5º Capítulo

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[17/05/18 — Quinta-feira — 15h38]

— Como assim, juntos, gente?! — Amanda questionou em um espanto, quando ouvira de Wesley.

Tanto ele quanto Carlos, estavam em um restaurante de comida japonesa no shopping, e em uma das mesas próximo das janelas.

Carlos sorriu enquanto suas bochechas coravam. Wesley levou seu braço entorno da nuca dele, e sorriu para a tela do celular inclinada sobre a mesa, no qual mantinha uma chamada de vídeo com Amanda.

— É isso o quê você ouviu. — Reafirmou Wesley, beijando a bochecha de Carlos. — Estamos juntos agora.

Amanda assentia lentamente com a cabeça, enquanto processava aquela informação. Mas ela foi sorrindo aos poucos.

— Interessante. Bem que eu suspeitei daquele beijo, quem diria. — Disse ela. — Então tá bom, né? Que bom que decidiram assumir logo isso. Acho bom serem felizes.

— Seremos. — Disse Wesley, segurando na mão de Carlos, e beijando-a.

— Ok. — Amanda ajeitou seus lisos cabelos negros com os dedos, e depois mandou um beijo para eles. — Preciso ir agora, meninos, tenho um compromisso daqui a pouco.

— Tchau, Amanda. — Disseram eles.

— Acha que ela se incomodou com isso? — Carlos indagou.

Wesley negou com a cabeça enquanto apanhava seu celular da mesa, e o levava para o bolso da bermuda.

— Não, ela tá de boa, conhecemos bem ela. — Respondeu. — Não se preocupe, gato. Pela cara dela durante a conversa, deu pra perceber que ela já suspeitava da gente há um bom tempo.

Carlos sorriu, enquanto concordava. De fato Amanda expressava já ter captado os olhares que ambos emitiam um ao outro, durante todo esse tempo. Deixou claro quando fingiu estar surpresa no momento em que Wesley deu a notícia. Sabia quando ela estava fingindo, ou mentindo sobre algo.

Passaram o restante daquele tempo degustando das maravilhas que aquele restaurante proporcionava. Comida japonesa era a predileta de ambos, não perdiam uma oportunidade sequer de comê-la.

Porém, diante de algumas conversas bem humoradas, Carlos foi pego por uma lembrança quando vira uma criança na outra mesa parecendo colocar sal em sua refeição.

Aquele ingrediente branco o fizera se lembrar imediatamente do saquinho que vira em seu quarto. Indagou se deveria perguntar sobre isso à Wesley. Visto que pareciam um nível mais íntimos agora.

— Wes? — Chamou pela atenção dele, no qual umidecia o sushi com um pouco de molho.

— Diga. — Wesley levou a refeição para a boca, enquanto o encarava.

Carlos sentiu uma pontada breve no peito. Hesitava em continuar, mas os olhos cinzentos do parceiro junto ao meio sorriso que esboçara quando terminou de mastigar, levou Carlos à indagar de uma vez.

— Na segunda, quando você precisou sair depressa da minha casa... — Dizia ele, da maneira mais calma e delicada possível. — Eu vi uma espécie de saquinho plástico transparente no chão. — Pausou, para ver se Wesley diria algo mas, a princípio, ele esperava Carlos completar. — Era seu?

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