Surge uma esperança...

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Capítulo 12

Júlia

Acordei hoje e Renato foi meu primeiro pensamento. Faz dois dias que nos vimos e eu já estou com saudades dele. Do seu toque, seu beijo, seu abraço. É uma pena que ele não esteja se envolvendo. Queria tanto quebrar esse coração de gelo dele. Mas quando estou próximo, ele recua. Só de me lembrar isso me dá um ódio da Samantha. Que mulher filha da puta; não valorizou o homem que tinha e ainda acabou com a possibilidade de deixá-lo ser feliz.

Meu celular toca e eu me disperso dos pensamentos que até então rondavam minha mente. Começo a rir quando vejo que é uma ligação do Paulo. É o destino conspirando a meu favor. Atendo o telefone curiosa pra saber que informações meu amigo tem pra mim.

-Alô!

- Fala gatinha. - diz isso num tom engraçado e eu morro de rir, mas entro na brincadeira.

- É aí gatinho, beleza?

- Pô Júlia gatinho? Podia me dar um adjetivo melhor neh amiga? Tu já foi boa nisso hein!

- Se você fosse solteiro eu diria gostoso, mas como você é casado e eu não quero problema com sua esposa, se contenta com o gatinho tá? - rimos.

- Tá bom então. Pelos anos de amizade eu vou me contentar com o "gatinho", tá bom?

- Tá bom. Mas diz aí, o que é que você manda?

- Como está seu dia hoje?

- Bom, levando-se em consideração que Renato irá dormir no hospital, meus planos hoje são trabalho e casa.

- Então eu vou mudar seus planos.

- Opa, diz aí!

- Estou te devendo umas informações neh?

- Simmmmm. Bem lembrado!

- Então, eu preciso ir ao shopping e como você trabalha perto, pensei que pudéssemos nos encontrar lá; assim a gente põe o papo em dia e eu te revelo o que eu descobri. O que me diz?

- Já topei. Te encontro no final do expediente "gatinho". Beijos.

- Beleza então. Beijo.

Paulo atiçou minha curiosidade

O que será que ele tem pra me contar? Bom, espero que não seja nada grave, porque eu tô curtindo muito estar com Renato. Mas enfim, só irei descobrir mais tarde...

[...]

Após o trabalho, sigo para o shopping ao encontro de Paulo. Ele já havia chegado. Nos cumprimentamos e partimos para a  praça de alimentação. Resolvemos tomar um Chopp.

- Amiga, tô vendo que esse relacionamento tá te fazendo bem hein! Tá com a pele linda. - Começo a rir e acabo concordando.

- Digamos que Renato vem se esforçando.

- Ridícula.

- Sincera.

- Mas e a Bruna, como está? Como vai o casamento?

- Tudo bem. Estamos nos ajustando. Afinal, é uma nova fase neh?

- Com certeza.

A conversa vai fluindo aos poucos. Paulo e eu somos amigos de longa data. Não existe segredo entre nós. Ele sabe de muitas histórias sobre minha vida. E apesar desse jeito doido que ele tem, é uma pessoa muito confiável.

- Jú, estive com Renato esses dias.

- Tem uns dias que não nos vemos. Daniel ainda está internado e ele continua dormindo no hospital, inclusive nos fins de semana. Então, nos falamos pelo WhatsApp, ligações, enfim, do jeito que dá neh? - falo com certa tristeza.

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