SEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS''
+ 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...
O carro do Marcelo estava parado em frente ao prédio, fui até o mesmo e sentei no banco de carona. Marcelo me deu um beijo no rosto e me olhou de cima a baixo — Pô, quando eu te chamei pra dar uma voltinha não sabia que tu vinha gata assim. Que isso.....
— Obrigada — dei um sorriso em agradecimento e ajeitei meu cabelo, procurando o cinto de segurança.
Marcelo partiu com o carro e ligou o rádio. Eu peguei meu celular que estava cem por cento carregado e olhei um pouco o feed do Twitter até achar o Tweet do Rael. Dei uma risadinha porque realmente era cômico ver aquela pose toda de garotão cuidando da sua irmãzinha neném chorona no ouvido dele impedindo que ele saia com outras garotas para fazer o que ele mais curtia. Transar.
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Eu dei uma risada com o Tweet sem noção do Rael e o Marcelo deu uma olhada para mim achando que eu estava rindo dele e soltou uma risadinha. — Tá rindo de que?
— De uma parada que eu vi no Twitter.
— Ah — ele respondeu e voltou a focar no volante. Eu abri meu WhatsApp e me assustei com a última mensagem do Rael. Se ele precisasse de mim? Desde quando ele precisa de mim? Com certeza ele estava desesperado para que eu ficasse lá e ajudasse ele com a Bia, mas eu tive um dia cansativo para caralho e eu só queria mesmo era dar uma espairecida na mente. Marcelo parou me frente a uma hamburgueria e eu agradeci a Deus. Estava precisando comer uma besteira mesmo. Entramos ali, pedimos nossos lanches e ficamos esperando.
— Giu tá sumida — Marcelo comentou — Tu tem falado com ela?
— Ah, eu sempre to com a Giu. Só que de uns tempos para cá eu to meio enrolada no trabalho — comentei.
— Hmm — Marcelo deu um sorrisinho de lado — Na boa, Duda. Já queria sair contigo desde aquele churrasco que a Nicole deu show, tu lembra?
Eu dei uma risada, mas foi de vergonha também — Eu lembro. Mas prefiro nem lembrar daquele dia.
O nosso lanche chegou e eu aproveitei para postar nos stories que eu estava comendo em hamburgueria, né? Não dou mole. Resolvi não marcar o Marcelo até porque não tinha nada a ver e nós dois nem tínhamos muita intimidade assim pra sair marcando ele nos stories.
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Depois de comermos fomos dar uma volta na orla da praia e acabamos tomando um sorvete e ficando por ali pela praia mesmo. Marcelo era um cara muito gente boa, era engraçado, divertido pra caraca, fazia minhas vontades, e além do mais era gato. Mas minha cabeça me traía o tempo todo me levando em direção ao Rael sozinho naquele apartamento com a neném. Vi que ele tinha postado alguns stories com a neném no colo e por enquanto parecia estar tudo bem. Eu estava me sentindo mãe deixando a criança sozinha com o pai e a criança no final não era nada minha e sim do Rael.
— Tu ja veio a praia a noite? — ele perguntou e eu neguei com a cabeça.
— Eu não tenho nem muito contato com praia — ri e o Marcelo riu contigo.
Ele levantou e me deu a mão — Bora entrar na água.
Eu olhei para os lados e depois olhei para ele — Tá doido? Onde vamos deixar nossas coisas? Vou entrar na água como?
— Não é entrar na água, pô. Molhar os pés — ele respondeu com uma risada e eu dei de ombros. Ele me puxou em direção ao mar e eu senti a água gelada no meu pé, no começo tirei rapidamente porque estava um gelo puro. Marcelo riu — Ta gelada pra caramba.
— Tá mesmo — respondi e ele me puxou pela cintura. Eu sabia que ele estava buscando uma oportunidade para me roubar um beijo desde cedo. Eu sentia a água gelada no meu pé e o beijo quente do Marcelo em mim. Seu beijo era gostoso, tinha aquele clima de quem estava querendo ficar com você tinha um tempo e eu resolvi me entregar ao momento. Passei a mão no seu cabelo e puxei para mim enquanto ele chupou meus lábios e soltou. O beijo parou porque eu comecei a sentir a brisa do mar gelada em mim.
Ficamos algumas vezes mais e depois ele me deixou em casa umas onze e meia da noite até porque eu quem pedi. Estava cansada para ficar mais tempo na rua e ele só me liberou depois que eu disse que marcaríamos outro rolê. Entrei em casa e a casa estava um silêncio profundo, dei uma olhada no quarto do Rael e a cena me fez segurar um sorrisinho. Era ele, com os braços agarrados na Bia e ela dormindo de boquinha aberta. Ele dormia feito uma pedra, como se fosse inocente o tempo todo mas só nós sabíamos que o Rael não era puro e muito menos inocente. Sai do quarto para não fazer barulho, fui até o meu e tomei um banho gostoso. Botei meu pijama e me joguei na minha cama para dormir, liguei o ar condicionado e fechei os olhos. Escutei a porta do meu quarto abrir mas eu não olhei porque pensei ser coisa da minha cabeça, logo em seguida senti os braços envolta do meu corpo e me virei rapidamente dando de cara com o Rael. Ele ajeitou meu cabelo e deu uma risadinha pelo nariz. Era típico dele. Meu coração tava acelerado. — Foi bom lá com o Marcelo?
Eu concordei com a cabeça — O que você veio fazer aqui?
— Eu vim fazer o que você foi fazer lá no meu quarto quando chegou. Vim te ver....
Eu dei uma risada irônica — Eu fui ver a Bia e não você.
— Não mente pra mim, Duarda. — ele disse capotando de sono com aquela voz rouca. — Voltou cedo, né? O negócio lá não deve ter sido bom.
— Fora seu ciumes, foi tudo bem, Rael.
— Eu nao tenho ciúmes — ele riu irônico — Sou adulto, pô.
— É adulto mas me mandou aquela mensagem alegando que precisava de mim — eu comentei e ele estalou a língua, passou a mão na minha cintura e me puxou para ele.