Rael

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RAEL

Giulia era uma menina foda. Pouco tinha conversado com ela e como o João me disse que eu só ligava para Maria Vitória. Eu não notava o quão a Giulia era gata pra caralho e ainda por cima minha vizinha, morava bem do meu lado e eu via sempre no elevador. Eu estacionei o carro na casa do Pedro e o som já estava estourando na parte de cima da casa onde estava rolando o churrasco. Saímos do carro e fomos até lá. Chegamos lá e cumprimentamos todo mundo, até minha mãe estava lá com o meu pai. Eduarda foi direto para perto das meninas enquanto eu fui cumprimentando algumas pessoas e levando a Giulia junto comigo porque a mina estava deslocada pra caralho. Minha mãe já abriu aquele sorriso ao me ver com a Giulia porque tudo que ela queria era me arrumar logo um rabo de saia que não fosse tão filha da puta como a Maria Vitória.

— Oi, mãe — cumprimentei a mesma — Essa é  Giulia.

— Oi, Giulia — ela deu um abraço na menina que ficou até sem jeito com o tanto que minha mãe era simpática e comunicativa.

Minha mãe alugou a Giulia por uns minutos até eu arrastar ela até o pessoal. Eles estavam bebendo já e o Caio que tava fazendo lá as misturas doidas com as bebidas que a gente comprou. — Essa é a Giulia — apresentei e todo mundo cumprimentou a mesma.

— Nega, tu era lá da facul, né? — Isa perguntou enquanto dava um gole na bebida.

— Sim, cursava nutrição mas me formei no ano passado.

— Só queria estar formada — Nicole resmungou — Você mora lá no prédio desses três? — apontou para mim, Duda e João. — Você deve ficar louca.

Giulia riu — Ás vezes escuto a voz do Rael gritando.... Sei que é a voz dele porque a do João é mais baixa e a do Rael é rouca.

— Tá sabendo legal da minha voz, hein. — eu dei uma risada e peguei uma bebida com o Caio.

Giulia era super animada e divertida pra caralho, então nem foi difícil dela arrumar logo companhia para não ficar desolada. Pedro botou uma playlist lá e eu fui roubar algumas carnes na churrasqueira porque estava morrendo de fome. Eu botei um pratinho e me sentei perto da minha mãe. Começou a tocar Quando a vontade bater. Péssima música para um péssimo momento. Eduarda começou a dançar com as garotas e eu não conseguia ver mais nada. Isabela era a que mais dançava, Lia era a que tinha a maior raba, Giulia era a que mais jogava o cabelo para o lado e para o outro, Nicole tinha uma trava sensacional mas pra quem eu estava olhando. Eduarda filha da puta do caralho. Ele descia na maldade com aquele short preto enfiado na raba mostrando aquela raba dela que se bobear ainda tinha as marcas dos meus tapas naquele dia que a gente transou gostoso lá no escritório. Eu fiquei viajando ali tendo várias memórias sexuais e a desgraça percebeu porque começou a olhar pra trás, com a mão no joelho e aquela carinha de quem não queria nada... Mas ela queria tudo. Seu joguinho de me deixar maluco de alguma forma alimentava seu ego e até mesmo alimentava o meu. Sempre gostei dessa disputinha de gato e rato não curtia as minas que facilitavam tudo de primeira porque o tesao dava e passava, mas com a Eduarda era foda porque o tesão não passava.

— Já vi tudo — Meu pai se aproximou de mim com aquele olhar de quem já tinha desenhado a situação toda e eu suspendi a sobrancelha.

— Ih, tá maluco? — eu ri de nervoso — Tá falando de que?

— De você com a garota que tá morando lá...

— Tá viajando. — eu ri e ele deu um tapa na minha cabeça.

— Eu já tive vinte dois anos um dia, caralho. Tá achando que eu era assim!? Eu parti pra cima da sua mãe na primeira oportunidade.

Eu dei uma risada ao ver a cara que a minha mãe fez — Você o que, Dante? — cruzou os braços na cintura.

— Ué, te peguei de jeito lá no teu apartamento.

Ela deu uma risada — Depois que eu peguei trezentos, né? Seu pai é lerdo igual a você. Eu nunca vi....

— Quem come quieto come sempre — Ele comentou pra minha mãe mordendo o lábio inferior.

— Você tá passando é fome.

— Na moral, que nojo imaginar vocês dois transando ou se pegando. Na moral — fiz cara de nojo — Vou lá dentro.

Dei uma última olhada para a Eduarda que também estava me olhando. Desci as escadas que davam acesso até a casa da mãe do Pedro e peguei alguma coisa para beber que não fosse alcool. Se eu ficasse só no álcool hoje não ia dar certo. Ou eu ia ficar louco e arrastar a Eduarda comigo ou a primeira opção pela segunda vez. Eu abri o freezer e peguei uma coca lá de dentro, fechei, botei no copo e fiquei marolando na cozinha. O que me fez ficar maluco foi quando eu vi a Eduarda aparecendo na cozinha com aquele short que deixava ela gostosa pra caralho, coque no cabelo e meio suada. Ela me deu um sorrisinho — Tá passando mal, Rael?

— Eu não, mas você parece.

Ela colou o corpo dela no meu so para pegar a merda da garrafa de coca que estava atrás de mim. Abriu aquele sorriso debochado e encheu o copo dela. Eu não me segurei. Eu peguei ela pela cintura e colei ali na pia. Ela mordeu o lábio inferior dela — O que tu veio buscar aqui nessa cozinha?

— Eu vim buscar coca — ela respondeu.

— Hmm — cheirei seu pescoço — Muito cheia de malícia para buscar só isso.

— Eu vim buscar você também.

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Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora