Um passeio com Bruna

26 1 0
                                    

Capítulo 70

Júlia

Finalmente retornamos para casa. Renato ainda estava furioso com a notícia sobre nós estampada no jornal. Queria a todo custo descobrir quem havia aprontado essa. Certamente  era alguém que sabia que ele ficaria bem irritado. Quem fez com certeza queria provocá-lo. E conseguiu!

Cheguei a achar que pudesse ser Samantha, mas por outro lado, pode ser pouco provável. Afinal, como ela saberia onde estávamos? É até um tanto quanto paranoico.

Bom, pelo que conheço de Renato, ele não vai sossegar enquanto não descobrir quem fez isso e porque motivo fez.

[...]

Renato

Passei a semana atolado de trabalho. Finalmente chegou o fim de semana e eu não vejo a hora de estar com Júlia novamente. Mas este fim de semana faremos diferente: vamos incluir Bruna na nossa programação. Faremos um programa familiar.

Ela sempre fica de fora, mas dessa vez irá conosco. Afinal, em pouco tempo seremos uma família. Portanto, não tem porque não incluí-la nos nossos programas de fim de semana. Júlia ainda não sabe. Mas iremos nos divertir muito. Adoro aquela espoletinha!

Resolvi ligar para ela para avisar minhas intenções. Em pouco tempo, ela atendeu.

- Boa noite meu amor!

- Boa noite, minha rainha! - Pude ouvir a risada dela do outro lado da linha.

- Então, o que meu rei sugere para hoje?

- Hoje eu quero algo diferente.

- Hummmmm! Diferente é?

- Já pensou besteira, não é?

- Na verdade, pensei em um monte de coisa gostosa para fazermos....

- Safada! Adoraria, mas para hoje, tenho outros planos.

- Posso saber quais?

- Claro que pode! Bom, esse fim de semana Bruna está com você, não é?

- Está sim.

- Então, penso em fazermos um programa familiar, nós três. O que acha?

- Está falando sério?

- Claro que estou! Meu amor, em breve, seremos uma família. E programas como esse serão comuns.

- Tem razão.

- Bom, conte a ela a novidade e se organizem para estarem prontas às 19 horas. Passarei para pegá-las. Vamos ao parque.

- Sim senhor!

Finalizei a ligação e me organizei para ir buscá-las.

No horário combinado, estava no portão de Júlia pra buscar minha rainha e sua princesinha.  Bruninha estava uma graça. Entrou no carro tagarelando como sempre!

- Oi tio Renato! Boa noite. Tudo bem?

- Oi princesa! Boa noite! Tudo bem. Nossa, mas você está linda, hein!

-  Ah, obrigada! Bem que minha mãe diz que você é um homem muito gentil! Ela está certa! - Ri alto e Júlia corou no banco da frente.

- Ah é?  E o que mais sua mãe anda falando de mim?

- Muitas coisas. Mas acho melhor ela mesma contar. Mamãe, diz que é muito feio fazer fofoca. Então, se eu contar, eu acho que ela vai ficar triste.

- Tem razão! Depois eu pergunto a ela.

- É melhor, tio Renato!

- Sim. Mas então, a, mocinha está preparada para se divertir esta noite?

- Estou sim. Onde vamos, tio?

- Vamos ao parque de diversões!

- Obaaaa!

Ela estava ansiosa para chegarmos. Radiante porque ia ao parque de diversões. Estava eufórica!
Ao chegar ao local, estacionei o carro e fomos até a bilheteria comprar os ingressos. Bruninha se divertia muito e eu estava amando proporcionar essa alegria para ela.

- Mamãe, quero um algodão doce.

- Deixe que eu vou buscar. - Eu disse.

- Que tal se formos todos juntos, igual uma família? - Bruna perguntou.

Júlia e eu nos olhamos e eu consegui perceber no seus olhosnos o que ela queria dizer. Balancei a cabeça em sinal positivo. Sim, atenderíamos o pedido de Bruna:  faríamos como uma família.

- OK! Vamos juntos atrás do algodão doce, família!

- Ai, tio Renato, você é tão engraçado!

É lá fomos nós atrás do algodão doce da princesa. Julia e eu resolvemos pedir um também. Paguei o jovem rapaz que vendia o doce no parque e me virei para entregar o de Bruna.

Sentamos no banco do parque e nos deliciamos. Quando terminamos, Bruna levou os palitos para descartar na lixeira.

- Terminaram? Então deixem que eu jogo todos os palitos no lixo.

Enquanto isso, aproveitamos para namorar um pouquinho.

- Renato, obrigada!

- De nada meu amor!

- Não faz ideia do bem que está fazendo a minha filha.

- Engano seu. Eu sei sim. E te digo mais... Bruna não é minha filha biológica e eu sei que você não procura um pai para ela. Mas vou lhe dizer uma coisa: Eu a amo como se fosse minha filha e se o pai dela é um filho da puta, eu tenho muito amor para dar a ela. Formaremos uma família e seremos muito felizes juntos.

Quando terminei, Júlia chorava e eu a abracei. Lembramos de Bruna que, a essa hora já devia ter voltado. Porém, olhamos a nossa volta e não a encontramos. Julia começou a ficar nervosa e eu tentava acalmá-la.

- Renato, ela estava aqui, perto de nós. Onde é que essa menina foi parar?

- Calma Júlia, ela não deve ter ido muito longe. Vamos nos dividir. Cada um procura de um lado do parque e aquele que a achar primeiro, avisa ao outro.

- Tá bom!

Nos separamos e iniciamos nossa busca.

Continua...

Quebrando o Gelo Onde histórias criam vida. Descubra agora