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@autorabelAcordei no dia seguinte com os braços do Rael envolta do meu corpo. Ele dormia todo bonitinho e eu ajeitei os fios de cabelo que insistiam em cair e dei um beijinho em seu braço. Ele resmungou, mas não acordou. Eu levantei e liguei para as camareiras trazerem o café lá no quarto mesmo porque eu estava muito chique. Temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos dá. Rael se moveu na cama e eu fui até o banheiro tomar um banho antes dele acordar, senti alguém entrar no banheiro e quando abri vi que era o Rael. Ele me olhava com aquela carinha de sono misturada com muito cansaço que a noite de ontem tinha dado para a gente. Ele abriu o box e entrou junto comigo. Ele segurou minha cintura e selou nossos lábios. — Minha mãe me chamou pra almoçar na casa dela hoje. Eu disse que você ia comigo.
Eu olhei para ela com os olhos suspendidos — Você disse que eu ia como sua o que?
— Você acha que minha mãe é idiota? Ela sabe que a gente transa — ele disse isso de forma natural e eu dei uma risada. Daria a vida para ter uma relação tão sincera assim com a minha mãe onde eu pudesse contar tudo sem que ela me julgasse. Eu amava minha mãe, mas ela sempre foi superprotetora. Acho que depois que vim para cá que as asas finalmente foram cortadas.
— Eu não sabia que sua mãe imaginava isso da gente.
Ele deu uma risada — É, ela acha que a gente mora na mesma casa e joga uno de madrugada, Maria Eduarda.
Eu dei um tapa no braço dele e resmunguei — Me bateu vergonha.
— Dou uns minutos pra gente tomar café, nos arrumamos e passarmos lá — ele respondeu.
Eu fiquei ali trocando umas carícias com o Rael no banho, uns beijos, mas não rolou nada. O meu café da manhã estava do jeito que eu amava. Pedi torrada com nutella e um café bem forte para dar aquela sacudida logo de manhã. Saímos do hotel contra a minha vontade, passamos em casa, nos arrumamos e fomos até a casa da Letícia. Quando estacionamos já pude ver que apesar de ter dinheiro eles eram mais simples. Saímos do carro e quem recebeu a gente foi a Letícia com um copo de vinho na mão. Rael me deu a mão antes de sair do carro, eu me arrepiei e fiquei um pouco gelada mas fui seguindo ele.
— Oi, bebê da mamãe — ela veio até o Rael e deu um beijo no rosto dele. Ele abraçou a mão ainda de mãos dadas comigo e eu morri de vergonha quando a Letícia percebeu que a gente estava de mãos dadas.
— Meu deus! — ela abriu um sorriso em minha direção e veio me dar um abraço. — Vocês tão namorando?
— Não — respondi sem jeito.
— Ah, não precisa me explicar — ela cerrou os olhos e eu morri mais ainda de vergonha. Rael estava literalmente super confortável. Praticamente quase contando da nossa posição sexual preferida para a mãe dele e eu estava ali queimando de vergonha.
— Fala, magrelo! — Dante veio na direção do Rael e cumprimentou o filho com um toque de mãos que parecia ser só deles. Dante me cumprimentou também e eu fui morrendo de vergonha até a sala onde tinha mais gente ainda. Eu fui apresentada para a Jaqueline que eu já conhecia por ser madrinha do Rael, o Matheus que era irmão do Pedro, o Pedro também estava lá, a mãe do Pedro e do Matheus que se chamava Márcia, a vó do Rael que se chamava Virgínia e uma outra mulher que estava tomando sua terceira taça de vinho que se chamava Maria Luísa.
— Então vocês moram juntos? — Virginia perguntou com um sorriso no rosto.
Eu estava quase cavando um buraco no chão para me enfiar dentro dele. — No início, foi ideia do João porque eles eram amigos de muito tempo e ela não tinha onde ficar aqui no Rio.
— João tem um coração de anjo, né? Por isso puxou a madrinha — Malu comentou com um sorriso.
— Se o garoto puxasse a madrinha ele ia ficar dois meses enrolando a garota e na última hora ia falar que não podia mais morar no apartamento — Leticia resmungou — Sua sonsa.
Ela deu um tapa no braço da Letícia que resmungou. — Eu não vim de NYC pra ser escorraçada não, mona.
— Meu deus! Vocês vão assustar a garota — Jaqueline respondeu e deu um sorriso na minha direção. Jaqueline parecia ser a única que estava entendendo o meu constrangimento ali.
— Cheguei! — João apareceu na sala e a Letícia comemorou. Ele foi cumprimentando um por um até chegar em mim e depois apontou para o celular, eu franzi a testa e ele repetiu o gesto.
— João (1) ✉️
João: Teu irmão tá ficando com a Giu?
Duda: É o que?
João: Sei la, eles saíram hoje....
Duda: Ih, nao to sabendo. Mas eu até shipparia
João: kkkkkkk
João: Jaé.— Eduarda é tão quietinha — Letícia me olhou — Se o Rael comentou que nós éramos malucos, ele não estava errado. Mas somos malucos simpáticos.
— Eu tenho uma amiga que a mãe dela disse que conhece você, Letícia — respondi enquanto dei um gole na taça de vinho branco que o Rael tinha pegado pra mim.
Leticia deu um sorriso — Ah, de onde ela conhece? Ela já trabalhou comigo?
— Não, estudou na faculdade. O nome dela é Jasmine.
Malu quase cuspiu o vinho branco no tapete e o sorriso da Letícia foi murchando. Jaqueline apertou os lábios, Matheus olhou pro Dante e o Dante olhou pra Letícia.
— Ela tem filha? — Letícia repetiu a pergunta — Nossa, tem milênios que eu não trombo com a Jasmine.
— Que otimo! — Dante respondeu — Ela tá bem?
Letícia abriu um sorrisinho de lado — Tá preocupado?
— Não, só queria saber se ela está bem. Ela saiu da faculdade do nada na época, não sabíamos que era gravidez. — ele respondeu — Que doideira.
— O pai dela é o Vinicius. Vocês conhecem?
Letícia olhou para o Dante com o mesmo semblante. Eu estava até com medo. — Jasmine se casou com o Vinícius? — Jaque perguntou.
— Não sei, amiga. Depois que eu saí do escritório do Fernando eu não fiquei mais sabendo dele ou do Vinicius. O Fernando já era velho naquela época, provavelmente, já deve ser até falecido.
— Tá matando os outros já, Letícia? — Malu perguntou — O que mais a Jasmine te contou?
— Não foi ela, foi a Giulia, ela disse que nessa época aí a Letícia derrubou molho branco na cabeça da mãe dela — eu dei um gole no vinho branco e o Rael cutucou e acariciou minha perna com os dedos enquanto ninguém via.
Leticia negou com a cabeça e deu um sorrisinho — Eu não me orgulho disso. Foi meu deboche.
— Depois a gente teve que tirar molho branco do chão porque ficou grudado — Dante riu — Eu nunca vou esquecer desse dia.
Rael sussurou baixinho no meu ouvido — Bora dar um perdido?
Eu mordisquei os lábios e concordei com a cabeça.
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Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...