Rael

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Eduarda ficou sem graça pra caralho e eu queria rir da cara dela naquele momento. Ela estava vermelha e se pudesse ela tinha arrebentado minha cabeça ali mesmo de tanta vergonha que ela estava sentindo por mim. Eu fui até a geladeira e peguei um copo d'água também. Ela ainda estava parada, sentada e em silêncio. — Tu ta doidao, garoto? Isso é falsidade ideológica.

— Eu e Joao estamos acostumados a trocar de lugar desde a infância. Uma vez ele pegou a minha namorada e eu peguei a namorada dele no fundamental — eu dei uma risada e a Eduarda riu junto.

— Cara, cruz credo namorar um de vocês — revirou os olhos — Nunca vou saber quem é o certo. Você agiu igualzinho o João, safado. — ela me tacou uma toalha de mesa e eu me desviei rindo.

— Ué, eu queria saber o que você achava do Rael..... — Eu segurei meus lábios e ela me olhou provocativa, mas não no sentido de safada e sim no de debochada.

— Era só você me perguntar. Oi, Eduarda, tudo bom? O que você acha de mim? — debochou — Simples e não precisava me fazer passar vergonha.

— Oi, Eduarda, o que você acha de mim? — eu levantei a sobrancelha em deboche e ela riu.

— Um falso que adora se passar pelo irmão. Respondi?

Eu tirei minha camisa porque estava cheio de calor. Mas claro, eu queria dar uma provocada na Eduarda e testar até onde vai o limite dela. Eu estava muito afim de ficar com ela e se não fosse o desenrolo que ela me meteu hoje talve até tentaria alguma coisa. O melhor, ela mora na minha casa então não vai me faltar oportunidade de tentar algo mais com ela.

— Hmmm — Ela grunhiu e levantou de onde ela estava. Deu aquela secada marota em mim e eu dei aquele sorrisinho malicioso. Quando ela foi saindo, eu segurei a mão dela e puxei para perto de mim. — Ô, Duda. Eu perguntei sério....

— O que, Rael? — ela coçou a nuca e tentou se segurar. Ela estava nervosa e sua mão estava suando.

— Eu queria saber se não fosse pela Nicole e pelo Caio se poderia rolar a gente hoje... — Eu cheguei mais perto dela e cheirei seu pescoço. Ela segurou seus olhos e encostou lentamente sua mão no meu peitoral. Eu encostei os meus lábios lentamente no seu pescoço e ela soltou a respiração. — Hein...

— Rael, não mexe assim comigo.... — ela suspirou — Eu tô morando com vocês, seu irmão tá confiando pra caraca em mim.... Não estraga as coisas.

Ela me afastou um pouco mas não tirou sua mão do meu peitoral. Eu coloquei minha mão em sua cintura e puxei ela para mim novamente. O seu cheiro era gostoso desses cremes que mulher usa antes de dormir. Eu já estava melhor do álcool apesar dele ainda ter efeito sobre mim. Ela fechou os olhos e eu desci as minhas mãos da sua cintura até sua coxa onde eu apertei levemente. — Você rebolando tava covardia comigo, sabia?

— Rael.... Seu irmão — eu interrompi.

— Não tem ninguém aqui, Duda. Vem comigo. — Eu puxei ela para mim e ela não resistiu. Só pela carinha dela dava para ver que ela não estava resistindo a mim da mesma forma que eu não estava resistindo a ela.

Desci minhas mãos até sua cintura e puxei ela para mim de frente. Ela roçou nossos lábios e abriu os olhos antes de me beijar. Colocou sua mão no meu cabelo e puxou, e depois, começamos um beijo. Era um beijo meio tímido ainda mais da parte dela, mas quando eu fui caminhando até a parede e encaixei da ali mesmo ela foi se soltando. Minhas mãos apertavam a cintura dela enquanto ela estava com as unhas grudadas em meu cabelo. Eu estava curtindo demais o beijo porque a Duda não era afobada demais para beijar. Eu empurrei ela ali no sofá e vim por cima dela. Ela abriu as pernas para eu me encaixar com meu corpo enquanto eu descia os beijos da boca dela para o pescocinho dela. Ela soltou uns gemidos abafados até o nosso momento ser atrapalhado por um trovão. Ela tomou um susto e me olhou com cara de assustada.

— Qual foi? — eu perguntei dando risada.

— Odeio tempestade — ela respirou fundo.

— Tá comigo, Duda. — eu beijei seu pescoço e ela foi fechando os olhos. Não queria transar. Nem estávamos no clima. Só queria um pouquinho dela assim como ela também estava querendo um pouquinho de mim.

— Rael — ela cortou o beijo — Eu tenho medo de tempestade.

Eu dei uma risadinha. — Parece até minha mãe que não dorme sozinha quando tem tempestade.

— Eu sempre acho que o raio vai cair na minha cabeça.

— O raio não vai cair na sua cabeça não, mas você pode cair na minha — eu soltei uma piada de tom sexual e ela me deu um tapa nas costas e resmungou.

— Não tem nem como te dar moral, Rael — rolou os olhos.

— Ah, esquece isso. — eu puxei seu rosto e iniciei outro beijo. Ela desceu sua mão até as minhas costas e arranhou um pouquinho. Foi só esse gesto para que crescesse o fogo que eu estava controlando e estava adormecido em mim. Agora sim eu queria fuder com ela. Mas eu ia me controlar ao extremo. Duda acabou de chegar e nem era a intenção dela me pegar. Nem a minha, na real. Eu só não aguentei.

— Eu vou acordar o Joao. Não vou dormir sozinha não.

Eu levantei a sobrancelha — Vai dormir com ele?

Ela concordou com a cabeça.

— Dorme comigo, pô. — eu respondi e ela levantou a sobrancelha.

— Você tá cheio de maldade, Rael.

— Não, pô. — fui sincero — Só dormir mesmo, cara. Eu não vou fazer nada não.

— Então eu durmo na melhor parte da cama — Ela resmungou e eu imitei a voz dela resmungando também.

Entramos no meu quarto e eu separei o pedaço da cama para ela e ela se enrolou na coberta e me olhou assim que eu também deitei de frente para ela. — Vamos deixar isso baixo?

— O que? — eu perguntei enquanto ela parecia pensar.

— Sobre hoje. Nós dois...

Eu dei um sorrisinho de lado — Relaxa, Duda. Eu vou deixar baixo.

— Não conta pra Nicole que se não vou ficar como traíra que ajuda e depois rouba o bofe. Nem pro João porque sei lá né — ela comentou e eu concordei.

— Não vou me encantar por você — eu dei uma risadinha e ela rolou os olhos e resmungou.

— O que te faz acreditar que eu quero que se encante? Você é muito emocionado.

Emocionado? Puta que pariu. Eu era tudo menos emocionado.

— Emocionado porra nenhuma — respondi — Só não quero treta e envolvimento sério com ninguém...

— Nem eu — respondeu sincera — Mantém isso baixo.

— Aham — eu respondi de cara meio fechada. Não era por mal, mas eu vivia assim. Ela foi fechando os olhos e eu também acabei dormindo. Eu não ia falar pra ninguém do que rolou aqui. Aliás, não tinha motivo nenhum para alguém fora nos dois ficar sabendo do que rolou.

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora