Capítulo 61
Renato
Júlia e eu passamos um dia inteiro juntos. Há tempos não tirávamos o dia para nós.
Resolvemos muitos detalhes do casamento e terminamos o dia no motel.
Que delícia sentir seu corpo junto ao meu! Essa mulher é fantástica! Capaz de me realizar em todos os sentidos. É, já percebi que estou fudido e caído de amor por ela. Ela é a minha perdição!
Após uma tarde intensa de sexo, Júlia adormeceu em meus braços, enquanto eu acariciava seus cabelos.
Levantei e liguei para minha secretária, pedindo que ela fizesse nossas reservas na pousada. Não vou esperar o dia amanhecer para programar nosso fim de semana.
Sentei-me na cadeira e fiquei admirando Júlia enquanto ela dormia. Vi um leve sorriso se formar em seu rosto e percebi que estava sonhando. E pelo visto, o sonho estava bem agradável.
Ela despertou e eu ainda a admirava.
- Que horas são meu amor?
- Já passa das 20 horas.
- Nossa, eu dormi por todo esse tempo?
- Sim. Mas precisava descansar.
Deitei em seu lado e perguntei:
- Agora que já descansou, o que quer fazer?
- Recomeçar. - Ela respondeu já com a mão no meu pau, alisando-o.
Iniciamos um beijo avassalador e meu amiguinho começou a dar sinal de vida. Toquei no sexo de Júlia e comecei a acariciá-la. A cada toque de minhas mãos em seu sexo, eu ouvia um gemido dela e isso me enlouquecia.
Beijei cada extensão do seu corpo e me deliciei ao chegar em sua boceta. Passei minha língua em cada um dos lados da virilha. Dei leves mordidas em sua boceta e caí literalmente de boca. Passei minha língua pelo clitóris dela e aos poucos, fui sugando todo o néctar produzido por ela.
Pedi que ela ficasse na posição de 4 apoios e penetrei-a com intensidade, porém, sem pressa, pois a nossa única urgência era nos entregamos ao desejo.
- Ao introduzir-me nela, ouvi um leve gemido que eu interpretei como uma súplica para continuar, afinal, ela adora fazer sexo nesta posição.
Ao terminarmos, estávamos plenamente satisfeitos.
- Puta que pariu! Você ainda acaba comigo.
- Gostoso! - Ela me respondeu e eu apenas sorri, com as mãos em sua boceta quente, apertada e agora lambuzada de prazer.
Nos arrumamos e partimos para casa. Levei Júlia e depois parti para meu apartamento. Deitei em minha cama e fiquei me lembrando do dia de hoje. Quando estamos juntos, tudo é maravilhoso. O problema é quando temos que nos despedir, porque ela vai para sua casa, eu venho para a minha e tenho que me contentar com as lembranças do tempo em que estivemos juntos. Não vejo a hora de estarmos casados. Por mim, já estaríamos morando juntos, mas Júlia faz questão de fazer isso somente depois do casamento. Então, não me resta outra opção a não ser aguardar mais alguns meses.No dia seguinte...
Depois de tomar meu café, me arrumei e fui à construtora. Havia uma reunião marcada com um novo cliente e eu queria chegar antes dele para apurar a pauta de reunião. Daniel havia cuidado de tudo, mas eu queria supervisionar o seu trabalho. Não que eu não confie nele, mas acho que prevenção nunca é demais.
Chegando no escritório, chamei minha secretária e perguntei sobre as reservas.
- Bom dia senhor Renato!
- Bom dia, dona Vera. A senhora já ligou para a pousada?
- Sim senhor. Fiz as reservas do senhor e da dona Júlia com check-in às 21 horas de sexta-feira e check-out às 20 horas de domingo.
- Muito obrigado, dona Vera! Pode me trazer a pauta de reunião que Daniel fez?
- Está aqui, senhor. - Ela respondeu me entregando a pauta.
- Obrigado. A sala de reuniões já está pronta?
- Sim senhor.
- Tudo bem, aguardo a senhora na sala de reuniões. Chame Daniel, por favor?
Ela saiu da sala e Daniel entrou em seguida. Conversei com ele sobre alguns tópicos da pauta. Disse que ele que fazia questão que participasse da reunião.
- O senhor tem certeza disso?
- Tenho. Sua presença nesta reunião é indispensável. Aliás, nesta e nas próximas. Já que vai atuar na área, precisa participar das reuniões para entender como as coisas funcionam. Como trabalhamos. Até porque quando eu e Júlia sairmos em lua de mel, é você quem ficará à frente da empresa.
- Eu??
- Sim. Ou por acaso não se acha capaz o suficiente?
- Não pai, não é isso é que...
- Daniel, você receberá treinamento intensivo. Não se preocupe. Vou preparar você a ponto de ter condições de ficar à frente da empresa.
- Tudo bem, pai. Vamos? A reunião já vai começar.
Nos encaminhamos até a sala de reuniões. Os clientes chegaram e Daniel fez as apresentações. Olhei para ele com tanto orgulho! Meu menino está se tornando um grande homem!
Iniciamos a reunião. Deixei a cargo de Daniel apresentar o último projeto realizado pela construtora. Nossos novos clientes adoraram a proposta, que foi aprovada, fazendo-se apenas alguns ajustes. Mais um negócio fechado! Mais um empreendimento fechado por nossa empresa.Alguns dias depois...
Renato
Após o trabalho, Júlia e eu iremos viajar.
Liguei para minha sogra e pedi que fizesse a gentileza de arrumar sua mala. Vou fazer - lhe uma surpresa: irei buscá-la no final do expediente e iremos direto; até porque são muitas horas de viagem.
Saí do escritório mais cedo. Passei na casa de Júlia para buscar sua mala e parti para o trabalho dela. Fiquei aguardando-a sair.
- Oi meu amor! - Ela me cumprimentou com um selinho.
- Oi linda!
- Havíamos combinado de você vir me buscar?
- Não. Eu quem resolvi fazer uma surpresa. Vamos?
- Sim, vamos. Para onde?
- Curtir o nosso fim de semana.
- Então temos que passar em casa primeiro.
- Não precisamos.
- Como não? Eu não organizei minhas coisas. Pensei que iríamos amanhã pela manhã, Renato!
- Não se preocupe, sua mala já está no carro.
- Oi???
- Liguei pra sua mãe e pedi que ela organizasse tudo que eu passaria lá, no final do expediente para buscar, e assim o fiz.
- Olha, você e dona Helena estão me saindo dois coviteiros hein! - Caí na gargalhada.
- Gostei desse apelido.
- Engraçadinho! - Ela respondeu, fazendo uma careta.
- Amor, serão muitas horas de viagem. Precisávamos nos adiantar.
Durante a viagem, Júlia e eu fomos conversando sobre o nosso dia. Falei para ela sobre a reunião de hoje e percebi que ela ficou muito animada.
- Gente, eu daria tudo para ver o Daniel conduzindo essa reunião. Ele deve ter ficado nervoso, coitado!
- Ficou sim. Mas eu o tranquilizei. O projeto que iria ser apresentado era o mesmo do último empreendimento e ele participou de todas as etapas de construção. Portanto, sabia exatamente o que dizer. No final, foram feitos alguns ajustes e só então eu tomei a palavra.
- Até porque para reajustar, precisaria falar com a propriedade de um engenheiro, certo?
- Exatamente. E por enquanto ele não tem como fazer isso, mas em breve terá. Depois da reunião de hoje, tenho certeza que será um excelente profissional.
- Também não tenho dúvidas disso.
- Mas e você? Que novidade foi essa de não ter evento neste fim de semana?
- Estamos em época de baixa temporada. Portanto, não temos muitos eventos. Quando aparece, é um, dois, no máximo. Aí nem tem como todas se disponibilizarem, até porque não terá eventos para todas.
- Entendo. Suponho que fique triste quando não realiza nenhum evento não é?
- Fico sim. Amo o que faço.
-Mais do que lecionar?
- Sim. Por incrível que pareça!
- Por quê?
- Renato, eu amo a minha profissão, amo lecionar, mas convenhamos que no nosso país, não é uma profissão tão valorizada, em todos os aspectos.
- É verdade. O que é uma pena, porque é a base para todas as outras formações; afinal de contas, todos precisam de um professor para se formar.
- Sim.
Chegamos à pousada faltando dez minutos para o horário do check-in. Estacionei o carro, retirei as malas e fomos à recepção. Julia estava encantada com o lugar.
- Boa noite, senhor Renato! Boa noite senhora- A recepcionista nos cumprimentou.
- Boa noite! Esta é Júlia, minha noiva.
- Seja bem vinda, dona Júlia!
- Obrigada, querida! Boa noite!
- Senhor, aqui estão as chaves do quarto.
Peguei as chaves do nosso quarto e abracei Júlia. Um dos funcionários da pousada, levou nossas malas. Senti um ar de desconfiança no olhar de Júlia, mas não fiz nenhum comentário.
Ao entrarmos, ela fez questão de dizer, ironicamente:
-Boa noite senhor Renato! - Imitando a recepcionista.
- Tem alguém com ciúmes aqui?
- Ciúmes? Eu? Claro que não!
- Sei...
- Só achei um tanto estranho a recepcionista dizer seu nome sem você precisar apresentar nenhum documento de identificação. Por acaso o senhor é frequentador assíduo da pousada?
- Também.
- Como assim, também?
- Meu amor, sente aqui!
- Sim...
- Bom, existem algumas coisas sobre mim, que você ainda não sabe.
- Pois seria muito bom saber. Afinal, nos casamos em alguns meses não é?
- Aos poucos você saberá. Sou um homem muito discreto, não vivo explanando minha vida, nem as minhas conquistas por aí.
- Pois é, mas não deveria omitir nada de mim, até porque eu não omito nada pra você. Sabe de tudo sobre mim; minha vida é transparente, não tenho o que, nem porque esconder.
Disse isso e se levantou. Vi nitidamente a fúria em seus olhos. Ela estava chateada.Continua...
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Quebrando o Gelo
RomanceQuebrando o Gelo #Sinopse Júlia é uma mulher doce, mas ao tempo forte. Ao longo dos seus 35 anos já passou por diversas situações que fizeram com que amadurecesse. Divide seu tempo entre o trabalho, sua vida pessoal e os cuidados com a filha (frut...