o papai noel tá diferente, né?
presentinho de Natal pros meus xuxus que estão a tempos sem atualização— Você o que? — Ele perguntou baixo no meu ouvido enquanto eu tentava controlar minha respiração. Ele gostava desse tipo de jogo e eu acho que aumentava o ego dele de uma forma fora do comum.
Eu suspirei e rolei os olhos — Eu gosto de você, desgraça.
— Eu também gosto de você, gatinha. — ele passou a barba por fazer bem no meu pescoço e foi dando uma sequência de beijos por ali. Eu suspirei e tentava me manter plena com o Rael fazendo aquilo no meu pescoço mas eu não conseguia. Ele cheirou meu pescoço e desceu até meu ombros desnudos e passou os lábios quentes naquela região.
— Meu deus, Eduarda. Você é muito gostosa!
Dei um sorrisinho e em seguida mordi os lábios enquanto ele ainda roçava os lábios no meu pescoço me arrepiando por inteira e fazendo com que me desse mais vontade ainda de ficar presa naquele momento com ele. — Eu queria te dizer uma parada.
— Então diz — eu concluo.
— Eu queria te dizer que....
Escutamos um barulho na porta. Se não fosse clichê não seria nós dois presos no banheiro como sempre. Ignoramos por completo alguém batendo na porta e ele continuou a respiração ofegante no meu ouvido enquanto eu tentava me concentrar em qualquer coisa para não ficar excitada. — Eu quero dizer que eu to curtindo demais você — concluiu o Rael.
Eu dei um sorrisinho de canto — Eu sei disso.
— Convencida pra caralho, né? Falo mais nada também. Eu hein!
Eu dei uma risada e puxei ele para mim, ele colou nossos corpos e eu fiquei na ponta do pé para ficar da altura dele e enrolei meus braços em seu pescoço enquanto ele enrolava os dele na minha cintura. Dei um selinho nele e em seguida um sorrisinho. — Eu também curto você demais.
— Eu tinha outra parada pra falar, na verdade, para propor — Ele disse engolindo em seco e sua expressão mudou um pouco. Ele me apertou mais ainda contra o corpo dele e eu franzi a testa.
— O que é? — eu perguntei sem entender.
Escutamos mais uma batida na porta e eu bufei. Não era possível que sintam vontade de usar o banheiro justamente na hora que o Rael ia me falar sabe lá Deus o que. Eu revirei os olhos. — Da para desocupar o banheiro? Tem gente querendo usar, inferno.
Era uma voz feminina. Eu peguei minhas roupas de dentro do banheiro e o Rael se arrumou também às pressas. Abri a porta do banheiro e dei de cara com a Nicole. Só poderia ser em filme mesmo. Ela me olhou e não disse nada e em seguida viu que o Rael também estava ali e revirou os olhos. — Vocês não tem consideração por quem tá aqui há minutos esperando vocês terminarem de transar?Não sei se era o álcool ou as graças que eu já estava escutando demais dela tem uns dias. Mas, eu botei meu sorriso irônico e debochado mais bonito do universo e botei a mão na cintura. — Não, porque estávamos transando. Você deveria fazer isso para curar essa sua falta do que fazer. Se manca!
— Tá se achando, né caipira? — Nicole rebateu na mesma hora. Eu me virei na mesma hora e senti a mão do Rael nos meus braços e depois o estalar da língua dele.
— Deixa isso pra lá, Eduarda.
Eu me aproximei dela mesmo com o Rael me segurando e fui até a mesma — Tu é maluca, né garota?
— Aí, me poupe.
Ela ficou se cagando de medo de apanhar e entrou no banheiro trancando a porta por dentro. Eu respirei fundo para controlar minha raiva. Caipira nem era apelido pra eu ficar arrumando briga por aí, mas sair de forma ofensiva da boca dessa garota que eu já estava tentando engolir tem um tempo não prestou. Rael me puxou para o andar de baixo e eu fui pegar uma cerveja para desestressar.
— Ué, Marcelo tá sozinho garota. Onde você tava? — Isabela perguntou super chapada quando me encontrou pegando cerveja.
— Eu estava lá em cima com o Rael — respondi dando um gole na cerveja e a Isabela me olhou com uma cara maliciosa.
— Não acredito. Você é minha ídola mesmo — ela passou o braço sobre meu pescoço e me deu um beijo na bochecha. — Ficou com o Marcelo e o Rael.
Eu ri e neguei com a cabeça — Eu não peguei o Marcelo hoje.
– Hmm – ela grunhiu. – Mas o Rael sim, né safada?
Eu ia responder a Isabela quando percebi que a Nicole descia as escadas. Ela me olhou e ficou me encarando enquanto eu não desviava o olhar dela também. Não vou deixar essa pirralha ficar querendo arrumar confusão atoa. Já dei uma surra em uma que se meteu no meu caminho para dar surra em outra abusada não me falta nada. Ela tropeçou na escada e quase caiu. Um cara foi ajudar ela enquanto eu morri de rir.
— Ué — Isabela percebeu a cena e foi até a Nicole ajudar ela enquanto eu segurava meu deboche comigo. Eu não prestava.
— O que foi, Nic? Você tá passando mal? — Isabela perguntou a ela e ela negou com a cabeça.
— Única coisa que essa garota tem é veneno na língua e falta de senso — respondi e a Isabela olhou para mim na mesma hora. Ela não estava por dentro da minha treta com a Nicole.
Nicole levantou ainda cambaleando — Eduarda, eu já não estou te suportando mais.
— Ué, entramos em acordo — eu deixei meu copo na bancadinha e olhei para ela com um sorriso irônico. — O problema é que agora eu não vou aturar seu deboche mais calada como eu fazia. Se você quiser entrar nesse jogo vai sair toda fudida.
Isabela desceu uns degraus da escada e me puxou dali. Que merda. Todo mundo sempre sai me puxando da treta. — Garota? Você me conta dessa treta toda aí.
— Não tem o que contar, Isabela. Nicole é despeitada e não consegue aturar que o Rael não quis mais nada com ela por conta dela mesmo e acaba jogando as coisas encima de mim. Eu hein. Garota maluca.
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Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...