[30/09/18 — Domingo — 17h41]
— Então era por isso que você fez meu passaporte, Luke? — Carlos disse, fechando a porta de seu quarto em seguida. Estava numa ligação com o namorado não tinha muito tempo. — Você quer me arrastar pra fora do país.
Luke riu um pouco. Estava apenas com uma toalha enrolada no corpo, e descia as escadas de vidro rumo à cozinha. Também usava um fone executivo pra conversar com ele.
— Eu te disse que era uma surpresa. — Disse. — Tudo o que eu preciso saber agora é se você quer ir.
— Eu não sei se meus pais irão deixar. — Respondeu, sentando na ponta da cama.
— Se quiser eu vou aí pessoalmente e peço a permissão deles. — Sugeriu. — Será no máximo uma semana, ou talvez menos. Não pretendo ficar muito tempo lá.
Carlos suspirou, pensativo. Cogitava em aceitar, porque a partir do momento em que ouviu França sair da boca do namorado, seu coração palpitou de felicidade. Mas também de receio, pois era bem longe de onde morava e nunca na vida saiu do país. Estava com um pouco de medo. Algo que Luke notou de imediato.
— Se você não quiser ir, eu irei entender. Não vou te forçar a nada. — Disse, se debruçando no balcão de quando chegou à cozinha.
— Não, não é isso. — Carlos disse, inclinando o corpo para frente. — É que... indo pra lá... irei me sentir um invasor, sabe? Um intruso. Até porque é uma reunião da sua família.
Luke riu. Agora preparava um sanduíche.
— Carlos, os invasores são eles. E você é a minha família agora. Minha única, na verdade. Você é tão bem-vindo lá quanto é em qualquer lugar, entendeu? — Disse. — Não precisa se preocupar com isso.
Carlos sorriu.
— Tá, mas eu ainda acho que estaria de alguma forma quebrando essa tradição de vocês, pelo o que você me contou dela. — Expressou. — E parece que ela é bem importante para os seus parentes. Eu não quero ser motivo de discussão.
— E você não será porque essa tradição é só conversa durante um jantar. — Explicou com a boca um pouco cheia, pois já estava degustando do lanche. — Promete que pelo menos irá pedir a permissão dos seus pais? Independente da resposta, pelo menos considere ir comigo.
Carlos se deitou e levou seu olhar para o teto do quarto, admirando a coloração branca. Vagando em seus pensamentos.
— Se você aceitar... — Luke foi propondo, com um leve toque cativante na voz. — Podemos ir pra Los Angeles assim que sairmos da França, o que acha?
Carlos sorriu, contente. A ideia lhe animou.
— Isso é golpe baixo, Luke, não vale.
Luke riu.
— É apenas uma simples proposta. Quem decide é você. — Se explicou. — Mas pense, Carlos. Estarei esperando.
— Ok. — Disse em um suspiro. — Vou falar com meus pais. Depois te ligo já com a decisão.
— Perfeito, vou ficar esperando. Só não demore muito, você só tem três dias pra se decidir.
Carlos riu.
— Vou falar com eles agora. — Disse, se levantando da cama. — Tchau, Lu.
— Lu? — Riu, estranhando.
Carlos riu junto.
— Sim, ué. Você me chama de Barone, por que não posso te chamar de Lu?
— Porque é ridículo. E estranho.
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IMPÉRIO [✓]
AdventureCarlos achou que entrar numa multinacional cobiçada pelo ramo da tecnologia, seria a base para encontrar sua vocação que tanto almeja no auge dos seus 18 anos. O garoto, que esbanja uma inteligência impecável, ainda não descobriu o que quer ser da v...