Capítulo Especial: Carlos, a Borboleta

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[16/04/2007 — Segunda-feira — 06h57]

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[16/04/2007 — Segunda-feira — 06h57]

A ambientação serena e gentil do clima trazia conforto aos olhos de quem parava pra apreciar. O outono estava em ápice e, naquela manhã, ele despertava aos poucos sua energia que definitivamente seguiria até o pôr do sol. E essa estação do ano era a preferida do garoto de cabelos negros e olhos da cor de esmeraldas, que caminhava até seu novo colégio, de mãos dadas com uma mulher.

Estava nervoso e tímido. Mudar de colégio — ainda durante o período letivo — não lhe agradava. Mas naquela idade, ele entendia o porquê que seus pais tomaram essa decisão. Só que era impossível não se sentir inseguro quanto a mudanças desse porte.

— Pronto, amorzinho. — Ela disse ao rapaz, tendo que se agachar se quisesse estar próximo de seu rosto. — Tenha uma ótima aula. Divirta-se e aprenda bastante. E se acontecer alguma coisa, você já sabe o que fazer, certo?

O rapaz assentiu.

— Falar com algum professor pra te ligar. — Ele respondeu balançando levemente a cabeça. Como se fosse uma frase decorada.

— Isso mesmo. — Ela deu um leve tapinha no peito do garoto, fazendo-o rir. — Se você achar... que algo não está certo... seja, conversando com alguém ou vendo alguém te olhando de uma maneira estranha... avise seus professores imediatamente certo? Tente não falar com estranhos, e tome muito, mas muito cuidado mesmo e...

— Mãe, eu já sei o que fazer. — Ele disse em um riso. — Eles estão fechando o portão.

Elena deu uma espiada acima do ombro do rapaz, vendo que ele estava certo.

— Certo, certo... — Ela disse, se recompondo. — Vai lá, amorzinho. Te amo, viu? — Desferiu um beijo na testa dele.

O garoto deu outro em sua bochecha e se retirou dali as pressas. Elena acenou quando Carlos fizera o mesmo no portão de seu novo colégio.

E ela sorriu, até seu filho sumir de vista entre os outros alunos que adentravam. Em seguida, ela foi ao carro que lhe aguardava próximo dali. Estava confiante de que essa nova vida — principalmente para Carlos — fosse bem melhor que a outra.

— Acha que ele vai se adaptar? — Perguntou Alex, quando Elena adentrou o banco do carona.

Ela sorriu otimista para seu marido sob um uniforme fardado de policial ao seu lado. Em seguida, ela deu uma última olhada nos portões do colégio sendo fechados.

— Tenho certeza que sim. — Disse, em um suspiro. — E se não... — Virou seu rosto para ele. — Daremos um jeito.

Alex sorriu e se aproximou de Elena para um selinho.

— Ele se sairá bem. — Disse, girando as chaves do carro.

— Não é só com ele que eu me preocupo. — Elena foi posicionando seu cinto de segurança. — Esse é o melhor colégio particular da cidade. Não é possível que não tenha o mínimo de segurança. Já pesquisamos diversas outras instituições, mas nenhuma delas seriam boas o bastante pro Carlos. Estamos pagando uma nota pra que ele...

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