À procura de Bruna

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Capítulo 71

Júlia
Iniciamos uma busca pelo parque à procura de Bruna. Eu estava desesperada com o sumiço dela. Renato e eu nos dividimos e cada um procurava de um lado do parque. Peguei uma foto dela que levava na carteira e perguntava a todos que encontrava, mas ninguém a havia visto. Como pode?

Sentei num banco do parque e, simplesmente desabei. Chorava desesperadamente. Estava de cabeça baixa quando senti alguém se aproximar; era um dos seguranças do parque.

- Senhora, posso ajudar?

- Espero que sim. Estava com minha filha e meu noivo e estávamos nos divertindo. De repente, minha filha desapareceu. Eu já procurei pelo parque inteiro e ninguém a viu.

- E como é a sua filha?

Mostrei a foto de Bruna para ele.

- Esta é a sua filha?

- Sim.

- Eu a vi há alguns minutos. Estava jogando uns palitos de algodão doce na lixeira.

- Sim, foi exatamente nesse momento que ela sumiu.

- Ainda fiquei admirando a atitude dela. Porque hoje em dia essa consciência é difícil.

- Mas e depois? Depois que ela jogou os palitos na lixeira, o senhor não a viu mais?

- Bom, depois disso eu vi quando um homem se aproximou dela e os dois saíram do parque de mãos dadas.

- Um homem? Moço, o senhor tem certeza disso? Como era esse homem? Ela não gritou? Minha filha jamais sairia do parque com um estranho.

- Sim senhora, tenho certeza. E pelo que percebi, sua filha e ele tinham certa intimidade. A menina não apresentou qualquer resistência.

O segurança fez uma descrição do homem, que batia com as feições de Marcelo. Mas eu me recusava a acreditar que aquele cretino tivesse tido uma atitude dessas. Raptar a própria filha? Não, isso não entrava na minha cabeça.

- Bom, eu vou ter que ir à delegacia, registrar uma ocorrência sobre o desaparecimento dela. Certamente a polícia virá ao parque para recolher os depoimentos dos funcionários. Se o senhor puder relatar o que viu, será uma imensa ajuda.

- Bom, acho que primeiro precisa ir à administração do parque informar o desaparecimento da menina.

- Tem razão. Seu nome é...?

- Fábio. Quando chegar à administração pode pedir que me chamem. Entrarão em contato comigo pelo rádio e eu irei até lá para confirmar. Depois disso, a própria administração chamará a polícia para lhe ajudar.

- Muito obrigada!

- Por nada senhora. Estamos aqui para ajudar.

Liguei para Renato e contei tudo o que ouvi do segurança. Ele veio até  mim e, juntos, fomos à administração do parque. Ao chegar lá, informei o ocorrido e o chefe da segurança pediu que chamassem o segurança que falou comigo. Quando ele chegou, relatou tudo o que viu e seu próprio chefe tratou de chamar a polícia.

Algum tempo depois, algumas viaturas estacionaram na entrada do parque e isolaram a área. Os policiais iniciaram uma busca minuciosa pela área do parque. No entanto, Bruna não foi encontrada.

Renato, eu e o segurança fomos à delegacia para prestarmos depoimentos. Como eu estava muito nervosa, Renato entrou primeiro, seguido do segurança e eu, depus por último.
Relatei ao delegado como tudo aconteceu e ele iniciou as perguntas.

- Senhora, estamos aqui para ajudá-la. Portanto, qualquer detalhe, por mínimo que seja, pode nos ajudar a encontrarmos sua filha. Por favor, acalme-se e tente se lembrar de cada detalhe.

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