O Bernardo era meu amigo de anos. Tudo bem que hoje eu não estava muito tranquilo para vir numa boate mas acabei vindo e a Vitória veio para me acompanhar também porque não queria vir. Brenda puxou minha namorada pra provavelmente comentarem sobre a Eduarda que chegou junto com o João. Achava essas coisas tão desnecessárias porque meu irmão nunca nem deu bola pra garota direito para ela dar esses surtos de possessividade. Isabela foi a única que foi maneira com a garota, desceram e dançaram. Eu virei de costas para a pista de dança porque se a Vitória me visse olhando bunda de mulher ela provavelmente me mataria. Ela voltou para o meu lado e nesse instante eu estava vendo a Isabela com a garota nova. Eu desviei a atenção para a Vita.
— Essa garota tá morando aonde? — Ela perguntou curiosa.
Eu me preparei. Mas claro que não ia falar aquilo daquele jeito ali — Com um amigo.
— Hmmm — Vitória respondeu — Vou ser simpática com ela. Brenda que ficou no meu pé....
— Cara, sinceramente, controla tua amiga — bufei — Tá achando que o João é dela?
— Aí, Rael. Não exagera — ela suspirou — Você conhece a Brenda...
Eu concordei com a cabeça e quis encerrar o assunto sobre a Eduarda. Ela e Isabela subiram um pouco tempo depois e eu peguei uma cerveja pra beber. Eu estava tranquilão. Sentamos todos numa mesinha que tinha ali e a Vitória sentou no meu colo, coloquei uma mão na coxa dela. — Amor, vou no banheiro — ela comentou baixo no meu ouvido e eu concordei.
Ela saiu da mesinha e acabou sobrando para mim. Bernardo conversando com a Eduarda e o João. Pedro dando umas das suas investidas ralas na Isabela e a Brenda de cara fechada. Eu pedi um negócio para comer, um tira gosto, eu comecei a beliscar. Vitória subiu com uma cara amarrada, me olhou e eu suspendi a sobrancelha. — Qual foi?
— Nada, só tinha uma fila enorme e eu estava apertada — Ela comentou — Acho que tá dando nossa hora, né?
— Vamos marcar um dez e eu te deixo em casa.
Ela suspendeu a sobrancelha — Por que a gente não vai pra sua?
Eu olhei involuntariamente para a Eduarda que no caso era a resposta do porque ela não poderia ir para a minha casa nesse momento. Depois voltei a olhar ela. — Lá em casa tem o João, cara — estalei a língua — Não vai ficar de boa.
— Vocês nasceram no mesmo dia mas não vivem colados, Rael — ela rolou os olhos e riu — Dorme lá em casa então....
— Eu vou ver — comentei pra ela — Sabe que seus pais não curtem muito quando eu vou dormir lá.
— Por isso que quero logo nosso apartamento — ela resmungou. — Ou então, que eu alugue um apartamento para sair de casa. Não aguento mais minha mãe mandando e desmandando em mim. Na gente...
Eu concordei com a cabeça e olhei para o lado. Bernardo tinha sumido justamente agora que a Isabela subia com um bolo cheio de velas. Ficamos esperando ele e minutos depois o desgraçado chegou. Cantamos aquele parabéns e depois eu arrumei um jeito de vazar. Eu estava muito cansado. — Quem vai deixar a Duda em casa? — Isabela perguntou.
— Eu — Bernardo se adiantou — Tu vem comigo, Eduarda?
— Ela vai voltar comigo, cara. Não se preocupa — João se adiantou — Eu deixo ela em casa.
Eduarda estava muito incomodada com essa história toda que o João meteu nós dois e eu nem podia falar nada porque minha mãe inventou de ficar grávida e eu tenho medo dela ter algum ataque ou sei lá o que por causa de discursão minha e do João. Eu deixei isso quieto apenas pela minha mãe. Eu deixei a Vitória em casa, ela tirou o cinto e me deu um beijo. Minhas mãos passaram do seu rosto para a sua coxa onde eu apertei. Ela subiu por cima de mim e eu desliguei o carro parando ali mesmo na calçada. — Você jura que não quer subir, amor?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...