30º Capítulo

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[19/06/18 — Terça-feira — 10h38]

Luke saíra do aeroporto Internacional de Guarulhos e já estava adentrando sua Bugatti ao qual fora solicitada horas atrás. Seu percurso era até sua residência, mas decidiu fazer uma surpresa para um certo alguém.

Dirigia rapidamente entre as estradas até que passara de um veículo no outro lado da pista, que não lhe era conhecido, mas que havia Carlos e seus pais dentro dele. Luke não havia reparado e continuou seu percurso.

Ao chegar no apartamento de Carlos, ele desembarcou do veículo e foi até o portão do prédio. Próximo à guarita, Luke posicionou seus óculos escuros por cima da cabeça e falou com Juliano.

— O Carlos está? — Indagou de má vontade, e sem cerimônia.

Juliano, que lia uma revista, encarou Luke e expressou seu desconforto em vê-lo. Não gostava muito de Luke.

— Bom dia para você também. — Disse Juliano, também de má vontade. — Por que quer saber?

— Apenas responda a pergunta. — Disse friamente. — O motivo você não precisa saber.

Juliano fechou a cara.

— Estou certo de que eu posso sim saber do motivo.

— Não, não pode. — Disse. — Olha, apenas me diga se ele está aí. É o mínimo que você precisa fazer da sua função.

— Ele não está. — Respondeu com indiferença. — E não direi pra onde ele foi. — Continuou a ler a revista.

— Doeu ter falado? — Luke provocou, colocando novamente seus óculos escuros e indo em direção à sua Bugatti.

Luke saiu dali cantando os pneus do veículo. Ele sabia do desafeto que Juliano tinha consigo mas não se importava. Sabia que não obteria respostas dele, e por isso decidiu não se aprofundar no assunto.

Luke foi em direção ao colégio de Carlos, ao deduzir que pelo horário ele estaria em aula. Estacionou um pouco longe do portão do colégio e decidiu se sentar em um banco próximo. Sabia da alta probabilidade de um aglomerado de alunos rodearem seu veículo, e não era isso o que ele queria no momento.

Quando deu 12h20, Luke avistou alunos saindo do colégio. Ficou atento e olhava em cada um deles rapidamente, a procura de Carlos. Porém, ele não o viu, e começou a estranhar.

Pensou em sair dali, até ver que entre os últimos alunos que saíam, uma jovem moça negra se retirava distraidamente do colégio. Ele a conhecia de vista, pois decidiu se levantar e ir até ela.

Ele atravessou a rua e se aproximou de Amanda que, de início, pareceu não perceber a presença dele. Até que se assustou sutilmente quando Luke tocou seu ombro.

— Você é a namorada do Carlos, não é? — Indagou, enquanto retirava seus óculos escuros.

— Quê?! — Desferiu ela, incrédula, e em um alto tom de voz. — N-Não, claro que não! Do quê você está falando? Quem é você? — Normalizava seu tom de voz a cada questão.

— Bem, não importa. — Disse. — Onde ele está?

— Por que quer saber? — Averiguou, fazendo com que Luke suspirasse de raiva.

— É um assunto urgente. Preciso conversar com ele.

Amanda se atentou um pouco em Luke que, até então, o sol ofuscava um pouco a visão do rosto dele. Se surpreendeu levemente por já tê-lo visto anteriormente.

— E o quê você quer com ele? Você é o quê dele por acaso?

— Apenas responda a minha pergunta, será que é tão difícil? — Luke se estressava. — Eu sei que você é a namorada, amiga, foda-se, e você sabe que ele me conhece. Me diga, onde ele está?

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