[29/05/18 — Terça-Feira — 20h03]
Carlos se encontrava no banco do passageiro, dentro de um carro Sedan preto blindado. Estava em um posto de combustível, reabastecendo o veículo. Ele mandava algumas mensagens para seus pais, avisando-os que não passaria a noite no seu apartamento, enquanto aguardava Wesley voltar do caixa do posto.
Segundos depois, Wesley retornara, e deu a partida no carro. Ele acelerou para a pista, e seguira o curto percurso até sua casa.
Estava um pouco frio do lado de fora, mas agradável do lado de dentro. Tanto até que Wesley sentiu a necessidade de retirar sua jaqueta, permanecendo apenas com a camiseta preta por baixo. Algo que Carlos admirava atentamente. Afinal, a camiseta era um pouco justa, o que realçava seus músculos do braço.
Wesley percebia essa atenção em si e, segundos e outros, sorria maliciosamente para Carlos, que retribuía o gesto.
Não passou muito tempo até eles chegaram no destino. Era uma casa em um bairro simples, mas muito bem conservada e decorada por fora, assim como o restante das outras. O bairro lembrava algum tipo de condomínio, por toda a sua beleza.
Carlos tinha pouco contato com a família de Wesley, portanto, apenas vira a mãe e o padrasto dele. Algo que, ainda assim, fora por pouquíssimas vezes, pois Wesley não costumava convidá-lo para lá. Gostava mais de ficar na casa de Carlos, e ambos sabiam exatamente o porquê.
A avó de Wesley se chamava Karen. Segundo a descrição provida de Wesley, Karen era uma senhora de 74 anos que morava sozinha. Seu marido faleceu há 20 anos, mas ela o mantinha em sua memória, recordações e presentes que ele dava para ela.
Karen perdera o contato com a mãe de Wesley, sua filha, já faz um bom tempo. Porém, Wesley sempre a visitava quando podia, desde criança.
Uma outra filha de Karen, tia de Wesley, morava em Santa Catarina, e somente a visitava em datas festivas, como no Natal ou Ano Novo.
Carlos apanhou sua mochila no banco de trás do carro, que trouxera de casa com algumas roupas e itens de higiene para passar a noite na casa deles.
Wesley contornou o carro ao sair dele, e abriu a porta do passageiro para Carlos sair. O garoto sorriu com o gesto.
— Obrigado, senhor. — Ele brincou.
— Disponha, Mi Lorde. — Wesley disse, entrando na brincadeira. Ambos riram com isso.
Wesley fechou a porta quando Carlos saiu, e apertou o botão do controle remoto para trancar o carro. Carlos entrelaçou seu braço por de baixo do de Wesley, e ambos caminharam até a entrada da casa.
A casa era de dois andares, com a pintura branca pouco desgastada, mas ainda muito exuberante. O jardim era muito bem cuidado, assim como o gramado que era bem verde, mesmo sob a luz do luar.
Eles caminharam pelo piso de pedra até a porta da casa. Ao chegarem, Wesley abriu a porta e pediu para Carlos entrar primeiro. Assim que entrou, ele contemplou o ambiente interno da casa, com móveis rústicos da madeira de ótima qualidade. Repletos de quadros que expressavam cidades e campos reais. Era cheio de itens decorativos de pássaros de madeira por cima de mesas de centro e canto por toda a sala.
Enquanto Carlos contemplava, Wesley removera a mochila de suas costas, e segurou pela alça.
— Vem, vou te apresentar à ela. — Wesley disse, segurando na mão de Carlos e o conduzindo até a cozinha.
Ao chegarem por lá, Carlos notara a vasta cozinha, também rústica de madeira pouco claras. E do aroma impecável do jantar que de lá saía, e que fora sentido, ainda que fraco, ao entrar na casa.
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IMPÉRIO [✓]
AdventureCarlos achou que entrar numa multinacional cobiçada pelo ramo da tecnologia, seria a base para encontrar sua vocação que tanto almeja no auge dos seus 18 anos. O garoto, que esbanja uma inteligência impecável, ainda não descobriu o que quer ser da v...