Em busca de informações

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Capítulo11

Renato

A noite estava ótima, mas eu precisava ir pro hospital. Júlia e eu tomamos outra ducha. Nos vestimos e saímos. Deixei ela em casa e segui para o hospital.

Chegando lá, Roberta me passou algumas informações sobre o dia de Daniel e eu a liberei para que pudesse descansar.

Daniel começou a conversar comigo e ele tentou demonstrar certo interesse no meu trabalho. Mas pra mim era óbvio que só estava querendo puxar assunto. Nunca se interessou pelos assuntos da construtora. Respondo sem ao menos prestar atenção ao que ele me pergunta, pois estou trocando mensagens com Júlia e o papo está bem interessante. De repente Daniel me desperta.

- Ih Sr Renato, que cara de apaixonado é essa hein?

- TÁ MALUCO DANIEL? Quem tá apaixonado aqui?

- Você. Ah qual é, pai? Pensa mesmo que eu não reparei essa sua cara de bobo apaixonado? Tô te sacando faz tempo.

- Impressão sua!

- Não é não. Tenho notado você de riso frouxo olhando pro celular. Vai me esconder as coisas agora eh?

Ele fica extremamente curioso pra saber quem é a mulher com quem ando me relacionando . Me enche de perguntas e eu resolvo respondê-lo.

- Tá bom! O que quer saber?

- Quem é a pistoleira da vez? - A forma como ele se refere à Júlia me irrita profundamente, mas quando ele a compara à Samantha, eu me descontrolo totalmente. Depois de tentar mostrar a ele que Júlia é diferente, saio do quarto pra não me aborrecer. Tenho respeitado seu estado, mas tem momentos que é bem difícil de me controlar. Digo que vou à cantina comer algo, mas na verdade, eu só quero sair daquele quarto e respirar um pouco. Quem sabe assim eu não refresco a mente e ponho a cabeça no lugar neh? Quando retorno, Daniel está dormindo. Deito no sofá e tento relaxar, mas ele começa a gritar e eu levanto num pulo para acudi-lo. Foi apenas um pesadelo, mas ele ficou apavorado. Acordou com dor de cabeça e eu pedi à enfermeira um remédio para que ele pudesse tratar dessa dor. Após tomá-lo, ele adormece.

Fico observando a foto de Júlia no celular. Como ela é linda!. Seu sorriso é encantador. Nossa, que mulher! Analiso a foto dela e me pergunto: como uma mulher dessa está sozinha todo esse tempo? Me dei conta de que eu não conheço a história dela. Ela não é uma mulher misteriosa, mas também não é de se abrir com total naturalidade. De uma forma ou de outra, eu preciso saber um pouco mais sobre ela. E já sei quem irá me ajudar. Vou ligar pro Paulo amanhã mesmo; já que são amigos, com certeza ele pode me ajudar a descobrir algo sobre ela. Afinal, estudaram juntos por longos anos. Preciso entender quem é essa mulher provocante com quem estou me envolvendo.

Deito na poltrona e me recordo da cisma de Daniel. De onde esse garoto tirou a ideia de que Júlia é uma pistoleira? Preciso provar a ele que está enganado, porque desta vez, eu tenho certeza que está. O dia amanhece e eu ligo pra Roberta. Decidi ficar aqui pela manhã. Hoje não vou à construtora. Então ela pode vir mais tarde. Ligo pro Paulo e marcamos de nos vermos no fim da tarde.

[...]

O dia se arrasta e meu pensamento é todo dedicado à Júlia. Ela está mexendo muito comigo e eu estou começando a desconfiar que Daniel esteja certo: eu estou apaixonado! Mas não posso me entregar, pelo menos não antes de descobrir a história dela.

No final da tarde Roberta chega e eu saio. Digo a ela que vou me ausentar somente por algumas horas, não irei demorar. Ela diz que posso me ausentar o tempo que eu precisar. Agradeço e sigo para o barzinho onde eu e Paulo marcamos. Quando chego, eu o avisto sentado e já tomando um chopp. Esse cara continua o mesmo.

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