Rael não era má companhia, só era a cara do problema e tem uma namorada que eu já descobri ser meio surtada. Eu não quero guerra com ninguém, mas não vou ficar escutando desaforo e trazendo isso para a minha vida. Eu manteria toda e qualquer distância dele na casa, na frente de geral e na vida. O meu assunto com ele era básico. Morávamos na mesma casa e tínhamos que ter pelo menos um pingo de educação um pelo outro ainda mais pelo favor que o João estava me fazendo que eu não saberia retribuir a tudo isso. Isabela voltou muito estressada com o João segurando ela.
— Isabela, se controla no que tu vai falar. — Ele comentou e olhou para a Isabela que estava muito puta.
— Eu estou me controlando, João. Quem não tá se controlando é outra pessoa — ela bufou e olhou diretamente para o Rael. Ele deixou a cerveja dele na areia e levantou encarando a Isabela.
— Ih, Isabela. Tá maluca? Qual foi? — Ele encarou a Isabela e ela deu uma risada sarcástica.
— Eu só não falo nada porque eu vou esperar essa história dar uma esfriada. Se não, eu soltava a merda toda no ventilador — bufou — Eu só não gosto de ver safadeza.
Rael me olhou assim que o João tirou ela dali. Eu não estava entendendo nada e nem estava sabendo de nada. Ele apontou para a Isabela e em seguida me olhou — Tu tá sabendo disso?
Eu neguei. — Na real, eu acabei de chegar aqui. Não sei de nada — roubei a cerveja dele e dei um gole. Ele suspendeu a sobrancelha.
— Ué, tava coladona com a Isabela e não sabe dessa porra aí não? Ela comentou alguma coisa sobre mim?
Eu neguei com a cabeça e respondi devolvendo o sarcasmo que ele me tratou no primeiro dia que eu cheguei aqui — Era para comentar?
Ele deu uma risada sarcástica entendendo que eu estava devolvendo a pergunta que ele me fez naquele dia que a gente se conheceu. Ele largou as coisas dele lá comigo e foi atrás da Isabela. Eu acabei com a cerveja dele mesmo, ele nem ia beber mais. Senti uma mão nas minhas costas e já me virei quase dando um mata leão. Desculpa, mas eu estava no Rio de Janeiro e o que se fala do Rio de Janeiro é que se alguém te encostar praticamente é assalto. Não era assaltante, mas era perigoso quanto um. Bernardo.
— Coé, Dudoca! — Eu dei espaço para ele se sentar e ele se sentou do meu lado. — Qual foi da cara amarrada da Isabela?
Eu dei de ombros — Eu conheço a Isabela em menos de vinte e quatro horas. Mas sei que se ela se irritou é por alguma coisa séria demais.
— Hmmm — Ele comentou — Tu tá afim de dar um rolê por aí? Dar uma saída e sair um pouco dessa confusão toda!?
Eu não quis alugar o João para ele ficar saindo comigo porque eu já achava que estava abusando demais dele ficando lá na casa dele de graça. Bernardo sendo um cachorro ou não, ele não era de ninguém específico e não me meteria em confusão. Começando por aquelas duas meninas que com certeza não foram com a minha cara ontem.
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Me encantou demais
FanfictionSEGUNDO LIVRO DA TRILOGIA ''OS ACKLERS'' + 16 || Nesta história, Eduarda busca um novo estilo de vida diferente do seu estilo pacato no interior de Minas Gerais. Uma menina criada com todos os conceitos de menina de cidade pequena, muda para o Rio d...