[24/08/18 — Sexta-feira — 17h12]
A secretária caminhava até a sala de seu chefe às pressas. Levava uma pasta marrom consigo, segurando com as duas mãos e mantendo firme em seu peito. Como se protegesse um conteúdo de suma importância.
Após três batidas na porta de vidro, e a permissão do CEO de uma empresa famosa por comercializar matéria-prima tecnológica, a secretária adentrou.
— Senhor Cândido, acabei de receber esses documentos da recepção. — A secretária se aproximou da mesa de seu chefe, naquela gigantesca sala, e entregou a pasta marrom para ele. — Disseram que é para o senhor.
Geraldo Cândido apenas esticara o braço para apanhar, pois mantinha seu olhar na tela do computador.
— Sabe quem entregou? — Ele questionou.
— Disseram que foi um homem de cabelos castanhos. — Ela respondeu, nervosa. — Segundo ele, o senhor saberia do que se trata.
— E aceitaram mesmo assim? — Geraldo a encarou com um olhar frio. — Não pediram nenhuma outra informação dele?
A secretária engoliu seco.
— Bem...
— Esqueça, Marcela, já pode ir. E obrigado. — Ele a liberou, apanhando a pasta de sua mesa.
— Sim, senhor Geraldo, com licença. — Marcela se retirou da sala, e fechou a porta de vidro.
Geraldo levou seus dedos para os óculos escorregadios, e os posicionara para melhor visualização do documento dentro pasta. E sorriu. Claramente se intrigou com o que o documento relatava. Marcela realmente estava certa quando disse que "saberia do que se trata". Afinal, estava aguardando pacientemente por esse momento.
Ele discou uma série de números, e levou o telefone para a orelha. Enquanto esperava, ele sorria para o documento como se tivesse acabado de ganhar na loteria.
— Pode passar aqui, querida? — Ele questionou para sua esposa na linha. — Acho que temos as respostas que tanto procurarmos.
Após a confirmação de sua esposa, Geraldo desligou o telefone e se levantou. Foi em direção a um balcão de bebidas, e encheu uma taça com um vinho importado. Tragou um pouco do líquido.
— Então? — Daniela Cândido, imponente em um vestido bege até os joelhos, adentrou a sala de seu marido. — Do que se trata?
Geraldo sorriu em sua direção, e encheu mais uma taça com o vinho importado, entregando a tal para Daniela.
— Finalmente o pegamos. — Geraldo expressou, feliz, assim que deu mais alguns goles do vinho. — Está tudo ali. Um certo alguém entregou o documento agora há pouco. — Apontou para sua mesa.
Daniela caminhou até lá, bebendo um pouco de seu vinho e o posicionando no porta copos sobre a mesa. Ela apanhou o documento, e sorriu da mesma maneira que Geraldo ao perceber do que se tratava.
— Eu não tinha dúvidas. — Ela disse, devolvendo para a mesa e apanhando novamente a taça de vinho. — É bem da laia deles usarem tais métodos para colher informações. O garoto, principalmente, é um dos maiores motivos.
— Eu também não tinha dúvidas dessa empresa. — Geraldo retrucou. — E esse caçula nunca me enganou. Maldito seja o dia em que precisei dele para resolver uns assuntos cibernéticos. — Geraldo comentou, bebendo mais um pouco do vinho.
— Soube que ele perdeu a mãe. — Mencionou Daniela. — Pega numa emboscada, se me lembro bem.
— Já foi tarde. — Comentou em desprezo. — Uma pena que ele não foi também. Assim o mundo estaria livre dessa praga francesa.
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IMPÉRIO [✓]
AdventureCarlos achou que entrar numa multinacional cobiçada pelo ramo da tecnologia, seria a base para encontrar sua vocação que tanto almeja no auge dos seus 18 anos. O garoto, que esbanja uma inteligência impecável, ainda não descobriu o que quer ser da v...