SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS''
+ 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...
Minha mãe tinha encontrado o emprego para a Eduarda. Ela ia trabalhar como secretária do meu avô e adivinha quem trabalha com o meu avô? Sim, sou eu. Eduarda estava super animada até porque a pontuação dela foi boa e ela conseguiu uma bolsa na faculdade mas não integral. Ela ficava trancada estudando matéria de ensino médio só para conseguir essa bolsa que apesar de não ser integral, pelo menos, era algo que ela podia pagar. Ela estava feliz pra caralho porque finalmente ela podia dizer que a vida dela aqui no Rio estava começando a andar e eu diria que foi rápido até demais. Eu fui tomar o café da manhã e notei que a Eduarda estava atrasada e o João já tinha metido o pé. Só sobrou eu e ela na casa, porém, depois daquele dia que a gente dormiu junto não rolou mais nada. Infelizmente, porque eu sempre que posso dou umas olhadas, mas realmente, a Eduarda não é fácil de sair de cena não. Ela apareceu com um cropped, calça jeans justinha que deixava a bunda dela empinada, pouca maquiagem e com um coque no cabelo.
— Bom dia! — ela abriu um sorriso e pegou um pão enchendo de creme de ricota.
Eu olhei para ela com a sobrancelha arqueada — Nunca vi alguém tão feliz porque vai estudar...
— Ah — ela me tacou um pedaço do pão e riu — Eu já estava criando raizes aqui no apartamento o dia inteiro sem fazer nada.
— Você vai fazer a matrícula e depois quer carona? Eu sempre volto pra cá pra tomar um banho....
— Ah, tudo bem! Ótimo porque hoje tá um calor dos infernos.
Terminamos nosso café e eu ajudei ela a tirar a mesa e limpar também. Ela foi pegar os papéis que precisa da matrícula, da pontuação, da bolsa e tal. Eu fui descendo para ligar o carro e esperar por ela. Dei uma olhada na minha galeria de foto e resolvi atualizar o Instagram com uma foto minha que eu tirei nesse final de semana num rolê que eu fui com o Pedro.
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Acabei ficando com uma menina que eu não via há séculos desde quando eu comecei namorar com a Maria Vitória. Aliás, essa daí é outra que vive querendo me pedir desculpa. Mas acho que agora ela se tocou que eu não vou perdoar ela tão cedo e desistiu. Mesmo assim o João ainda pega a Brenda e a Brenda ainda frequenta aqui em casa. Por tabela, a Maria Vitória fica sabendo de tudo que acontece aqui em casa por conta da Brenda a melhor amiga fofoqueira pra caralho. Já disse para o João meter o pé na bunda dessa garota, mas parece que ele não curte largar a buceta amiga dele. Tem tantas por aí....
— Cheguei! — Eduarda abriu a porta e me deu um susto. Ela notou e deu uma risada. — Tá devendo?
— Ué, eu moro no Rio de Janeiro, doidona! Me da um susto desse não.
Ela deu uma risada e botou os pés em cima do banco. Eduarda já estava criando um vínculo bom comigo até mesmo como amiga de muito tempo, então, eu até liberava que ela botasse o pé em cima da cadeira do carona. Ela conectou a playlist do Spotify dela no meu carro e começou a tocar: Natiruts.