Rael

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— Sério, sei que ela é sua namorada mas não deu para escutar ela me chamar de piranha sem motivo nenhum — Ela comentou bufando — Tem certeza que isso não vai te trazer problemas?

— Se trouxer eu sei como resolver — pisquei em direção a ela.

Eduarda deu um sorriso de lado e foi em direção a cozinha. Eu fiquei ali com o celular na mão esperando apenas o surto da Maria Vitória. Não deu vinte minutos que ela foi embora e meu celular já tocou. Eu ja sabia que ia me estressar e fui para a parte externa da casa e atendi.

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— Fala, Maria Vitória. Já acabou o show ou tem os créditos ainda?
— Vai tomar no cu, Rael — Ela dizia com voz de choro.
— Tá dando show ainda por que?
— Você mete essa piranha na sua casa e me pergunta porque eu to dando show. Jura?
— Primeiro, para de sair ofendendo os outros sem prova, Maria Vitória. Segundo, não fui eu que meti ela aqui em casa foi o João porque ele é amigo dela. Sem drama.
— Da para continuar sem drama? — ela suspirou — Se eu morasse com um cara. O que tu ia achar?
— Maria Vitória, não é questão de eu achar nada.... Caralho, a casa também é do João e a mina tá precisando de algum lugar para ela ficar....
— Não conhece abrigo da prefeitura? — ela debochou — Tem que ficar justamente na casa de dois homens?
— Ah, Maria Vitória. Vai dormir pra curar teu surto. Boa noite.

Eu desliguei na cara dela e quando me virei vi a Eduarda com um copo de café, parada e eu até tomei um susto. Bufei e ela notou que eu tinha me estressado.

— Quer que eu fale com ela? Ela vai me xingar a vida, mas eu explico para ela toda a situação — Eduarda comentou e eu neguei.

— Não precisa, Eduarda.

— Eu sei que ela me chamou de piranha e de um monte de coisas baixas, mas, ela tá nervosa. Eu também ficaria dessa forma se eu estivesse nessa situação — ela suspirou — Não tiro a razão dela. É uma mulher no apartamento do meu namorado.

— Hm — Eu grunhi — Já deu uma olhada naquele site que eu te disse? Tem umas vagas boas.

— Ah, ainda não tive tempo — Ela deu um gole no café — Mas eu vou ver sim. Tomara que eu consiga pelo menos algo que me pague bem.

— Deve achar — respondi — Vou descansar minha cabeça porque eu to pilhadão. Boa noite.

Eu passei por ela e fui em direção ao meu quarto. Tomei um banho gelado para esfriar os nervos e cai na minha cama. Mais uma mania de quando a gente brigava. Maria Vitória bloqueava meu número. Daquela vez eu já estava cansado de ligar para a casa dela perguntar se ela estava bem. Eu estava cansado de tratar aquilo como se eu tivesse quinze anos. Eu não tenho mais quinze anos. Nem ela.

BERNARDO

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BERNARDO

Não tinha rolado nada com a Eduarda e eu até pensei em desistir. Mas quando ela rebolou e eu sarrei gostoso percebi que se eu fosse mais rápido no gatilho, rapidinho, eu tinha ela pra mim. Eu deitei na minha cama cansado quando recebi uma mensagem do demônio de saia. Ué, tinha desbloqueado meu número? Tinha merda no meio.

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Vitória: Bernardo?
Vitória: Você tá aí?
Bernardo: Bernardo se encontra bloqueado 😛
Vitória: Vai tomar no cu. Tô de mochila indo pra aí..
Bernardo: Que? Tá maluca? Vem não, Maria Vitória.
Vitória: Ué, porque? Tem alguém contigo? 🙄
Bernardo: Tem a minha paz, mano. Você tá maluca?
Vitória: Já tô na portaria subindo.

— Puta que pariu — resmunguei e taquei o celular na cama. Fui até a porta e abri a mesma vendo a Maria Vitória com a mochila dela, com a cara toda suja de maquiagem e o cabelo jogado para um lado só. — O que tu quer?

— Posso dormir aqui? — Ela perguntou toda manhosa. Eu dei uma risada fraca.

— Tu quer dormir aqui pra que, Maria Vitória? teus pais te expulsaram de casa?

Ela negou — Eu briguei com o Rael.

— Um bom foda-se. Xispa logo. Pega tuas coisas e vai embora — bufei e tentei empurrar ela para fora do apartamento mas as lágrimas dela caíram em peso. Ela realmente estava muito desolada. Botei a mão na cabeça tentando manter meu juízo. — Entra logo, Maria Vitória. Que eu não me arrependa...

Ela entrou e logo em seguida eu entrei e fechei a porta. Tranquei a mesma e ela jogou as tralhas dela no sofá e sentou para chorar. Eu não tava afim de escutar choro da Maria Vitória e estava cem por cento nem aí para a briga dela com o Rael. — Você sabia que aquela garota tá morando lá?

— Aham — respondi e ela me olhou feio.

— Por que não me contou, seu animal? — ela gritou comigo vindo pra cima de mim e eu segurei os braços dela pelo punho meio forte. As lágrimas corriam pelo rosto dela.

— Vai bancar a emocionada com o teu namorado, caralho. Não comigo que não sou nada teu — bufei. — Qual foi? Resolve com ele e não vem bater no meu apartamento não. Na hora de fuder tu quer me chamar, brigou e me procura, voltou e me bloqueia. Vai tomar no cu.

Ela respirou fundo e soltou os braços dela da minha mão. — Você sabe que o Rael é alguém muito importante pra mim. Eu amo aquele cara, mas sei lá, quando ele é frio comigo ou quando ele não me dá atenção....

— Você procura o amigo dele — completei debochado — Maria Vitória, na moral. Não me procura mais....

— Desculpa, Bernardo. Beleza, foi um erro, mas na boa.... Eu só to estressada — Ela passou a mão no cabelo. Depois me olhou com aquela carinha de quem eu fui derretido na adolescência. Puta que pariu ela sabia como mexer comigo e por isso que ela sempre faz isso. Ela gosta da disputa, ela gosta de ser o centro, ela gosta de brigar com o Rael e vir correndo dar a buceta pra mim. Ela amava isso. E puta que pariu, eu não resistia.

— Senta aí — Apontei para a cadeira a minha frente e ela se sentou. Eu peguei um copo d'água para ela e ela bebeu. — Qual foi? Tá encrencando com a garota porque?

— Porque ela tá morando com o Rael — suspirou — Eu quero acabar com aquela abusada. Sério, eu só não voei na cara dela porque eu ia perder minha razão total.

Eu dei uma risada — Até parece que tu vai bater em alguém, Maria Vitória. Tu não bate nem siririca.

— Eu bato sim — ela respondeu irônica — Algumas até pensando em você.

Eu não estou aqui para bancar o bom amigo e nem o puritano quando se trata da Vita. Eu fui até a mesma e ela já sabia o que eu ia fazer. Agarrei ela ali na cozinha mesmo. Queria fuder ela ali mesmo. Ela largou o copo em qualquer lugar e eu suspendi o seu vestido encontrando sua calcinha. Ela se encaixou no meu colo enquanto eu beijava aquela boca gostosa e chupava aqueles lábios dela. Ela soltava alguns gemidos no meu ouvido enquanto eu afastada a calcinha dela e passava meus dedos por ali. Ela se contorcia toda. — Tá gostoso, é?

— Me fode, Bernardo. Puta que pariu — Ela gemeu entre as minhas dedadas. Eu dedava bem gostoso nela enquanto ela segurava minhas costas e arranhava todinha. Eu não tive nem tempo de pensar, queria fuder com ela logo. Eu fui até o quarto e abri um pacote de camisinha. Joguei a calcinha dela por qualquer canto e fodi ela gostoso ali na cozinha escutando o gemido gostoso que só ela podia dar. Ela sentava com vontade e eu estocava com vontade. Acho que nossa relação de uns tempos para cá se tornou basicamente sexo. Na real, eu só vim pegar e transar com a Maria Vitória de uns meses para cá porque antes disso eu até evitava ela. Chegou um ponto que não adiantava me afastar porque o diabo de saia vinha para cima de mim. Quando eu terminei de fuder com ela, tirei a camisinha e joguei no lixo. Ela pegou a calcinha dela e colocou de volta. — Posso dormir aqui? — ela pediu naquele tom mansinho e com aquela voz ofegante.

Eu respirei fundo ainda ofegante por causa da foda — Cai aí, Vita. Amanhã tu mete o pé pra casa do teu namorado mesmo.....

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora