16º Capítulo

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[01/06/18 — Sexta-feira — 20h01]

Carlos adentrou os portões de vidro escuro, ao passar pelo tapete vermelho, onde o segurança abriu a porta para que ele entrasse. Se sentiu importante. Era a primeira vez que entrava em um estabelecimento tão chique e exuberante, como era aquele restaurante.

Os detalhes entravam em harmonia com a natureza e arquitetura moderna. Possuía dois andares, mas era no segundo onde celebridades e pessoas mais ricas tinham acesso. Uma espécie de área VIP, e era onde Carlos foi convidado para estar.

Amanda realmente tinha dinheiro para gastar, visto que era filha única de pais empresários, e ela era uma funcionária numa das empresas deles. Ela ganhava horrores. Mas claramente bem merecido, devido a sua ótima contribuição e comprometimento com a empresa.

Carlos vestia o smoking ao qual comprara. A camisa verde esmeralda casava perfeitamente com seus olhos da mesma cor. Seus cabelos negros, lisos, muito bem penteados para o lado, trazia uma misto entre rebeldia e cordialidade. Apesar de não gostar de usar roupas sociais, ele adorou seu visual naquela noite.

Ele fora à caminho da anfitriã, em um pequeno balcão ao qual recebia os clientes. A moça, bem vestida em trajes sociais que compuseram o aspecto entre ela e o ambiente do restaurante, sorriu assim que Carlos se aproximou do balcão.

— Boa noite, senhor. — Ela o recebeu.

— Boa noite. — Ele respondeu, nervoso, mas também sorrindo. — Me chamo Carlos Barone, e tenho uma reserva com a senhorita Amanda Cândido, esta noite.

— Perfeitamente. — Ela conferiu a lista de clientes em uma prancheta no balcão. — Siga-me por favor.

Carlos a seguiu entre as mesas do primeiro andar, até irem para uma escadaria de veludo fino vermelho. Ao subir, Carlos notou em como a decoração dali era muito mais perfeita que a de baixo.

Havia uma banda, com uma mulher negra bem vestida que cantava suavemente com sua voz angelical e melodiosa. Havia quadros estilizados com bordas de ouro dos locais mais famosos em torno do mundo, e algumas colunas de mármore ao lado de cada um.

Toda a decoração contava com tons de vermelho, dourado e preto. Os lustres do teto pareciam ser de cristais verdadeiros.

Carlos avistou ao longe, Amanda provando de um bom champanhe. Estava distraída assistindo a banda, e não notara Carlos chegando. A anfitriã o levou para a mesa e em seguida se retirou. Carlos a agradecera.

— Está atrasado. — Disse Amanda, exuberante em um vestido decotado e vermelho, que ia até seus joelhos. Usava também um colar de pérolas negras, com brincos da mesma cor.

— Dois minutos não matam ninguém. — Respondeu Carlos, sentando na cadeira confortavelmente linda de veludo vermelho.

— Pois matam a mim.

— Não sabia que bebia. — Observou Carlos, se referindo ao champanhe que ela bebia com muita classe.

— Ah, por favor Carlos... — Reprovou. — Estamos em um restaurante. Um ambiente de classe. E eu já sou maior de idade então eu posso beber o quê quiser.

Carlos levantou as sobrancelhas rapidamente.

— Uau. — Ele proferiu. Não estava esperando tal resposta. — Tá bom então.

Amanda riu brevemente.

— Já você detesta bebidas alcoólicas, não? — Ela questionou, em um leve tom de deboche. — Quer que eu peça uma fanta?

Carlos apenas sorriu.

— Essa noite não. — Ele respondeu, e pegou uma outra taça de champanhe que estava cheia.

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