61° Capítulo

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7° Período: Sentimentos

[04/09/18 — Terça-feira — 22h48]

Carlos estava sentado com as pernas dobradas sobre a cama. Estava atento nos documentos que trouxe do trabalho pra casa, afim de conclui-los ali, já que não conseguiu a tempo na empresa. Seu celular estava ao seu lado, reproduzindo a música Most Girls. Lhe trazia concentração e também conforto. Gostava de se manter atarefado e ouvir música ao mesmo tempo.

Mas alguns segundos depois ele ouviu batidas na porta, levando sua atenção até ela sendo aberta.

— Olá. — Elena apareceu com a metade do corpo, apenas. Depois foi adentrando mais. — Está ocupado?

Carlos pausou a música do seu celular.

— Um pouquinho. — Disse, olhando-a. — Precisa de algo?

Elena se sentou na ponta da cama e repousou suas mãos sob o colo. Passando a entrelaçar seus dedos.

Carlos notou que ela ainda estava em silêncio, e olhava para os documentos espalhados na cama.

— Algum problema, mãe?

Elena fitou suas esmeraldas, e sorriu, descontraindo.

— Não, não imagina. — Disse, em um riso. — Na verdade... eu queria te perguntar algo.

Carlos franziu a testa.

— O quê?

Elena se acomodou um pouco na cama.

— Como vão as coisas no seu trabalho?

Carlos ergueu suas sobrancelhas rapidamente. Estranhou esse interesse incomum, já que ela nunca perguntou sobre seu trabalho antes. Exceto em seus primeiros dias na empresa.

— Vão muito bem. — Respondeu. — Por quê?

Elena levou uma mecha de seu cabelo para trás da orelha.

— Eu só queria saber mesmo. — Ela disse, sorrindo. — Não falamos muito sobre isso. Só fiquei curiosa.

— Entendi. — Disse ele, desconfiado. — Tem certeza que é só curiosidade?

— Sim. — Elena assentiu rapidamente com a cabeça, se levantando em seguida. — Você vem trazendo bastante trabalho pra casa, achei que estava um pouco corrido.

Carlos riu.

— E está. — Afirmou. — Mas eu consigo dar conta.

— É claro que consegue. — Concordou. — Não seria você se não conseguisse.

Carlos ficou sem graça.

— Também não é para tanto. — Disse. — Eu só ajudo meu chefe. É ele quem está fazendo a maior parte do trabalho, ultimamente.

Elena ergueu as sobrancelhas, atenta. Pareceu esperar que o assunto fosse levado para aquela parte.

— Oh, não se menospreze, amorzinho. Sabemos da sua capacidade. — Sorriu. — Mas falando nisso... — Ela foi se aproximando novamente da cama. — Como estão as coisas com ele?

Carlos desviou o olhar por um instante. Nunca havia falado de Luke pra sua mãe, e procurava a maneira de como começar.

— Nós nos damos muito bem. — Revelou, sincero. — A gente se ajuda bastante. Trabalhamos bem juntos.

Uhum... — Emitiu ela, em concordância. — Ele é rígido com você, ou não sei... te pressiona muito?

Carlos negou rapidamente.

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