A Decisão

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Capítulo 54

Renato

2 meses depois...

Faz dois meses que desfiz a sociedade com Cássio. O clima na construtora estava mais leve. Daniel estava trabalhando comigo diretamente. Alguns funcionários que faziam parte da equipe de Cássio também saíram da empresa. Decidiram acompanhá-lo.
Samantha não dá sinal de vida desde que eu e Cássio rompemos a sociedade.
Estávamos com alguns projetos em andamento e eu estava bem atolado de trabalho. Quase não tenho visto Júlia por causa disso! Tô com uma saudade tão grande dela!
Reservei uma mesa num restaurante japonês. Sei que ela gosta. Na hora do almoço, liguei para ela. Precisava ouvir sua voz.

- Oi meu amor!

- Oi minha linda! Como você está?

- Com muitas saudades de você!

- Eu também. Amor, o que você vai fazer mais tarde?

- Quando sair do trabalho, vou para casa.

- Tem algum trabalho para adiantar?

- Hoje não. Por quê?

- Porque eu vou mudar seus planos. Posso?

- Hummmmm! Deve!

- Vamos jantar?

- Sim! O que você está pretendendo hein, senhor Renato?

- Matar a saudade da minha noiva e desfrutar da sua ilustre companhia!

- Uauuuuuu!

- Te pego às 20 horas, pode ser?

- Claro meu amor!

Saí do trabalho às 18 horas e corri para casa. Precisava me arrumar para encontrar minha princesa.
Às 20 horas em ponto eu estava estacionando o carro no seu portão. Júlia saiu de casa e veio ao meu encontro. Ela trajava um vestido azul, colado no seu corpo, definindo suas curvas. Entrou no carro e eu pude sentir o cheiro do seu perfume que se espalhou por todo o interior.

- Boa noite meu bem!

- Excelente noite, meu amor!

- Então, para onde vamos?

- Surpresa!

- Ai meu Deus! Você e suas surpresas hein!

- Aposto que você vai gostar.

- Não tenho dúvida alguma disso.

No caminho, fomos conversando. Júlia falava do seu trabalho nas escolas. Faltavam alguns meses para ela entrar de férias e ela estava ansiosa por isso. O trabalho dela é grandioso, porém, muito cansativo.
Chegamos no restaurante e fomos recebidos pelo maiétre que nos conduziu até a nossa mesa. Nos sentamos e escolhemos nossos pedidos através do cardápio.

- Amor, que lindo esse espaço.

- Gostou?

- Muito. Além de bonito, é muito aconchegante.

- Pois é. Tive ótimas recomendações daqui. Por isso fiz a reserva.

- Adorei.

- Que bom! Sabe, eu te trouxe até aqui por dois principais motivos.

- E eu posso saber quais são eles?

- Sim. Primeiro porque eu estava cheio de saudade de você. Faz dias que não nos vemos e eu queria desfrutar da sua companhia em um ambiente agradável.

- E o segundo motivo?

- Segundo porque eu preciso conversar com você sobre algumas questões.

- Que questões amor?

- Quero marcar a data do nosso casamento, o que você acha?

- Já? Pensei que fosse querer esperar um pouco mais. Afinal, você está com tanto trabalho na construtora e eu ainda estou trabalhando.

- Minha linda, não iria marcar nosso casamento para amanhã não, tá? - Ela sorriu. - Só não quero demorar muito tempo para marcarmos, até porque não vejo necessidade disso. Podemos marcar para daqui a alguns meses.

- Quantos meses?

- O suficiente para você entrar de férias e eu conseguir normalizar o ritmo de trabalho na construtora. Até porque passaremos nossa lua de mel viajando e eu quero estar bem tranquilo em relação a trabalho. Eu consigo organizar tudo no trabalho. Nos casamos logo depois que você entrar de férias e viajamos por quinze dias, o que acha?

- Renato, você não existe, já pensou em todos os detalhes.

- Pensei em alguns. Eu cuido da documentação do casamento e da lua de mel e deixo os preparativos do casamento com você. O que me diz?

- O que mais eu posso dizer, meu amor?

- Se posso começar a resolver minha parte. Vamos marcar a data do nosso casamento, meu amor?

- Vamos!

- Tá falando sério?

- Acha mesmo que eu brincaria com uma coisa tão séria? É claro que podemos marcar a data.

- Ótimo! Quando você entra de férias?

- Daqui a seis meses. Mas um casamento tem muitos detalhes para serem vistos, meu bem.

- Isso não é problema, Júlia.

- Como não, Renato?

- Olha, vamos fazer o seguinte? Decidimos tudo juntos, o que acha?

- Acho uma excelente ideia.

- Então tá bom. Amanhã eu peço ao advogado da empresa para cuidar da documentação. Vamos anunciar para os amigos e familiares.

- Tá bom. Temos que escolher os padrinhos também. Paulo e Bruna já escolhi hein!

- Tudo bem. Vou ver outros. Afinal, Paulo é seu amigo de infância e você certamente iria escolhê-lo.
Nosso jantar chegou e continuamos falando sobre o nosso casamento. Eu jamais poderia imaginar que viveria tudo isso de novo. Sentia uma felicidade tão grande em compartilhar esse momento com a Júlia. Seus olhos brilhavam ao falar dos detalhes do casamento: a cerimônia, a festa...

- Júlia, você sempre sonhou com isso?

- Meu amor, no fundo, toda mulher sonha. Eu não sou diferente.

- Mas você já foi casada.

- Sim. Mas não casei na igreja. Meu casamento foi somente no civil. E a festa foi um almoço com alguns amigos e familiares. Sempre sonhei em me casar na igreja. Acho tão bonito!

- É lindo! Bom, então, desta vez vamos realizar seu sonho. - Ela sorriu e eu fiquei admirando aquele sorriso acompanhado dos olhos marejados. Minha Júlia é muito especial. Como eu amo esta mulher!

Continua...

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