[16/07/18 — Segunda-feira — 17h39]
O elevador se abriu no 61° andar, e assim Carlos e Luke adentraram a residência secreta. O garoto seguia o francês enquanto mantinha as mãos nos bolsos da calça, e o via desabotoar a camisa social azul. Luke virou o rosto para vê-lo.
— Só vou ali em cima tomar um banho e aí a gente faz alguma coisa, tá bom? — Disse ele.
Carlos tentou manter neutralidade na expressão, mas estava hipnotizado demais vendo Luke retirar a camisa do corpo e contemplar seus músculos. Aquela ação parecia estar em câmera lenta, pois era admirável demais vê-lo sem a camisa, exibindo seu corpo branco e os pelos loiros pouco evidentes que construíam sua beleza. Entretanto, o garoto balançou a cabeça rapidamente em afirmação, como se quisesse tanto voltar por si quanto não fazer Luke estranhar sua falta de resposta.
— Sim, claro. Vou ficar na sala. — Complementou, sorrindo um pouco nervoso.
Luke também sorriu, e assim foi em direção à escadaria em espiral. Carlos, enquanto ia a caminho da sala de estar, observava Luke andando e se mantinha atento nas costas largas dele. Sua boca semiaberta foi a prova de que não mais estava conseguindo ocultar sua admiração no francês, e imediatamente ruborizou, desviando o olhar em seguida. Só esperava que Luke não tenha notado toda essa contemplação nada discreta.
Retirou sua mochila das costas e se sentou no sofá. Era basicamente o fim da tarde e na altura em que estavam, era possível ver o pôr-do-sol entre todos aqueles prédios. Por conta disso, Carlos se levantou para ver melhor e se aproximou das grandes janelas. Ele adorava essa vista. Além de toda a beleza natural, a admiração nela lhe trazia uma certa paz. Sorriu por conta disso.
No andar de cima, Luke estava em seu quarto enquanto apanhava uma toalha na cômoda para enfim iniciar seu banho. Seu celular estava na superfície da mobília, e havia vibrado brevemente. Cessou o quê fazia e deu atenção ao dispositivo.
Franziu o cenho quando recebera a notificação do aplicativo que criou para si mesmo, na tentativa de ter controle absoluto da empresa. Especificava que ainda havia alguém dentro do prédio, mesmo não havendo expediente para nenhum dos departamentos. Teoricamente, era pra apenas ele e Carlos estarem no prédio naquele momento.
Depois do quê houvera naquela reunião de mais cedo, Luke havia determinado que a pessoa que foi cúmplice no atentado contra Carlos, ainda estava à solta. O caso de Júlia e Wagner era algo à parte. Achava que o roubo estava interligado com as ações de Heather, mas não. Tudo não passou de uma atitude gananciosa e antiética vindo de um dos executivos a quem a empresa costumava ter uma aliança. Luke sabia que o espião era esperto demais e definitivamente não tentaria roubar um dispositivo poderoso e carregado de proteção. Era ridículo demais.
Luke focou-se mais na informação do aplicativo e, ao olhar para o código de funcionário quando tocou na tela, lhe veio a exata certeza de quem era aquela pessoa que estava no prédio. Afinal, ele conhecia aquele código. Só não esperava vê-la ali, pois sabia que ela sempre usufruía dos dias livres de expediente.
Decidiu investigar sobre aquilo mais tarde. Determinou que naquele momento tinha tarefas mais importantes a serem feitas e, por conta disso, apanhou a toalha da cômoda e seguiu para a suíte do quarto afim de iniciar seu banho.
No andar inferior, Carlos estava na cozinha bebendo água. Lavou o copo assim que terminou, e o pusera no escorredor ao lado. Admirou a questão da pia em si estar isenta de qualquer outra louça, mas se sentiu incomodado pelo copo que acabara de usar. Devido a isso, ele decidiu guardá-lo na estante logo acima.
Retornou para a sala de estar após aquilo. Seus passos eram lentos, pois olhava para os objetos no caminho. Ele gostava de todo o luxo havia aquele andar, desde a mobília até a decoração moderna. Poderia ser facilmente confundido como uma residência de verdade.
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IMPÉRIO [✓]
AdventureCarlos achou que entrar numa multinacional cobiçada pelo ramo da tecnologia, seria a base para encontrar sua vocação que tanto almeja no auge dos seus 18 anos. O garoto, que esbanja uma inteligência impecável, ainda não descobriu o que quer ser da v...