8º Capítulo

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[20/05/18 — Domingo — 08h21]

A manhã de domingo não poderia ser melhor para Carlos. Acordar sendo envolvido nos braços de quem o ama, era um sentimento que jamais imaginaria ser possível para si.

Carlos sentira a respiração de Wesley em sua nuca, que com esse simples aspecto, pudera perceber que ele ainda dormia profundamente.

Ele sentiu pena de ter que se levantar, se não estivesse tão apertado para ir ao banheiro. Com toda a delicadeza do mundo, Carlos removera os braços de Wesley em torno de si. O namorado suspirara forte, parecendo estar prestes a despertar. Porém, ele simplesmente rolou para o lado. Seu sono ainda era profundo.

Carlos se levantara e fora em direção ao banheiro. Ele se aliviou, higienizou-se e tomou um curto banho quente. Retornando ao quarto, vestido apenas com uma cueca boxer, ele subiu na cama e ficou por cima de Wesley, encarando seu rosto.

— Eu sei que você está acordado. — Provocou, percebendo que Wesley franzia a testa algumas vezes.

Wesley não se mexeu, mas ele sorriu, parecendo que iria rir. Insatisfeito, Carlos deu vários selinhos no rosto dele, que acabara cedendo. Ambos começaram a rir.

— Como é que você sabia? — Wesley perguntou. Ambos se encaravam.

— Bem... — Carlos levantou a cabeça, pensativo. — Quando eu levantei eu vi que você rolou para o lado. Achou que eu iria voltar de toalha para você me ver pelado, não é? — Wesley riu da resposta, mas Carlos estava correto.

— Você se engana se acha que eu não vou te ver pelado.

— Eu sei. Apenas gosto de te ver na vontade. — Carlos sorriu, triunfante.

Wesley o fizera se deitar, e se posicionou sobre ele.

— Isso não vai ficar assim. — Disse ele, e partiram para um beijo de tirar o fôlego.

[...]

Eram 10h23 da manhã. Carlos e Wesley se encontravam na praça. Apreciavam a brisa fresca, deitados na grama. Carlos estava deitado no peito de Wesley, ao qual acariciava seus cabelos.

— Esses dias têm sido os mais estranhos da minha vida. — Disse Carlos, sentindo o coração de Wesley bater.

— Pra mim também. Mas ter você mais próximo de mim compensou tudo o que aconteceu. — Respondeu Wesley, dando um beijo nos cabelos dele.

Carlos se levantara, mas se manteve inclinado com o cotovelo tocando a grama, lhe apoiando. Ele encarou Wesley, que também fizera o mesmo.

— Por mais que eu tentasse... — Carlos dizia. — Eu pensava que nunca lhe teria como namorado... — Ele pausou, e Wesley se inclinou levemente, também mantendo o cotovelo como apoio. — Você já... bem... saiu com outras pessoas?

Wesley o encarou antes de dar uma resposta. Ele sorriu.

— Já sim. — Respondeu. Em seguida levou uma mão para o rosto de Carlos, e o acariciou. — Mas você foi o primeiro homem com quem me relacionei.

Carlos corou. Mas ele sabia que Wesley havia se relacionado com algumas meninas, principalmente no colégio. Era difícil não encontrar alguma que tivera alguma história com ele.

Afinal, Wesley era um astro no esporte escolar. Chamava a atenção de várias garotas. Carlos já deveria ter em mente que os casos dele seriam inevitáveis.

Desde então, ele havia descartado a possibilidade de ter uma história romântica com Wesley, e passou a tratá-lo como amigo, mesmo sendo doloroso demais.

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