, tô estudando pra caralho para fazer o Enem que vai ser final do ano, os professores do cursinho tão com tudo, desde já tô na luta para tirar uma boa nota, hoje é aniversário do meu pai e ele vai dar uma festa.
— Laysa filha, vai comprar tua roupa, não? — Meu pai chega falando.
— Ah pai, eu tenho várias dentro do guarda roupas. — Falo sem tirar os olhos do celular.
Estava conversando com o Luciano, ele tava me falando que tava com saudade, nunca imaginei que ele seria romântico.
— Sai desse celular e vai comprar tua roupa, toma. — Ele entrega um bolo de dinheiro na minha mão.
— Por isso te amo. — Digo levantando e correndo as escadas para trocar de roupa.
Não tinha ido no cursinho hoje, estava com muito cansaço, era sábado e eu merecia esse descanso.
Visto um vestido estampado e um tênis Adidas, faço um rabo de cabelo e coloco um pouco de pó na cara e desço.
— O Deco tá lá na frente com o carro te esperando... — Meu pai diz e eu pisco e saio.
Com uns trinta minutos a gente já estava no estacionamento do shopping.
— Eu espero aqui ou eu posso ir embora? — Deco diz e eu faço com a mão para ele vir.
— Vai ter muita sacolas pra carregar e eu não vou te deixar de bobeira no estacionamento, né.
Deco era até meio bonitinho, fomos em várias lojas de roupas, fui na chillibeans e dei um óculos pro Deco, loja de criança para comprar roupas pra Carla, comprei o presente do Logan e várias outras coisas, milhões de sacolas na mão do Deco e mais umas nas minhas.
— Eu tô com fome, vamos comer. — Falo com Deco que ri.
— Até eu tô madame, esse cheiro de comida de gente rica é até bom. — Ele diz enquanto a gente passava pela praça de alimentação para ir até a Bobs.
— Já comeu Sushi? — Falo olhando para ele.
O mesmo ficou todo sem jeito e riu.
— Eu nunca comi, isso é coisa de rico.
Ri demais e decido parar na comida chinesa, comprei Sushi de diversos sabores para nós.
— O que achou? — Falo rindo e colocando um pedaço em minha boca.
— Não é nada mal, mas eu prefiro o podrão.
Me acabo na risada, a gente temina de comer e vai para casa, quem tava na entrada do morro era Menor e mais uns soldados, abaixei o vidro do carro e mexi com ele que ficou rindo, assim que cheguei em casa, Deco me ajudou a colocar as sacolas para dentro, a casa tava lotada de cozinheiras fazendo as comidas para mais tarde e tudo mais.
— Valeu Deco. — Faço toque de mão com ele.
— Posso voltar para a boca? — ele diz serenamente como sempre.
— Claro, vai lá... toma esse dinheiro por ter me suportado todo esse tempo. — Dei duas notas de cem pra ele, que exitou em pegar, mas o encarei com firmeza, dava pra ver o brilho nos olhos dele, principalmente depois que disse que ia comprar fraldas e roupinhas pro bebê dele, logo depois que ele saiu carlinha vem correndo e se pendura na minha perna.
Brinco com ela um pouco e dou quatro sacolas cheias de coisas que tinha comprado para ela que fica toda feliz com as roupinhas novas, Barbies e outros brinquedos.
— Quando o Tio Lu chegar, eu vou mostrar pra ele. — Ela diz correndo indo mostrar para a Regina.
Lembro que tinha esquecido de trazer roupas para Regina, eu já tinha muitas roupas e ainda tinha comprado mais, não fazia diferença dar umas à ela. Peguei duas sacolas dá Carmen Steffens e entreguei a ela.
— Usa um desses essa noite, hein... —Falei sorrindo.
Subi pro meu quarto e fiquei ajeitando meu closet que já estava entupido de roupa, Kessi abriu a porta parecendo um furacão.
— Laysa pelo amor de Deus, eu acho que tô grávida. — Ela diz chorando e agoniada, fico boquiaberta.
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Foi K.O
Teen Fiction+18 || Laysa sempre soube que seu pai comandava um morro, mas nunca aceitou essa realidade. Morava com sua mãe, em um bairro nobre e sempre teve tudo oque queria, escolas particulares e roupas caras, mas em uma troca de tiros entre policiais e ladrõ...