72° Capítulo

1.3K 157 42
                                    

[25/09/18 — Terça-feira — 20h40]

27 minutos antes da invasão.

Depois de ter levado Carlos em casa assim que saíram do Iate, Luke estacionou seu veículo na garagem interna de sua casa. Mas ficou dentro do carro por alguns segundos. Apenas sentindo e apreciando a sensação maravilhosa que lhe dominava. Ter finalmente se declarado para Carlos havia sido uma das melhores decisões que já tomou na vida. E mal esperava para vê-lo de novo.

Saiu do veículo e adentrou a porta interna da garagem, indo diretamente a um corredor que o levaria para os vários cômodos do térreo. Mas sua intenção era subir até seu quarto e tomar uma boa ducha gelada. Tanto até que foi retirando sua camiseta regata do corpo e o tênis com os pés. E, assim que chegou no terceiro andar, ouviu seu celular vibrar na bermuda. Pusera suas peças debaixo do braço, e pegou o smartphone.

"Você tem facebook ou algo do tipo?", a mensagem de Carlos dizia.

Luke sorriu enquanto digitava a resposta. Ele tinha um perfil na rede social, embora não costumava usar muito. Mas no mesmo instante havia encontrado uma ideia promissora que convenceria Carlos de vir até sua casa. Arrastando a conversa para que sempre estivesse a seu favor, ao ponto de fazê-lo acreditar que não gostava dessas redes. Manipulando a insistência dele em criar um perfil, para que o deixasse cercado com uma única opção, em troca de algo que também queria.

Chegou até a pensar em enviar uma foto mostrando muito mais do que apenas seu peitoral e rosto, quando Carlos lhe perguntou se estava no banho. Mas achou que seria muito precipitado, além de encontrar uma bifurcação para somente atiçar a curiosidade dele. Então, quando findou a ducha gelada, tudo o que enviou foi grande parte de seu corpo, mas com uma toalha enrolada na cintura. Deveria bastar.

Luke seguiu para seu quarto e vestiu um short e camiseta, enquanto pensava no que exatamente poderia fazer de bacana quando Carlos chegasse. Algo que com certeza combinaria com sorvete para o jantar e sobremesa. Então logo tratou de encontrar algum filme ou série interessante na Netflix, enquanto andava em voltas pelo quarto.

Porém, outra coisa ganhou sua atenção iminentemente. Até porque, Wesley espreitava do lado de fora da mansão. Vestia uma jaqueta de couro com capuz, calça preta camuflada e uma bota, complementando com uma máscara que cobria tudo abaixo se seus olhos. Um traje comum para missões que lhe eram designadas na surdina. Assim como, naquele momento, cumpria uma delas.

A partir de um dispositivo exclusivo, Wesley conseguiu passar pelo portão principal ao descriptografar a segurança dele. Ele sabia que tinha pouco tempo se quisesse burlar os sistemas antes do alarme soar, pois havia estudado a mansão de Luke há meses. Conhecia muitas de suas artimanhas e truques. Mas não todos.

Na porta da frente, Wesley utilizou do mesmo equipamento para acessar a porta, levando apenas alguns segundos para a passagem ser novamente liberada. Mas ele não sabia que era essa a principal fonte de segurança que Luke desenvolveu. A porta da frente era o local de mais concentração. Sua missão já havia fracassado a partir do momento em que se esqueceu que uma IA monitorava tudo naquela mansão.

E, inocente desse detalhe, ele apanhou a seringa com uma grande quantia de LSD enquanto caminhava silenciosamente pelo hall de entrada. Estudando o ambiente antes de enfim arruinar a sanidade de Luke ao ponto de levá-lo a morte por conta da droga. Não tinha erro.

E Luke, também inocente de tudo o que acontecia, estava descendo as escadas de vidro com certa pressa em ir até o térreo afim de surpreender Carlos quando ele chegasse. Planejava usufruir de seus recursos do controle da mansão para dar um susto nele. Mas era impossível naquele momento.

IMPÉRIO [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora