[30/05/18 — Quarta-Feira — 6h00]
Carlos acordou ao mesmo tempo que Wesley, naquela manhã. Ambos tomaram um curto banho quente antes de se prepararem para ir ao colégio. Karen já estava acordada fazia tempo. Era de seu costume acordar bem cedo e aproveitar mais o dia.
— Faz bem para a alma. — Ela costumava dizer.
Karen havia preparado uma farta mesa de café-da-manhã para todos eles. Carlos ficara encantado com tudo isso, e temia não aguentar comer, mas estava enganado, nunca na vida comeu tão bem como naquela manhã.
Karen havia os repreendido sobre a cena dela, durante a noite quando os escutou em seu quarto, enquanto tentava dormir. Carlos ficou vermelho de vergonha e Wesley apenas ria, no qual fora repreendido quando Karen lhe arremessou uma bolinha de guardanapo em sua direção.
Minutos mais tarde, Carlos e Wesley se dirigiram para o colégio. Só que, dessa vez, com o carro da empresa de Wesley.
— Não acha que isso te trará problemas? — Carlos o questionava. — Você deveria usar só pra ao trabalho.
— Não, eu tenho a confiança de todos lá. E sou muito atencioso no trânsito. — Respondeu, e Carlos riu alto.
Wesley estacionou o carro na garagem, onde costumava estar os professores, mas ele não se importou. A garagem não era exclusiva para eles.
Dessa vez, Carlos conseguiu convencer Wesley a caminharem para dentro da sala sem estarem de mãos dadas. Carlos queria evitar comentários desnecessários, tanto dos alunos quanto da diretora, que a todo momento, parecia estar os observando.
Carlos se incomodava demais com isso, e preferia pensar que era apenas o trabalho dela.
Mas estava tão frequente, que ele temia ser mais do que isso.
Eles adentraram a sala, com muito dos alunos que estavam lá, olhando para eles. A cena já era comum para ambos, então, não se incomodaram com isso. Pelo menos Wesley. Já Carlos, começava a se irritar.
Amanda adentrou a sala segundos depois que eles. Seu atraso era motivo de desconfiança para Carlos e Wesley, pois nunca chegara tão atrasada na vida.
— Desculpa gente, me enrolei com um carinha hoje. — Ela respondeu naturalmente, enquanto se posicionava na carteira ao lado deles. Carlos e Wesley a olharam indignados. — O quê é gente, eu também transo. — Ela respondeu, incrédula com a surpresa dos amigos, que riram alto.
O restante das primeiras aulas foram absolutamente normais. O intervalo se aproximou e eles já estavam a caminho de seu famoso gramado para passar o tempo. Exceto por Carlos, precisava ir ao banheiro primeiro.
Ao adentrar, ele rapidamente se dirigiu até uma cabine e se aliviou. Após isso, fora em direção a pia e começara a lavar suas mãos. Secou com um papel descartável e embutido na parede, e quando estava prestes a sair, a porta do banheiro se abriu.
Dela surgira 4 rapazes usando roupas atléticas. Eram os ex-amigos de Wesley. Entraram alegres, mas desmancharam os sorrisos quando viram Carlos.
— Olha só quem está aqui! — Um rapaz disse, era forte e alguns centímetros maior que Carlos. Possuía cabelos negros curtíssimos. Vagando por suas lembranças, Carlos recordou-se de que ele estava no dia em que foi com Wesley para vê-lo jogar. Matias era seu nome — Tá curtindo dar o rabo, viadinho? — Ele rosnou, se aproximando lentamente de Carlos.
Carlos sabia aonde aquilo iria dar, portanto, recusou-se a dizer uma palavra.
— Responde, caralho! — Ele gritou. Os outros rapazes se divertiam com o medo de Carlos. — Eu te fiz uma pergunta!
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IMPÉRIO [✓]
AdventureCarlos achou que entrar numa multinacional cobiçada pelo ramo da tecnologia, seria a base para encontrar sua vocação que tanto almeja no auge dos seus 18 anos. O garoto, que esbanja uma inteligência impecável, ainda não descobriu o que quer ser da v...