Eu não acreditava que tinha feito isso. Eu derrubei o cara na piscina de roupa e tudo, quer dizer, eu não e sim um calouro de engenharia. Eu não me aguentei de rir da cara que o maluco ficou e em seguida a Eduarda deu uma olhada para mim depois que o moleque contou que tinha sido eu que mandei e apostei que ele não empurraria. João morria de rir do meu lado. — Você é sujo, cara. Como saímos do mesmo lugar?
— É que você é tão sujo quanto — Giulia resmungou e ele mandou um beijo no ar para ela.
Senti uma presença no ar e me virei dando de cara com a Bárbara. Seu cabelo agora estava loiro, ela estava com um salto e por isso parecia mais alta. Ela sorriu e veio nos cumprimentar, cumprimentou todo mundo e em seguida olhou para mim. — Raelzito, quanto tempo que não te vejo.
— Pois é, Babi. Você tava só em casa.
Ela resmungou — Só namorando.
— Terminou porque? — João perguntou interessado e ela deu uma olhada para ele.
— Porque ele não era carinhoso comigo quanto você era na adolescência — ela piscou para o João e eu segurei a risada. Giulia ficou em outra coisa para não presenciar a cena. João era gamado na Babi mas ela era gamada em mim. Eu já tinha ficado algumas vezes com ela mas tudo acabou quando eu comecei a namorar a Maria Vitória. Eu nunca entendi porque de mim e não do João já que tínhamos a mesma cara.
Eu olhei em direção a Eduarda e ela e o Marcelo estavam falando alguma coisa enquanto ele tentava se enxugar. Eu dei uma risada da cena e a Babi me pegou olhando para os dois. — Você conhece o Marcelo? Que mundo pequeno.
— Ué, por que? — dei um gole na cerveja — Você também o conhece?
— Aham. Eu já tentei dar umas investidas só que o que tem de gato ele tem de chato. Meu deus. Ele é todo fofinho todo cheio dos carinhos e grude demais para mim não dá — ela resmungou — Faço parte da atração sexual.
Eu dei uma risada porque a Babi desceu o olhar pro meu corpo na cara de pau. Por sorte ninguém estava prestando atenção na conversa porque se não iria ser uma vergonha do caramba. — Quem é aquela com ele? — ela acendeu um cigarro e baforou.
— Eduarda.
— Hm — ela olhou a Eduarda de longe e em seguida me olhou. — Bonitinha ela. Quem é? Nova?
Eu concordei com a cabeça — Ela é amiga do João e tá morando lá em casa.
Ela notou a Eduarda de novo e abriu um sorriso em minha direção. — Você gosta dela, né?
Eu concordei com a cabeça. Eu não acreditava que eu estava confessando isso logo para a Bárbara que estava doida para sentar na minha piroca. — Eu gosto muito dela. Mas ela é indiferente quanto a mim.
— Ué, vamos ver se ela é indiferente — Babi pegou na minha mão e me arrastou até mais ou menos onde eles estavam. Eu não confiava o suficiente na Babi mas acabei indo porque queria saber do que eles estavam falando também. Chegamos perto e a Eduarda nos olhou, encarou meus olhos por alguns segundos e eu também encarei os dela. Bárbara cumprimentou o Marcelo. — Quanto tempo, cara. Você sumiu, né?
— Andei sumido não, Babi. To sempre por aí — ele respondeu.
— Vocês tão aí? Querem vir pra cá com a gente não? — ela passou minha mão pela cintura dela e a Eduarda desceu o olhar até a minha mão. Marcelo deu de ombros mas a Eduarda negou com a cabeça.
— Tá tudo bem aqui.
— Você é a? – Babi atuou.
— Eduarda.
— Bom, Eduarda. qualquer coisa estamos ali — Babi abriu um sorriso e apontou. Eduarda ou queria me matar ou queria decifrar o que eu estava fazendo ali. Eu voltei com a Babi com a maior vontade de rir. Bárbara era muito louca e apesar dela ter esse jeito todo expressivo ela também era uma pessoa do bem. Apesar de errar muitas vezes em várias coisas. — Ela é gata, mas não te deu moral mesmo — foi sincera.
— Eu já desisti desse barco. Não consegui embarcar até agora — peguei minha cerveja e dei um gole enquanto a Babi me analisava.
— Você sente falta de carinho, não é? Eu sei o que a piranha da Maria Vitória fez — ela rolou os olhos — Você era tão apaixonado por ela.
— Foda-se ela.
— Você quer gostar de alguém de novo e ser amado. Você não consegue se adpatar a vida de solteiro tão fácil quanto eu — ela resmungou e encheu mais meu copo. — Eu não sou ciumenta. Se ela não quiser ainda tem meu numero.
Eu dei uma risada e olhei para a Babi. Meu sangue já estava com álcool suficiente para falar umas verdades cruas dentro de mim. — Eu vou atrás dessa garota hoje e eu não quero responder por mim.
Babi arregalou os olhos — Então vai, bofe.
— Eu só to meio inseguro — olhei para os meus pés e estalei meu pescoço. — Eu tô inseguro pra caralho.
— Garoto, levanta a bunda dessa cadeira e vai lá falar pra guria que tu é afim dela. Ou vai deixar o Marcelo que além de gato é um fofinho pegar sua mina? — ela rolou os olhos — Você perde umas oportunidades incríveis, Rael.
Eu levantei da cadeira, deixei minha cerveja de lado e ajeitei meu cabelo enquanto ia na direção da cozinha. Passei pela Eduarda, ela me olhou enquanto conversava com aquele otario do Marcelo e eu apontei para a cozinha. Ela entendeu meu recado e era esse recado que eu queria deixar pra ela. Eu tava encantado demais por ela. Eu desejava essa menina e eu não queria mais mentir para mim mesmo. Ela precisava saber que eu pensava nela mais do que eu deveria.
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Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...