11º Capítulo

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[29/05/18 — Terça-Feira — 06h40]

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[29/05/18 — Terça-Feira — 06h40]

Fazia bastante frio naquela manhã, assim como seria o restante da semana. Não era incômodo algum para Carlos pois, o frio, era o que lhe inspirava.

Ele era devoto a toda elegância que este clima trazia. Amava se agasalhar, e via uma certa beleza nas pessoas que também o faziam.

O amor pelo frio fazia com que Carlos ficasse mais focado que o normal, o que ele achava interessante, já que não precisava se preocupar com o calor e suor incômodo que insistia em fazê-lo transpirar, aniquilando sua concentração.

Entre as calçadas de Alphaville, Carlos caminhava em direção ao colégio de mãos dadas com seu namorado, Wesley, que ultimamente estava mais próximo que o normal.

Seria por morar um pouco mais perto de si, ou era simplesmente a companhia dele que o agradava? Talvez um pouco dos dois.

Ultimamente, o colégio tem prestado mais atenção no romance entre eles. Tanto alunos quanto professores e diretores. Alguns, achavam fofos e interessantes. Já muitos, os desprezavam.

Casais LGBTs no colégio não eram incomuns. Mas, Carlos e Wesley foram os primeiros a abertamente expressar seu relacionamento da maneira mais simples e normal possível.

Carlos estava perdendo sua insegurança quanto a isso, e Wesley, estava mais seguro do que antes.

Os "amigos" de Wesley, se afastaram por conta disso. Porém, Wesley manteve sua sanidade.

Não será um bando de babacas, nem ninguém, que irá prejudicar a nós, e nossa relação. — Wesley dizia.

Ele sentia que esse afastamento agravaria em algo pior no futuro, e ele estava pronto para proteger Carlos, no que quer que viesse.

[...]

Eles ainda caminhavam de mãos dadas. Estavam a menos de 2 minutos para chegar ao colégio. Apreciavam os raios de sol, que eram fracos, pois o frio de 17°C cortava grande parte de seu poder. Mas ainda era evidente sentí-los.

— Tem planos para hoje? — Wesley perguntou, enquanto focava-se nos olhos de esmeralda de Carlos, que tanto adorava.

— Sim, eu tenho. — Respondeu, sorrindo, e devolvendo o contato visual naqueles olhos cinzentos. — Preciso visitar o parente de um carinha muito gostoso. — Concluiu, ainda sorrindo.

Wesley riu brevemente, e depois sorriu de maneira maliciosa.

— Ah, tenho certeza que ele é bem gostoso. — Ele respondeu, enquanto com sua mão desocupada, ajeitava um pouco dos cabelos negros de Carlos. — Existem poucos iguais a ele.

— Eu não acho. — Carlos debochou — Posso ir para qualquer balada que acho vários semelhantes.

Wesley riu alto.

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