Eduarda 🔞

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Voltei para a sala quase pingando de suor por causa do que aconteceu lá na sala do Rael. Eu peguei meu celular e fui dar uma distraída enquanto não vinha ninguém e meu trabalho já estava adiantado. Eu dei uma chegada no Instagram e no Twitter e não achei nada demais, apenas umas menções de uns amigos lá de Minas Gerais e eu sentia um pouco de falta de lá. Falta dos meus amigos, falta dos meus pais e até mesmo do idiota do meu irmão. Corno.

— 📲 Isabela
Eduarda: Isabelaaaaaa
Isabela: Oiiiiieeeeee
Eduarda: Se eu te contar uma parada você deixa no baixo? É que é bem íntimo mesmo, aconteceu do nada e agora to com medo de alguém descobrir....
Isabela: Ih caralho
Isabela: Conta ai, caralho. O que aconteceu?
Eduarda: Eu peguei o Rael há um mês atrás e hoje eu quase dei pra ele na sala dele.
Isabela: HAHAHAHA EU SABIA
Isabela: EU SABIA E AMEI
Eduarda: Garota????
Isabela: Qual o problema? Rael é um gostoso e metade da faculdade quer sentar pra ele, Eduarda. Todo mundo curte esse jeitinho come quieto e safadinho dele.... Se joga, Duda.
Eduarda: Porra, Isabela. Você é a pior conselheira do mundo kkkkkkkk
Isabela: Eu só aconselho pra coisa boa, gata. Nunca pra ferrar ninguém.....
Isabela: "Eu queria ver a cara de piranha sonsa da Maria Vitória depois disso" (áudio)

O volume do celular estava um pouquinho alto, então, a voz da Isabela ecoou pelo setor e eu morri de vergonha porque era a cara do erro alguém escutar o que a maluca da Isabela estava berrando aos quatro ventos falando que a Maria Vitória era uma piranha sonsa. Eu não sabia o que tinha acontecido entre elas e entre o Rael, mas até tenho uma suposição que envolve a Maria Vitoria e o Bernardo. Os dois se afastaram demais e o Rael não pode escutar o nome dos dois.

— Eduarda! — escutei a voz do Paulo e tomei um susto pensando que era o Rael.

— Algum problema? — Me mantive disponível bem profissionalzinha e larguei o celular na mesa quase me tremendo. Se ele escutasse aquele áudio ia pensar que eu era uma louca e que a Isabela também era.

— O Rael já pegou o papel do dia três — ele comentou meio nervoso e passando a mão no cabelo. Eu concordei com a cabeça porque foi por causa dessa bosta de papel que eu suei feito uma porca de nervoso.

— Pode chamar ele na minha sala? Preciso dele! — ele comentou e eu concordei com a cabeça.

Ele saiu sem nem um pingo de agradecimento nem nada. Eu achava ele sem educação bem diferente do filho dele que tinha cara de mal educado mas era simpático. Rael não puxou os pais. Letícia é uma queridona e eu nem sei como agradecer pelo o que ela me ajudou aqui no Rio.

Eu suspirei e peguei o celular para ligar para o Rael. Eu estava preparada para escutar aquela provocação dele pelo telefone. — Alô, Rael. Seu avô te espera na sala dele.

— E eu te espero na minha cama — ele disse com aquela voz surradinha e eu revirei os olhos e apertei os os mesmos.

— E eu te espero na puta que pariu. Vai logo para eu não ser demitida — respondi o palavrão mais baixo para ninguém ali presente escutar que eu estava falando assim com o neto do meu chefe. Eu desliguei o telefone e consegui voltar a minha respiração normal, ainda com falhas, e baguncei os papéis ali na mesa de nervoso e o Rael passa com o maior sorrisinho frouxo que poderia existir. Ele passou e o perfume dele acompanhou ele. Ele ficou por volta de uns vinte minutos e eu tomei dois copos de café para aliviar aquela tensão toda. Quando ele saiu, ele claro, passou na minha mesa para dar aquela provocadinha.

— Vai sair que horas? — ele se debruçou na minha mesa e eu evitei contato visual.

— Na hora que seu avô me liberar.

— Na hora que eu te liberar também — ele umideceu os lábios e me deu aquela olhadinha. — Eduarda, para com isso....

— O que eu to fazendo, garoto? — eu me agitei com os papéis e ele deu aquele risinho que eu odiava. Não sabia decifrar se era irônico, debochado ou risinho de quem estava doido pra me pegar.

Me encantou demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora