SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS''
+ 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...
Não estava afim de me estressar hoje e o Pedro já tinha cantado a pedra que a Maria Vitória iria vir nesse churrasco. Fiquei bolado mas não posso proibir ninguém de nada. O problema foi meu e dela e não do pessoal. Mas, mesmo assim eu continuava puto com essa história toda e por muito tempo não vou conseguir olhar na cara da Maria Vitória e do Bernardo que foram dois puta traíras comigo. Giulia perguntou onde era o banheiro e eu fui junto com ela porque também estava apertadão pra mijar e ia aproveitar e ver qual era a dela. Papinhos e sorrisinhos no elevador e agora que pode pintar uma oportunidade da gente ficar eu não posso perder tempo. Alguém estava no banheiro enquanto eu e ela ficamos ali, no corredor, esperando o sujeito liberar o banheiro. — Me fala aí, Giu. Como anda a vida? — puxei um papo.
Ela deu um sorriso de lado — No mesmo. Eu vou pro consultório de manhã, trabalho até tarde e volto mega cansada. Não tenho tempo nem pra mim mais — ela respirou fundo. — Me conta de você...
— Eu também trabalho pra caralho o dia todo com o bosta do meu avô na minha cola vinte e quatro horas por dia — bufei e ela ficou meio constrangida — Foi mal. É que eu não tenho o avô do ano.
— Não, Rael. Relaxa — ela abriu um sorriso — Não tem tempo mais pra nada? Nem pros roles no final de semana? Tu não tem cara de quem gosta de curtir uma foça sozinho.
— Tu também não — respondi — Tu não tem cara de quem curte passar um final de semana sozinha ou então que leva a vida quietinha em casa.
Ela umideceu os lábios. Estava começando a ceder e eu fui começando a chegar mais perto dela. — Você anda me stalkeando? — ela subiu uma sobrancelha.
— Eu? Por que faria isso com você? — respondi irônico.
— Sua ironia me comove, Rael — riu.
Eu me aproximei mais ainda dela e quando ela foi cedendo ali naquele corredor, eu fui encaixando ela na parede e senti o cheiro do seu perfume. Era mais doce do que os da Eduarda. Chegou a embrulhar até o estômago mas eu curti mesmo assim. Subi uns beijinhos por ali e senti ela apertando minhas costas com vontade. — Ah, Rael....
— Giu.... — eu sussurrei — Eu queria fazer isso já tinha um tempo.
Ela mordeu os lábios e quando eu fui me aproximando do rosto dela para beijar, selei nossos lábios e rocei os mesmos enquanto a porta do banheiro abriu. Escutamos a maçaneta rodar e nos separamos, porem, era até tarde demais. Era a Nicole, ela ajeitou o cabelo dela e olhou para nós dois. — Tá liberado. — apontou com a cabeça para o banheiro.
— Ah, obrigada. — Giulia respondeu intimidada com a olhada que a Nicole deu a ela.
Nicole saiu andando praticamente rebolando como se não devesse nada a ninguém, e real, ela não estava devendo. Porém, a atitude dela foi intimidadora pra caralho. Os olhares, a resposta ácida e depois o rebolado. Giulia entrou no banheiro e fechou a porta enquanto eu passei a mão no cabelo e me apoiei na parede daquele corredor. Peguei meu celular e vi que tinha uma mensagem da Eduarda e eu fiquei já na ativa. Nós nunca mandamos mensagem um para o outro a não ser quando a vontade bate. Será que a vontade dela bateu de novo? Hm. Logo depois daquela ignorada dela em mim....
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Escutei a descarga e logo em seguida vi a Giulia saindo do banheiro lavando a mão. Ela passou por mim com um sorriso tímido e eu entrei e fechei a porta em seguida. Fui fazer um xixi rápido e lavei a mão. Quando sai do banheiro não encontrei a Giulia e nem ninguém, subi novamente para a parte de cima da casa e encontrei de cara a Maria Vitória. Ainda bem que a Eduarda me contou porque se eu não tivesse preparado pra chegada da Maria Vitória eu ia ficar muito puto. Eu ignorei ela por completo, mas ela continuou me encarando. Eu fui até a churrasqueira e peguei umas coisinhas que estavam na bandeja.
Não demorou muito para o Pedro cantar o parabéns, cortar o bolo e a gente apaziguar as coisas com glicose. Vita ficou no canto dela e eu também preferi ficar no meu. Fomos para casa era uma da manhã e quando chegamos a Eduarda já estava altinha demais, falando merda demais e o João que ajudou a tirar o sapato dela.
— Vai lá que eu resolvo com a Eduarda — bati nas costas do João e ele me olhou.
— Pô, to cansadão.... — Ele comentou — Qualquer coisa me grita.
— Beleza.
Ele foi para o quarto dele enquanto eu fui ajudar a Eduarda a pelo menos entrar no chuveiro para se animar. Ela não estava bebada ao ponto de cair, mas já estava brilhando demais. Fraca pra bebida. — Eu nao quero ir pro banheiro, João. — ela resmungou.
Decidi deixar ela continuar achando que eu era o João mesmo. Ela deu uma risada assim que sentiu a água gelada cair no coro dela. Coloquei ela apenas de body dentro do box. Ela vai reclamar para caralho amanhã que eu molhei o body dela e mimimi. — Para de resmungar, Eduarda.
— Você tá grosso — ela fechou a cara para mim e começou a cantar. Puta que pariu só me faltava essa. — QUANDO VOCÊ CHEGOU EU PERDI O SENTIDO O TEU SORRISO QUASE QUE ACABOU COMIGO.
Eu segurei a risada enquanto segurava o cabelo dela para não molhar e amanhã ela não dar na minha cara. Ela olhou pra mim e me deu um beijo na bochecha que me fez levar mo susto. Segundo ela, eu era o João e se ela me beijasse denunciaria que ela tinha ficado com ele. — O AMOR NASCEU EM MIM — ela pegou a embalagem do shampoo e usava de microfone. Ela estava gritando pra caralho e já escutei as batidas do João e a risada.
— Rael, tá tudo bem? — João riu da parte de fora do quarto dela.
— Tá sim, mano. Relaxa! Ela tá de boa — eu respondi enquanto catava uma toalha. Enrolei ela numa toalha e ela veio cantando até o quarto dela. — Eduarda, você vai levar um tombo.
Ela não me obedecia então eu tive que pegar ela pelo braço e fazer com que ela deitasse na cama. Sequei o corpo dela por alto e ela já estava quase adormecida na cama. Eu botei um short de dormir dela por cima do body e coloquei ela numa posição boa. Ela ainda resmungava mas de olhos fechados. Abri a porta e vi o João na sala. — Era ela cantando?
— Não, era o ferrugem. — respondi rindo — Porra, claro que era.
— Vou dormir lá no quarto dela — João levantou e eu olhei. Ele notou a diferença no meu olhar. — Qual foi?
— Virou irmão mais velho, porra? Não foi o primeiro e nem o último porre que a garota vai tomar na vida — respondi sincero — Deixa ela descansando....
Ele saiu sem falar nada acho que até meio bolado pela minha sinceridade e quando ele fechou a porta do quarto dele eu não perdi a oportunidade de gastar. — Bota uma babá eletrônica no quarto dela.
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Giulia tinha me mandando uma áudio perguntando se eu topava ir amanhã com ela na praia e até tocou no nome da Eduarda mas do jeito que ela caiu hoje nem adiantava chamar ela amanhã. Ia rolar eu e Giu na praia mesmo e até era melhor pra gente conversar mais tranquilo.