Capítulo 35 🌷

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"Alegrai- vos na esperança, sede paciente na tribulação, perseverai na oração

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"Alegrai- vos na esperança, sede paciente na tribulação, perseverai na oração. ( Romanos 12.12)."
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Pedro Henrique :

Quando a moça esbarrou em mim, pude perceber que ela estava muito aflita, e seu olhar entregava sua preocupação. Atravessei a rua correndo quando percebi que o sinal havia fechado. Meus olhos se depararam com a Alisson sentada lendo um livro, ela deve estar pensando que esqueci do nosso café que íamos tomar juntos hoje.

Entrei na cafeteria e pedi um café expresso, amo café, não tanto como amo meu Deus. Ele é tudo que tenho e que me mantém em pé em meio ao caos. Me sentei ao lado da Alison, que só arqueou a sobrancelha e mostrou um sorriso fraco como se dissesse “Você está atrasado de novo”, apenas segurei em sua mão e disse só com o olhar. “Desculpe de novo”. Ela puxou sua mão da minha e se levantou em direção à porta da saída. Fiz menção de ir atrás, mas ela balançou a cabeça dizendo que não era para segui-la.

— Ali, desculpa. Eu tinha que resolver algumas coisas antes de vir. — Falei para ela e a mesma parou na saída da porta.

— Você sempre diz isso, até quando vai continuar me evitando? - Ela respondeu e seus olhos ficaram marejados.

— Não estou te evitando, venha, vamos conversar. Afinal, foi por isso que me chamou, não foi? — Respondi esticando a mão para ela.

— Foi, sim, mas você não vai para a igreja ajudar seu pai com a organização do evento? — Ela perguntou com um sorriso fraco.

— E só, mais tarde, agora venha e me conte o que aconteceu dessa vez. — Responde gesticulando para a cadeira.

Ali, apenas me olhou e deu meia volta para se sentar na cadeira. Segurei sua mão para mostrar que nossa amizade ainda continua. Eu não me importo com o passado e sim com o que ela se tornou hoje, a pessoa, mas sensível e compreensiva, que ela é. Sua vida não é nada fácil, muito menos com um pai alcoólico que ela tem, uma mãe que foi embora e a deixou para trás.

— Seu pai te bateu de novo? — Perguntei, vendo-a em silêncio.

— Não, até que ontem ele estava estável. Mas tenho medo do que pode me acontecer. — Ela respondeu, olhando no celular.

— Já te disse, se quiser ir lá para casa, pode ir, será bem-vinda tanto por mim como pelos meus pais. — Respondi olhando em seus olhos.

— Não quero ser um fardo para você e para eles.

— Sabe que não será, afinal somos como irmãos.

Ela ficou em silêncio, observando as pessoas irem e virem, não posso deixar. Ali continua vivendo essa vida. Mas ela é menor e não posso simplesmente levá-la para minha casa e fingir que tudo está bem, preciso conversar com meus pais e com Deus.

A História Que Você não Quis Ler (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora