Rael

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Rael

Ainda estava achando que era brincadeira tudo aquilo que o João estava me contando

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Ainda estava achando que era brincadeira tudo aquilo que o João estava me contando. Uma mina que veio lá do cafundó dos Judas sabe lá deus onde a garota mora e enfia aqui dentro porque conheceu ela no Instagram e achou bonita e confiável. Fui para o meu quarto e aproveitei para tomar aquele banho gostoso e desestressar porque tudo que eu tinha feito hoje foi me estressar. Primeiro na faculdade com a porra de uma nota baixa por um projeto que eu fui até bem, no outro, lá no trabalho era só perturbação. Eu terminei o banho e me joguei lá na minha cama e liguei o ar condicionado. Peguei no notebook e fui dar uma revisada no meu projeto e não achei nenhum defeito. Claro, eu erro pra caralho mas não em coisas desse tipo. Vim me preparando a semana toda para essa merda de projeto a professora ainda olha na minha cara e me da um seis com um sorriso de orelha a orelha. Baixou meu coeficiente global. Eu estava muito puto. Fechei o notebook quase jogando ele lá de cima do prédio e fui até a cozinha, a menina não estava mas o João estava pegando água.

— Pega leve, Rael.

— Eu não to puto com ela, João. Eu to puto contigo que fez essa porra toda e não me avisou — bufei — Qual a probabilidade de dar merda?

— Nenhuma — ele bebeu água — Ela é gente boa e conversamos a quase dois anos já. Ela não é nenhuma assassina, cara. Ela só precisa de uma casa.

— Tu tinha que alugar um apê pra enfiar ela então — fui meio grosso e nem vi que a menina estava vindo em direção a cozinha.

— Eu não vou alugar um apartamento, Rael. Caralho!

João disse puto demais enquanto a menina apenas nos encarava sem resposta nenhuma. Ela não tinha culpa dessa merda toda que o João tinha criado mas era impossível não demonstrar que a presença dela invadia minha privacidade. Eduarda - acho que era seu nome - veio vindo em nossa direção. — Eu não quero atrapalhar e nem quero criar briga.

— Relaxa, Duda. Rael tá insuportável essa semana mesmo — João me olhou.

Eu bufei e olhei em direção a menina. Ela tinha cabelos pretos, grandes e olhos que tinham uma cor que eu nunca tinha visto. Era bonita, na real, bem bonita o meu estresse falava mais alto. Não reparei direito na mesma, pois meu ódio só fez com que eu fosse um babaca com a garota. — Ô, Eduarda. Eu tenho uma namorada, saca? A gente namora tem uns dois anos e ela é chata pra caralho com ciumes.

Eduarda concordou com a cabeça e continuou me ouvindo — Então, por favor, tem como omitir a parte que você está morando aqui comigo?

— Ah, Rael. Vai tomar no cu — João disse ríspido — Não mete a Eduarda na sua treta com a Vitoria não. Eduarda veio comigo e qual é o problema dela morar aqui?

— Caralho, João. Você conhece a Vitória o suficiente pra entender o quão ciumenta ela pode ser — comentei ainda estressando e peguei um pouco d'água.

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora