Comemoração em família

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Capítulo 58

Júlia

O turno da tarde transcorreu tranquilamente. Avisei à coordenadora que precisarei faltar amanhã para resolver alguns assuntos do meu casamento.

No final do expediente, recebi uma ligação de Renato. Ele disse que estava saindo da construtora com Daniel e que iríamos juntos ao shopping, pois tínhamos algo a comemorar: Daniel havia se matriculado no curso de Engenharia  Civil. Resolveu seguir os passos do pai. Renato estava radiante. Dava para perceber isso pelo timbre da sua voz. Eu não queria atrapalhar esse momento. Acho que deveria ser algo somente dos dois. Mas Daniel fez questão que eu estivesse presente nesta comemoração. Segundo ele, eu também era parte desta evolução. Então... Vamos lá!

Quando saí, Renato e Daniel já me aguardavam dentro do carro. Daniel passou para o banco de trás, levando meu material de trabalho e apoiando-o no banco traseiro do carro. Entrei, pus o cinto e, em seguida, partimos para o shopping. No caminho, fomos conversando.

- Então Daniel, quer dizer que temos algo a comemorar hoje?

- Pois é, Júlia!

- E pelo que sei, a comemoração é em dose dupla não é? - Ele me responde.

- É verdade! - Renato completa. - Vamos comemorar a  marcação do nosso casamento e o seu descobrimento, meu filho! - Rimos.

- Bom, eu não quero  atrapalhar vocês. Enquanto estiverem na joalheria, vou dar um giro pelo shopping e depois encontro vocês na praça de alimentação. Pode ser?

- Tudo bem filho!

Chegando no shopping, Renato estacionou o carro. Ao entrarmos, seguimos a sugestão de Daniel. Renato e eu fomos à joalheria enquanto ele foi dar uma volta pelo shopping.

Olhamos as alianças através da vitrine. Uma jovem vendedora nos abordou:

- Olá, boa noite! Posso ajudá-los?

- Certamente! - Renato respondeu.

- Vejo que procuram por alianças! - A vendedora estava cheia de sorrisos para Renato.

- Sim. Iremos nos casar em breve. - Nesse momento eu fiz questão de pôr a mão direita no rosto, só pra ressaltar a aliança que brilhava no meu dedo anelar. Aproveitei e dei um sorriso amarelo para ela também. Ela ficou super sem graça.

Adentramos a joalheria e observávamos juntos os pares que a vendedora nos trazia. Renato pegou uma lindíssima.

- O que você acha dessa, meu amor?

- Eu achei lindíssima!

- Gostou mesmo?

- Sim. Achei essa perfeita para usarmos no nosso casamento.

- Então está decidido, vamos levar essas!

- Pois não, senhor!

Renato pagou as joias e saímos da loja. Olhei disfarçadamente para a vendedora antes de sairmos e reparei o olhar fuzilante que ela disparou ao meu noivo. Olhei para ela de cima a baixo, mostrando que havia reparado a investida dela no meu homem. Quem essa mulherzinha pensa que é?

Renato ligou para Daniel e perguntou onde ele estava.

-Oi pai, estou aqui naquela loja de roupas masculinas que a gente costumava comprar roupas juntos, lembra?

- Claro que lembro. Estamos indo aí!

Renato e eu seguimos para a loja ao encontro de Daniel. No caminho, fomos conversando.

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