2 months (H.S) - parte II (Terminada)

Uma breve conversa

Pov Liz

Estávamos sentadas a beira da piscina, Nick preparava os cremes para hidratação de pele, Camiz fez alguns drinks e os meninos haviam ido ao centro ou coisa assim. Nós ficamos por lá, num dia de spa para garotas. Nick, Camiz, Dany, Sarah e eu. O restante resolveu sair para o centro de Long Beach.

Eu, enquanto as meninas ajeitavam as coisas, estava olhando meu e-mail -  com aqueles que chegaram enquanto tinha sinal na parte baixa daqui.

Vocês sabem, eu estou de folga/férias, mas as coisas ainda continuam, as mensagens, perguntas, fotos e todas as coisas, não param. As pessoas ainda entram no meu blog, as pessoas ainda leem os meus texto e antes de acabar qualquer conexão, chegaram alguns e-mails. A vida continua né?

Eu sei que já falamos a respeito de depressão por aqui, sei também que já conversamos a respeito de muitos assuntos importantes e sinto que nunca é o suficiente falar sobre certos temas.

Frequentemente, recebo mensagens sobre isso, com histórias, com desabafos e tantas outras coisas, como pedidos de ajuda ou com alguém contando que venceu. É gritante a quantidade de mensagens de gente que precisa de ajuda.

Enquanto lia os emails parei para pensar na quantidade de vezes em que são relatados casos como o que acabei de ler. Li a notícia que mais uma adolescente morreu por causa dessa doença chamada depressão e também, nesse mesmo dia, outra adolescente que sofre calada porque os pais não aguentam mais essa "frescura" de depressão e não conseguem compreender que essa doença é simplesmente TERRÍVEL e não uma frescura, como ouvimos e lemos por ai.

Esse e-mail foi escrito aos prantos, num desabafo. Por uma amiga dessa vítima fatal. Dói meu peito ao ver quantas pessoas estão tirando suas vidas porque já não veem mais solução para suas causas. Isso tem se tornado contínuo, tem sido mais frequente a cada dia e muitos pais ainda pensam que tal assunto se resolveria com um "surra" ou com qualquer outra forma de ocupação da mente. E não é verdade, não é bem assim.

Hoje, acho que podemos chamar a atenção de algumas pessoas com esse pensamento. A atenção daqueles que vivem reclamando de tudo, que só murmuram de tudi ou desejam o mal para os demais. Para aqueles que dia após dia, depositam toda a negatividade em um texto ou até em compartilhamentos nas redes sociais e se esquece que isso pode atingir pessoas ao redor - principalmente se você for alguém que influencia.

Não só em textos, mas no decorrer do dia, não conseguem parar de julgar as pessoas e estender a mão. Porque a humanidade esqueceu que a vida nos dá oportunidades de sermos melhores, de fazermos o bem, de estendermos a mão e abraçar o nosso próximo. 

Só queria lembrar a vocês de espalharem mais o amor, porque o mundo está precisando muito disso. Quero lembrar a vocês que não percam o precioso tempo que tem com indiretas e reclamações nas redes sociais, enquanto tem gente precisando se encher de amor e palavras de ânimo. As pessoas - por mais que não liguemos - estão precisando de ajuda. Mesmo que muitas vezes não peçam.

Não, eu não tô bancando a blogueira e escritora para atrair leitores para meu blog, futuro livro ou para sensibilizar alguém. Isso é sério.

É só pra te lembrar que existem pessoas precisando conhecer esse amor que você tanto diz por aí - entre tantas outras ações - e isso me inclui. Porque enquanto estamos disseminando coisas nessas redes sociais ou de qualquer outra forma, pessoas estão partindo e tirando suas vidas por se sentirem assim: um completo lixo.