Fantasia realizada

20 1 0
                                    

Capítulo 66

Júlia

Nem acreditei quando vi aquele vibrador sem fio em minhas mãos e o controle remoto nas mãos de Renato. Essa era a fantasia que eu era louca para realizar, dentre todas as outras. E quando ele disse que essa noite era ele quem estaria no controle, eu quase gozei ali mesmo. Até pra dizer isso o homem era sexy. Minha Nossa Senhora da Calcinha Molhada, que delícia!
Fui ao banheiro e introduzi o vibrador. Ao sair, repeti a frase, do jeito que sempre sonhei dizer:
- Vamos amor? Hoje você estará no controle!
Recebi em resposta um tapa na bunda e uma mordida leve na ponta da orelha, acompanhada de um sussurro.
-Vamos gostosa!
Ai senhor! Qualquer hora dessas esse homem ainda acaba comigo!
Eu trajava um vestido preto, colado ao corpo, que obviamente me impedia de usar calcinha. Usava apenas um sutiã bem ousado e sexy, escolhido especialmente para esta noite. Ainda bem que os exercícios de Neopompoarismo me ajudavam a manter o vibrador dentro de mim.
Renato pôs o controle no bolso da calça e controlava a intensidade das vibrações discretamente. A mim, caberia controlar minhas expressões para que ninguém percebesse o que estava acontecendo.
Chegando ao restaurante, fomos conduzidos a nossa mesa. Renato pediu duas taças de vinho e fizemos nosso pedido.
Durante o jantar, conversamos sobre os planos futuros. E entre uma resposta e outra, Renato intensificava ou diminuía a intensidade do vibrador.
- Meu bem, você disse que continuará trabalhando após o nosso casamento.
- Sim. E mantenho minha decisão.
- Claro. E eu admiro muito sua decisão. Mas, sei que as consultorias lhe realizam muito mais do que lecionar e que te cansam menos também.
-Verdade. - senti a intensidade aumentar dentro de mim.
- Então, já pensou em sair do magistério e trabalhar só com as consultorias?
- Pensei sim, mas isso não é tão rentável quanto prazeroso. Recebo por evento realizado e nem sempre sou escalada para trabalhar.
- Entendo. E se você tivesse o seu próprio negócio?
-Não tenho essa ambição e além disso, isso me geraria um custo com o qual eu não posso arcar.
- Mas seria ótimo se você conseguisse não é? Imagina você, chegando mais cedo em casa, sem estresse e com a mente fervilhando de ideias surpreendentes para atacar o seu marido!? Eu adoraria isso!
Passei a língua nos lábios. O vibrador tremia intensamente e eu cheguei a me movimentar sentada na cadeira. Tive que me conter para não soltar um gemido.
Nosso jantar chegou. Pedimos pratos leves porque haviam muitos planos que poríamos em prática em algumas horas.
- Aposto que já está bem molhada pra mim. - Renato sussurrou no meu ouvido.
- Muito. Na verdade, estou enxarcada. - A intensidade aumentou mais. - Vou acabar gozando já já. - Falei em seu ouvido.
-Que delícia! Adoraria saber que lhe realizei de maneira diferente hoje. Porque é exatamente essa a minha intenção.
Continuamos nosso jantar regado a muita sensualidade. Renato me olhava como se eu fosse uma presa que seria atacada em alguns instantes. Estava sedento pelo meu corpo e eu pelo seu. Sentia meu corpo queimar. Havia desejo em nosso olhar e não conseguíamos mais ficar naquele ambiente. Renato pediu a conta e saímos do restaurante. Ele me abraçou, na tentativa de me ajudar a disfarçar os tremores corporais causados pelo vibrador. Entramos no carro e partimos. Fomos a um motel que ficava próximo ao restaurante. Não dava pra esperar até chegar à pousada.
Ainda no estacionamento, começamos a nos saciar. Antes de sair do carro, para fechar a porta da garagem, me fez um pedido, ou melhor, me deu uma ordem:
- Não se mexa, não saia do carro.
- Não mesmo!
Ele falou com altivez e eu adorei o tom que usou. Ele estava bem ousado, de um  jeito que eu nunca havia visto. Mas eu estava adorando aquela nova faceta dele.
Enquanto Renato fechava o portão da garagem da suíte, eu me contorcia dentro do carro. Na verdade, o vibrador estava mais intenso. Percebi que Renato estava demorando muito para retornar para o carro e olhei para trás, mas não encontrei. Voltei minha visão para frente do carro e lá estava ele, de frente pra mim, mordendo os lábios. Sua cara de satisfação em me ver contorcendo era muito excitante. Depois de aumentar e diminuir a intensidade do vibrador inúmeras vezes, senti a vibração parar.
Meu corpo ainda tremia, em decorrência dos intensos orgasmos provocados por aquela fantasia deliciosa que Renato acabara de realizar. Estava ofegante quando ele entrou no carro. Me olhou com o mesmo olhar faminto de alguns minutos atrás.
- Está pronta para se entregar a mim?
- Sem-pre - Respondi quase sem fôlego.
- Então venha! - Me estendeu a mão e saímos do carro. Me envolveu em seus braços e  envolveu  minhas pernas em sua cintura. Apoiou meu corpo no capot do carro e iniciamos ali mesmo...

Continua...

Quebrando o Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora